64% das pequenas indústrias dizem ser prejudicadas por sistema tributário

calculator, calculation, insurance-385506.jpg

Daniela Amorim As regras e procedimentos de arrecadação de impostos, taxas e contribuições praticados no País prejudicam os negócios de 64% das micro e pequenas indústrias, segundo empresários industriais consultados sobre o sistema tributário brasileiro. A pesquisa, de âmbito nacional, foi encomendada pelo Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi) ao Datafolha. A região Nordeste é a que exibe maior rejeição à complexidade do sistema tributário, com 70% das micro e pequenas indústrias apontando ser ruim ou péssimo para os negócios, seguida do Sudeste (com 67%), Sul (57%) e Centro-Oeste/Norte (56%). Maioria acredita que sistema atrapalha criação de postos de trabalho A maioria dos empresários também acredita que o sistema tributário atrapalhe a abertura de postos de trabalho: 60% dos entrevistados avaliaram o sistema tributário como ruim ou péssimo para a geração de emprego no País, enquanto apenas 13% consideraram ótimo ou bom. A aprovação foi maior no Centro-Oeste/Norte, onde 19% dos pequenos industriais achavam o sistema tributário ótimo ou bom para a geração de vagas, ante uma fatia de 16% dos empresários no Nordeste e 11% no Sudeste e no Sul. Quanto aos impactos para a economia brasileira de forma geral, 56% dos industriais consideravam o sistema tributário ruim ou péssimo. O Nordeste registrou maior desaprovação, com 65% das menções, seguido pelo Sudeste, com 61%. O levantamento ouviu 701 industriais entre os dias 9 e 30 de maio. https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-do-broad/64-das-pequenas-industrias-dizem-ser-prejudicadas-por-sistema-tributario/

