5 erros mais comuns que os profissionais cometem na carreira
Especialistas apontam os principais equívocos que costumam comprometer a trajetória profissional, e explicam como contorná-los Por Fernanda Gonçalves, Para o Valor Pessoas em início de carreira ou mesmo as mais experientes não estão livres de cometer erros que causem danos às suas trajetórias profissionais. Desde escolhas equivocadas em relação à profissão até destemperos emocionais no ambiente de trabalho, tais erros podem comprometer o desenvolvimento da carreira mas, segundo especialistas, a maioria deles é possível de ser contornada. 3 características dos “profissionais do futuro”Vagas em startups: prós e contras de trabalhar em uma empresa menor e de rápido crescimento5 dicas para se tornar um líder digital “É importante termos um olhar amplo, uma vez que as pessoas podem ter várias carreiras ao longo de sua jornada profissional. Dessa forma, mesmo um movimento considerado ‘errado’ pode ser encarado como uma excelente fonte de aprendizados e repertório”, acredita Joana Cortez, diretora de operações da consultoria global de recursos humanos LHH em São Paulo. Especialistas ouvidos pelo Valor comentam os cinco erros mais comuns que as pessoas cometem na carreira e que atrapalham o seu desenvolvimento: Delegar à empresa o gerenciamento da carreira. Cortez afirma que os profissionais, em qualquer área, precisam ser protagonistas de suas trajetórias em vez de deixarem para o empregador a função de cuidar de suas carreiras. “Eles podem fazer isso ao buscar atualizações, especializações e reflexões sobre os próximos passos. O autoconhecimento e o “lifelong learning”, ou seja, o aprendizado ao longo da vida, são fundamentais para manter a relevância profissional com o passar dos anos”, pontua. Segundo ela, o ato de aprender não precisa ser apenas com cursos formais em salas de aula. “É possível adquirir conhecimento também em palestras, livros, podcasts, viagens, TED talks, conversas com outros profissionais, coaching, mentoria, filmes e séries”, comenta. Colocar as emoções na frente da razão. Para o especialista em negócios e tomadas de decisão Uranio Bonoldi, esse erro costuma acontecer com frequência em momentos de insatisfação. “Seja em uma mudança de cargo, de departamento ou de empresa, devemos avaliar e refletir bem sobre qual motivação está nos fazendo pensar em alterar o curso”, defende. Roberto Picino, sócio da empresa especializada em executive search Exec, concorda que tomar decisões impulsivas pode ser prejudicial na carreira: “não se deve ser impaciente e desistir precocemente de um trabalho sem esperar que ao menos um primeiro ciclo se complete”, aconselha. Guiar as escolhas profissionais por critérios como dinheiro ou status. Em relação aos profissionais ainda em início de carreira, Bonoldi destaca que é preciso estar atento às verdadeiras afinidades para não acabar desmotivado. “Muitos escolhem eventuais profissões porque ‘estão em alta’ ou ‘pagam bem’. Porém, cada vez mais, as carreiras são voláteis, portanto, precisamos estar em constante desenvolvimento e aprendizado. Ter escolhido algo porque hoje ‘está na moda’, mas que lá no fundo não faz sentido para você, amanhã poderá ser uma grande decepção, o que não te dará energia para se reciclar constantemente”, alerta. Nesse sentido, Picino lembra que buscar o autoconhecimento é essencial. “Isso ajuda a pessoa a fazer uma escolha mais acertada e adequada desde o início, focando mais na realização das tarefas e gosto pelo ofício do que no cargo ou salário”, diz. Negligenciar a troca com o gestor. Bonoldi acredita que a proximidade é ponto-chave para auxiliar os funcionários em suas carreiras, e isso deve acontecer por meio de reuniões para acompanhamento dos times, e com cada liderado. “Esses encontros permitem, caso haja alguma insatisfação por parte do profissional, que o gestor possa ajudá-lo a refletir melhor sobre o assunto, dar alguma mentoria e proporcionar a reversão do quadro que se apresenta”, afirma. No entanto, Roberto Aylmer, PhD e especialista em desenvolvimento humano, lembra que é preciso ter a mente aberta para aprender. “Ouço de gestores que os novos funcionários chegam cheios de atitude e certezas. Isso denota uma falsa segurança sobre um conhecimento que, por sua vez, advém exatamente da sua ignorância – o outro polo da Síndrome do Impostor”, alerta. Não procurar