Grupos de empresários voltam a se posicionar em defesa de suas versões de reforma tributária

Empresários e entidades de setores contrários aos pilares do relatório da reforma tributária do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) se reúnem nesta quarta (5) com o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM). Vão aproveitar o encontro para lançar um movimento que chamaram de Pacto Nacional pela Reforma Tributária.

O grupo, que tem apoio de 120 entidades e dos economistas Marcos Cintra e Everaldo Maciel, vem se reunindo com o vice-presidente da Câmara para pressionar pela proposta do Simplifica Já, que o senador Major Olímpio, morto com Covid no mês passado, já vinha defendendo no Congresso.

O aspecto da proposta em que eles querem jogar luz neste momento é a uniformização do ICMS e do ISS, mas a base principal da ideia do grupo é a desoneração da folha de pagamentos, uma mudança que impulsionaria a geração de empregos, segundo eles. Essa desoneração seria sustentada com o resgate de um tributo sobre movimentação financeira nos moldes da antiga CPMF.

Gabriel Kanner, presidente do grupo de empresário Brasil 200, que organiza o movimento, diz que o modelo da primeira fase da reforma enviado pelo governo, para fundir PIS e Cofins com a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), preocupa o grupo porque tem alíquota muito alta. “Quebraria boa parte do setor de serviços. Vai sofrer muita resistência”, diz.

FOLHA DE S. PAULO

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