Empresas mudam seus escritórios com adoção do trabalho híbrido

office, work, desk-932926.jpg

Novos ambientes favorecem interação e criatividade Por Jacilio Saraiva, Para o Valor Escritórios de grandes empresas reabrem com cara nova em 2022. Com o impacto da pandemia e a adoção de expedientes que mesclam o trabalho remoto com o presencial, os espaços apostam em layouts que estimulam novas formas de interação e colaboração entre funcionários. Pesquisa da consultoria KPMG com 361 companhias no Brasil, de setores como varejo, energia e https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg, indica que 38% reduziram o tamanho do ambiente de produção durante o confinamento – e pretendem mantê-lo mesmo após a vacinação em massa –, enquanto 14% passaram por uma redução nas lajes, mas esperam retomar as metragens anteriores. Para a maioria dos gestores, a mudança é mais relevante na forma como as áreas são usadas do que na quantidade de pavimentos que deixam de ser ocupados pelas organizações. Como repensar o sucesso pautado só por resultados, segundo o guru dos CEOsO que é felicidade corporativa e como as empresas estão abordando o temaComo o Mercado Livre gerencia 80 turnos de trabalho “Desde o início do nosso projeto de reforma, queríamos proporcionar aos funcionários um espaço onde eles e elas quisessem ficar, que potencializasse a criatividade e a conexão, além de transmitir uma sensação de estar em casa”, diz Fábio Barbagli, vice-presidente de RH da PepsiCo Brasil. “Hoje, temos um escritório mais eficiente, que promove o bem-estar por meio de elementos de decoração, paisagismo e cores.” Com mais de 12 mil empregados – sendo cerca de 10% da área administrativa que atuam de forma flexível, sem obrigatoriedade de dias de presença no escritório –, a dona de marcas como Doritos e Toddy reabriu as portas em março, com um novo visual nas salas. A proposta contempla cinco andares que a empresa ocupa no edifício JK 180, no bairro paulistano da Vila Olímpia, em uma área de 4,2 mil metros quadrados. Com a reformulação, passou a oferecer no local pouco mais de 600 postos de trabalho. Anteriormente, eram dez andares ocupados, com capacidade para 1,2 mil pessoas. “Mesmo antes da pandemia, já estimulávamos o home office pelo menos uma vez por semana.” Mais do que simples “liberação” dos escritórios, Barbagli diz que o momento marca uma nova forma de trabalhar, com mais autonomia e poder de decisão para as equipes. “Elas podem escolher o ambiente em que vão trabalhar e a experiência que querem ter.” O planejamento para “pensar” o espaço e os formatos de uso durou 18 meses, enquanto a execução da obra aconteceu em menos de um ano. Os ambientes foram desenhados para serem colaborativos, com áreas para criação, conexão, colaboração e celebração. Por meio de um aplicativo, os funcionários reservam mesas e pontos de reunião. Há zonas de convívio, espaços para cafés, sofás para pequenos grupos, além de salas para reuniões internacionais, com estrutura para videoconferências. “Sem espaços predeterminados, o intuito é transmitir uma companhia mais ágil e menos hierárquica”, afirma. “Muitos executivos têm aproveitado o espaço para conhecer seus times, pois várias pessoas entraram na companhia no período em que o escritório estava fechado.” Na Loft, startup de compra e venda on-line de apartamentos com 1,2 mil funcionários, a nova sede do Itaim Bibi, na capital paulista, foi apresentada em novembro de 2021. “O tamanho se manteve”, diz a diretora de RH Renata Feijó. A área do prédio, de 3 mil metros quadrados, se distribui em cinco andares, com um rooftop. Com a reforma, ganhou 42 ilhas para interações, 19 cabines de videoconferências, três salas para encontros rápidos e outras 16 para reuniões, além de zonas para eventos e 200 mesas. “No total, são mais de 600 espaços de trabalho.” Feijó diz que o investimento foi feito para facilitar a “troca” entre quem está em casa e quem opera no local – há 13 ilhas de mesas com https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg adequada para interações. A transformação também foi pautada com os valores da companhia, que indicam os pavimentos do edifício: orientado para o cliente, orgulho de construir, vencer juntos, seja adaptável e seja você mesmo. A executiva explica que o QG da Loft agora é, principalmente, para construções colaborativas e eventos de integração. “Existe para eliminar qualquer fricção entre o remoto e o presencial”, diz. Desde o ano passado, o grupo adotou um modelo de trabalho em que o funcionário, junto à liderança, define o modelo de atividades: presencial, a distância ou híbrido. Com o escritório reformado, a retomada da presença dos funcionários foi aos poucos, conforme a vacinação avançava no país e as regras de isolamento eram flexibilizadas, destaca. “Todos os colaboradores que vão ao local precisam cadastrar o comprovante de vacina.” Também foram feitas pesquisas com o quadro para saber o que seria importante ter nos novos corredores. “O escritório passou a ser um símbolo da nossa cultura.” Na esteira da operação virtual da marca, a recepção tem recursos digitais: funcionários, clientes e parceiros fazem “check-in” por meio de um tablet. Nas salas de reunião, lousas interativas permitem que as audiências, presenciais e remotas, vejam o que está sendo escrito; enquanto telões de LED nos saguões compartilham conteúdos internos. “As reuniões de alinhamento são transmitidas, ao vivo, do terraço. Quem está em casa pode encaminhar perguntas para os líderes, em tempo real.” Marco Castro, sócio-presidente da consultoria PwC Brasil, com cerca de 5 mil profissionais, diz que o conceito de escritório foi redefinido com uma palavra: colaboração. “Na realidade, o que fizemos foi ‘reconceituar’ totalmente os espaços”, diz. “Não há sequer um ponto para trabalhos individuais. O local passa a cumprir o papel de integrar pessoas em momentos de criação.” A PwC Brasil inaugurou, entre dezembro de 2021 e maio de 2022, dois espaços em São Paulo: em Barueri, município da região metropolitana; e no novo edifício B32, na Avenida Faria Lima, complexo corporativo com praça, restaurante e teatro. Na capital paulista, o grupo contava com uma operação no bairro da Água Branca, em um prédio de 20 andares. Após a adoção do trabalho híbrido em dezembro de 2021, migrou para os novos endereços. A redução de área ocupada ultrapassou 50%,