se adaptar à cultura da empresa. Um fator errôneo é acreditar que a empresa deve se acomodar aos valores do profissional, e não o contrário. “Algumas pessoas não fazem a leitura adequada do ambiente da organização. É importante avaliar se a cultura condiz com os seus valores para, assim, facilitar a sua adaptação à empresa por meio de seu próprio comportamento”, afirma Picino, que lembra ser dever do gestor explicar sobre o modus operandi da companhia para evitar desgastes ou equívocos, além de comunicar claramente as metas e objetivos ao profissional. https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/06/24/5-erros-mais-comuns-que-os-profissionais-cometem-na-carreira.ghtml
Brasil registrou queda de processos durante a pandemia, diz Anuário da Justiça
Volume da editora Consultor Jurídico será lançado no dia 30 deste mês A pandemia da Covid-19 e as medidas de distanciamento social adotadas para combater a disseminação do coronavírus levaram a uma queda no índice de litígios judiciais registrados no Brasil, segundo dados do Anuário da Justiça Brasil 2022. Lançado pela editora Consultor Jurídico (Conjur), o estudo mostra que as reclamações trabalhistas registraram uma redução de 8% no período de três anos, passando de 8,6 milhões de litígios, em 2018, para 7,9 milhões no ano passado. A crise sanitária também represou processos de relações do consumo. De 6,5 milhões de ações em 2019, o índice caiu para 5,6 milhões em 2020 e, posteriormente, para 5 milhões em 2021. Os processos no âmbito do direito civil, por outro lado, passaram de 8,6 milhões, em 2018, para 10,6 milhões em 2021 —um crescimento de 23%. As causas, consideradas mais volumosas, somavam 42,8 milhões de ações em 2019. Há dois anos, elas diminuíram para 39,7 milhões e, no ano passado, para 38,8 milhões. Impostos, consumo e previdência social lideraram as ocupações do Judiciário no período. Questões ligadas ao direito tributário representaram 10,5% dos casos novos registrados em 2021, sendo seguidas por processos relacionados ao direito do consumidor (9,6%) e ao direito previdenciário (6,3%). O Anuário da Justiça Brasil 2022 será lançado no dia 30 deste mês, pela TV ConJur, a partir das 10h. com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2022/06/brasil-registrou-queda-de-processos-durante-a-pandemia-diz-anuario-da-justica.shtml
Cerca de 19,6 milhões de brasileiros fazem ‘bicos’ para subsistência, aponta estudo
Pesquisa sugere que mais da metade dos trabalhadores informais no país têm baixa ou nenhuma qualificação profissional e, por isso, vivem de demanda instável. Por g1 Mais da metade dos trabalhadores informais no Brasil depende dos chamados “bicos” como fonte de renda. Em número absoluto, são cerca de 19,6 milhões de brasileiros, em sua maioria de cor preta, que atuam para subsistência, já que têm demanda de trabalho instável. O dimensionamento deste contingente consta no estudo “Retrato do Trabalho Informal no Brasil: desafios e caminhos de solução”, realizado pelo Instituto Veredas a partir de dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cujos resultados foram divulgados pela Fundação Arymax e a B3 Social. Os dados usados para compor o retrato da informalidade no país foram coletados pelo IBGE por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) no 3º trimestre de 2021. O conceito de trabalho informal, no entanto, foi ampliado e nova metodologia aplicada. O IBGE considera como trabalhador informal aquele empregado no setor privado sem carteira assinada, o doméstico sem carteira assinada e o que atua por conta própria ou como empregador sem CNPJ, além daquele que ajuda parentes em determinada atividade profissional. O estudo realizado pelo Instituto Veredas optou por analisar separadamente o trabalho doméstico, o setor agrícola e o setor público “devido aos limites desta pesquisa” e somou ao contingente de informais apurado pelo IBGE parte dos trabalhadores que, embora possuam carteira assinada ou CNPJ, atuam em atividades com características de informais. “Como resultado foi identificado um contingente de 32,5 milhões de pessoas nessas posições, o equivalente a 48,9% das ocupações existentes no Brasil”, apontou o estudo. De acordo com o Instituto Veredas, quatro tipos distintos compõe o quadro de trabalhadores informais no país: Informais de subsistência: trabalhadores com baixa ou nenhuma qualificação e