Sucessão empresarial: nova geração encontra barreiras para promover mudanças em negócios familiares

team spirit, teamwork, community-2447163.jpg

Levantamento feito pela PwC apontou, ainda, que mulheres se sentem menos propensas a ocupar cargos de liderança que os homens nessas companhias Por Fernanda Gonçalves A expansão para novos setores e mercados, a adoção de novas https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpgs e a pauta ESG estão entre as principais preocupações das novas gerações de líderes em empresas familiares. No entanto, esses mesmos gestores têm tido dificuldades para colocar mudanças em prática. É o que mostra a pesquisa NextGen sobre sucessão familiar obtida com exclusividade pelo Valor e conduzida pela empresa de consultoria e auditoria PwC, que ouviu 1.306 companhias em todo o mundo. Como repensar o sucesso pautado só por resultados, segundo o guru dos CEOsO que é felicidade corporativa e como as empresas estão abordando o temaEntrevista: “Talentos deixarão de trabalhar onde não há flexibilidade?” O estudo revelou que, embora a nova geração esteja ávida por promover mudanças na gestão das empresas, mais de um terço desses novos líderes afirma se deparar com certa resistência às transformações nas corporações. Nas palavras de Helena Rocha, sócia da PwC Brasil, estar preparado para a sucessão na prática é algo sobre o qual raramente se fala e, na ausência dessa discussão, muitos herdeiros acreditam que devem seguir o exemplo das gerações anteriores, em vez de forjar um caminho diferente. “Isso explica o porquê da convicção dos futuros líderes de que, apesar de o ESG estar vinculado ao crescimento, ainda não tenha sido traduzida em ação”, relata. Além disso, o levantamento apontou que, entre as mulheres ouvidas, 43% entendem que podem ocupar cargos de liderança, em comparação aos 59% dos homens, e que 25% das mulheres acreditam que precisam de mais entendimento sobre o negócio; índice que é de 13% entre os homens. Ao mesmo tempo, 35% das mulheres percebem que há uma expectativa maior de que os homens sejam responsáveis pela administração das organizações. “Se as empresas familiares estão em busca de resultados rápidos na ampliação da diversidade de seu pensamento, elas devem começar analisando o papel relativo dos gêneros”, destaca Rocha. Ela lembra que as mulheres, assim como os homens, enxergam o crescimento dos negócios como prioridade máxima, mas estão ligeiramente mais preocupadas com os aspectos ESG. “Melhorar as condições de trabalho e a sustentabilidade são questões mais importantes para elas do que para eles”, pontua. Na visão da sócia da PwC Brasil, um dos principais desafios que os novos líderes enfrentarão nos próximos anos ao comandar as empresas reside na aquisição do direito de alterar o status quo. “Conquistar a confiança da geração atual e demonstrar que o negócio vai prosperar sob seu comando exigirá trabalho. O mundo está mudando e as técnicas de negócios do passado não bastam”, enfatiza. Segundo ela, para manter a estabilidade e alcançar o crescimento, os novos líderes terão de superar limites e desafiar mentalidades arraigadas dentro das companhias. “Manter a abordagem de negócios habitual da empresa familiar não será suficiente para lidar com o cenário atual de incerteza. Os futuros líderes terão que desenvolver seu próprio plano de sucesso”, comenta. Nesse sentido, Rocha aconselha os herdeiros a formular e negociar contratos geracionais. “Novos tempos exigem novos tipos de líderes. Para que as empresas familiares tenham sucesso em um ambiente em rápida mudança, elas precisam de líderes visionários. O momento é decisivo”, completa. https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/07/04/sucessao-empresarial-nova-geracao-encontra-barreiras-para-promover-mudancas-em-negocios-familiares.ghtml

Indicador Antecedente de Emprego da FGV sobe 1 ponto

resignation, job, signature-6784035.jpg

Ele atingiu 81,9 pontos, maior nível desde novembro (83 pontos) Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 1 ponto de maio para junho. Com isso, ele registrou a terceira alta consecutiva e atingiu 81,9 pontos, o maior nível desde novembro do ano passado (83 pontos). Em médias móveis trimestrais, o Iaemp avançou 2,3 pontos e atingiu 80,8 pontos. O indicador busca antecipar tendências do mercado de trabalho nos próximos meses, com base em entrevistas realizadas com consumidores e com empresários da indústria e dos serviços. Cinco dos sete componentes do Iaemp contribuíram para a alta, com destaque para tendência dos negócios da indústria. Pelo lado negativo, a principal contribuição veio do indicador de situação atual dos negócios de serviços. https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-07/indicador-antecedente-de-emprego-da-fgv-sobe-1-ponto

Salário médio de contratação com carteira assinada cai 5,6% em 1 ano; veja remuneração por setor

euro, coins, currency-1353420.jpg

Em maio, salário médio real de admissão foi de R$ 1.898 – em maio do ano passado, foi de R$ 2.010. Inflação de dois dígitos e desemprego ainda elevado pressionam valores pagos pelos empregadores. Por Darlan Alvarenga, g1 O salário médio de contratação no país em empregos com carteira assinada voltou a cair em maio e acumula uma queda de 5,6% em 1 ano, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Previdência. Em maio, o salário médio real de admissão foi de R$ 1.898, contra um valor de R$ 1.916 em abril, e de R$ 2.010 em maio do ano passado, em valores corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Nos cinco primeiros meses de 2022, apenas em abril o salário de admissão registrou aumento real. O valor médio de R$ 1.898 registrado em maio é o mais baixo desde dezembro de 2021. De acordo com os dados do governo federal, foram criados 277 mil empregos com carteira assinada em maio no Brasil. No ano acumulado no ano, foram 1,05 milhão de vagas formais a mais. Os números do Caged mostram, porém, que os salários médios iniciais continuam encolhendo. Em outras palavras, a recuperação do mercado de trabalho e a queda do desemprego ainda não refletem em uma melhora da renda – que segue sendo corroída pela inflação nas alturas e pelo elevado número de brasileiros em busca de uma ocupação. “Essa queda no salário de admissão já foi até pior. Mas isso não significa que o salário daqui a pouco vai começar a apresentar ganho. Provavelmente, não vai. Quem está entrando no mercado de trabalho, está predominantemente aceitando um salário menor do que se pagava 12 meses atrás”, afirma Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), destacando que o país ainda reúne 10,6 milhões de desempregados em busca de uma vaga no mercado de trabalho. Levantamento feito recentemente pela CNC mostrou que, entre as 140 profissões com maior volume de contratações, em apenas 8 o salário de admissão conseguiu bater a inflação no último ano. Maiores e menores salários iniciais Entre os 21 principais grupamentos de atividades econômicas, os menores salários de contratação em maio foram em vagas em serviços domésticos, alojamento e alimentação e no comércio. Já as maiores remunerações iniciais foram pagas em ocupações em atividades financeiras, no setor de eletricidade e gás e em organismos internacionais. Veja quadro abaixo: Os salários iniciais também seguem menores que as remunerações médias dos profissionais que saíram das vagas. Em maio, o salário médio real dos trabalhadores demitidos foi de R$ 1.957. Ou seja, 3,15% acima do salário médio de contratação (R$ 1.898). Setor de serviços é destaque na criação de vagas O setor de serviços, o mais atingido pela pandemia e o que mais emprega no país, segue como o principal destaque na geração de novas vagas formais do país, sendo responsável por 62,6% do saldo de empregos criados nos 5 primeiros meses do ano, de acordo com os dados do Caged. No ano, o saldo é positivo em praticamente todas as atividades econômicas, com destaque para a indústria de transformação, construção, educação e atividades administrativas. Veja quadro abaixo: A expectativa dos economistas é de uma desaceleração do ritmo de criação de vagas de emprego em razão do aperto das condições monetárias e financeiras, em meio à alta da taxa básica de juros para tentar frear a inflação. O Banco Central admitiu oficialmente que a meta de inflação será descumprida em 2022 pelo segundo ano seguido – a estimativa é que o IPCA feche o ano em 8,8%. Diante desse cenário, é pouco provável uma inversão da rota de queda real dos salários de contratação no curto prazo. “O desemprego está caindo, mas o nível de desocupação ainda é muito alto. Superar o sarrafo de uma inflação ainda perto dos dois dígitos, que tende a ser o cenário do final do ano, é difícil, o que faz com que seja pouco provável alcançar algum ganho real nos salários”, diz Bentes. https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/07/05/salario-medio-de-contratacao-com-carteira-assinada-cai-56percent-em-1-ano-veja-remuneracao-por-setor.ghtml