que oferecem serviços de demanda instável, os chamados ‘bicos’Informais com potencial produtivo: trabalhadores que não são formalizados por conta dos custos implicados ou pela falta de oportunidades de formalização.Informais por opção: trabalhadores que têm condições de se formalizar no mercado, mas preferem ampliar a receita a investir na formalização.Formais frágeis: trabalhadores com carteira de trabalho assinada ou CNPJ, mas que atuam mediante contratos intermitentes, redução dos direitos formais e ameaça de voltar à informalidade total. Dentre os quatro tipos, os informais de subsistência somam a maior parcela. Mais vulneráveis que os demais, têm o perfil bem definido, segundo o estudo: homem, jovem, de cor preta e baixa escolaridade. Dentre os informais de subsistência, 75% têm o ensino fundamental incompleto. Na faixa etária de 14 a 17 anos, o grupo representa mais de 80% e nas idades de 18 a 24 anos, os informais de subsistência são 64% do total. Na análise regional, o tipo mais vulnerável de trabalhador informal soma quase metade dos trabalhadores da Região Norte (49%) e chegam a 45,5% no Nordeste (45,5%). A maioria deles trabalha com serviços ligados a comércio, reparação de veículos e construção. https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/06/23/cerca-de-196-milhoes-de-brasileiros-fazem-bicos-para-subsistencia-aponta-estudo.ghtml
Na Holanda, o trabalho remoto pode se tornar um direito garantido por lei
Proposta será apresentada ao parlamento antes do recesso de verão e, se aprovada, será uma das primeiras iniciativas do tipo no mundo Por André Sollitto Dois políticos holandeses pretendem estabelecer uma legislação garantindo que o trabalho remoto seja transformado em direito garantido pela lei. A proposta será apresentada por Steven van Weyenberg, do partido D-66, e Senna Maatoug, do Partido Verde, antes que o parlamento entre em recesso, no dia 3 de julho. Se aprovada, tornará a Holanda um dos primeiros países do mundo a garantir a flexibilidade aos trabalhadores. “Recebemos o sinal verde para esta nova lei graças ao apoio que recebemos de sindicatos de empregados e empregadores”, afirmou Weyenberg à agência Bloomberg. “Estamos muito esperançosos de que isso seja aprovado antes do verão.” Por conta da pandemia, muitas empresas adotaram o modelo remoto para garantir que o trabalho continuasse sendo realizado durante o período de isolamento. Agora, com a queda nos casos, algumas companhias lutam para retomar o modelo antigo, enquanto seus funcionários indicam uma clara preferência pelo formato híbrido ou remoto. A discussão ganhou força depois que Elon Musk, fundador da Tesla, exigiu que todos os seus mais de 10 mil funcionários retornassem imediatamente ao trabalho presencial. Nos Estados Unidos, por exemplo, o setor de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg vive uma rebelião provocada por profissionais insatisfeitos com as políticas das empresas. https://veja.abril.com.br/comportamento/na-holanda-o-trabalho-remoto-pode-se-tornar-um-direito-garantido-por-lei/
Brasil está entre os 10 países com mais dificuldade para preencher vagas de emprego, aponta pesquisa
Índice de escassez de talentos no país superou média global, atingindo 81% neste ano. Por Marta Cavallini, g1 Uma pesquisa mostra que o Brasil superou a média global de escassez de profissionais e atingiu o índice de 81% neste ano – 10 pontos percentuais a mais que o relatado por empregadores no ano passado e o maior desde o início da pesquisa, em 2010. No mundo, o índice de escassez global de talentos atingiu 75% – o maior nível em 20 anos, início da série histórica do levantamento. O dado representa um aumento de 6 pontos percentuais em relação a 2021 e é quase o dobro do relatado em 2015. A pesquisa foi feita pelo ManpowerGroup, consultoria de soluções de recursos humanos, com mais de 40 mil empregadores em 40 países e territórios. “A escassez de talentos é um dos maiores gargalos das organizações que desejam prosperar. Em um cenário de avanço digital, as competências humanas ganham cada vez mais destaque, pois são elas que impulsionam os negócios”, comenta Wilma dal Col, diretora de gestão estratégica de pessoas no ManpowerGroup. O Brasil ficou na 9ª posição no ranking dos 10 países em que o desafio para preencher vagas é mais elevado. Veja abaixo: Taiwan: 88%Portugal: 85%Singapura: 84%China: 83%Hong Kong: 83%Índia: 83%Romênia: 82%Austrália: 81%Brasil: 81%Espanha: 80%Média global: 75% Por setores e portes de empresas A pesquisa mostra ainda a escassez de profissionais por porte de empresa e segmentos que mais demandam talentos e os que encontram maior dificuldade no Brasil. Por porte de empresa, o estudo mostra que há pouca variação no desafio de preencher vagas. As de grande porte precisam se esforçar um pouco menos que as demais, mas também registram um alto índice de escassez, de 80%. Já nas micro, que são as que enfrentam mais dificuldade, o índice é de 85%. Micro: 85%Pequena: 81%Média: 84%Grande: 80% Os cinco segmentos em que há mais demanda por talentos são: Tecnologia da Informação & Dados (40%)Atendimento ao Cliente & Front Office (32%)Logística & Operações (23%)Marketing & Vendas (21%)Administração & Apoio ao Escritório (21%) Já os setores que mais registram dificuldade em encontrar talentos são: Banco & Finanças (86%)TI & Tecnologia (84%)Indústria (84%)Educação, Saúde & Governo (80%)Atacado & Varejo (79%)Construção (76%)Hotelaria & Restaurantes (66%) “Para minimizar os impactos da escassez, é essencial a adoção de estratégias inteligentes, com valorização do capital humano e voltadas para a reciclagem de conhecimentos, baseada na formação constante e ininterrupta. Essa é a chave principal para driblar esse desafio e enfrentar o dinamismo da realidade de trabalho atual”, diz Wilma. Soft skills As competências humanas ganham destaque mesmo na era digital. Os empregadores citaram quais as soft skills necessárias e que estão escassas. Veja o ranking em ordem decrescente no Brasil e no mundo. Pesquisa mostra paradoxo com desemprego elevado Questionada sobre o índice de escassez ser tão alto em meio a um desemprego também elevado no Brasil, Wilma dal Col reconhece que a pesquisa não traz os motivos para esses dados, que se revelam um paradoxo em relação à realidade do mercado de trabalho. No entanto, segundo ela, as soft skills têm influência relevante na escolha de um candidato e na manutenção dele no emprego, principalmente no que se refere à dificuldade para encontrar pessoas com foco em resolução de problemas. De acordo com ela, há dificuldades em fechar posições mais específicas e tecnológicas. “Muito do trabalho que era feito por pessoas foi substituído por uma aceleração de resultados por meio de softwares, equipamentos e máquinas. Mas a https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg ainda não substitui o relacionamento humano. Você pode abrir o seu aplicativo para resolver todas as suas questões bancárias, mas se tiver um problema ou uma grande dúvida, não vai querer falar com o chatbot ou com a inteligência artificial, mas com outra pessoa”, observa. Isso significa, segundo ela, que o avanço tecnológico e a especialização estão requerendo o melhor do ser humano, que tem que trazer a força da habilidade humana e das soft skills para poder compor um trabalho de qualidade. “A https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg sozinha, talvez, traga algum resultado, mas composta pela capacidade do ser humano de fazer as coisas de forma diferente, relacional, colaborativa, solucionadora de problemas e criativa, possivelmente, é um diferencial”. Wilma aponta ainda a existência de candidatos mais exigentes, com escolhas individuais para a vida pessoal e profissional. “Hoje a carreira está muito mais na mão do profissional do que das empresas e, talvez, exista uma necessidade de aprendizado de ambas as partes. Atualmente, os profissionais buscam mais qualidade de vida, flexibilidade de jornada, independência para atuação e novos modelos de trabalho. E é nesse momento que as organizações perdem talentos ou bons candidatos”, explica. Wilma aponta que, enquanto as organizações passam por transformações devido a todos os avanços tecnológicos e, ao mesmo tempo, por uma necessidade cada vez maior das habilidades humanas dentro dos processos, os profissionais estão fazendo escolhas com mais autonomia e independência. “Acredito que esse paradoxo que estamos vivendo é um fato. Temos 11% de taxa de desemprego e 81% das empresas falando que enfrentam dificuldades para preencher vagas. Esse paradoxo precisa levar a uma conversa madura e responsável sobre o que está acontecendo e como podemos lidar com essa situação. Além de trazer pessoas e organizações para uma reflexão sobre isso.”