Grupo GPS (GGPS3) compra empresa de serviços de manutenção industrial Sulzer Brasil
Money Times O Grupo GPS (GGPS3) anunciou nesta terça-feira (15) a aquisição da empresa de serviços de manutenção industrial Sulzer Brasil. A Sulzer tem forte presença no Estado do Rio Grande do Sul e registrou receita bruta de aproximadamente R$ 135 milhões no período de doze meses (LTM) findo em 31 de dezembro de 2021. O Grupo informou que a conclusão da aquisição está condicionada ao cumprimento de obrigações e condições precedentes usuais nesse tipo de operação, incluindo sua submissão à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O valor da transação não foi divulgado pelas partes envolvidas.
Temer defende reforma trabalhista: ‘revogá-la seria revogar direitos’
O Tempo O ex-presidente da República Michel Temer (MDB) defendeu a reforma trabalhista aprovada durante seu mandato como presidente. Temer afirmou, em palestra ministrada no Tribunal de Justiça de Minas Gerais nesta terça-feira, que a nova legislação trouxe novos direitos à classe trabalhadora e não revogou nenhum já existente. “Hoje quando vejo se falar em refogar a reforma trabalhista eu digo que vai revogar direitos, porque a reforma não revogou nenhum direito previsto na constituição, mas os que foram acrescentados serão revogados, caso derrubem a reforma”, destacou Temer em sua fala. “Lá nós regulamentamos o trabalho temporário, o chamado trabalho intermitente antes não era protegido pela legislação. O teletrabalho, nós nem imaginávamos que viria a pandemia, mas prevemos na nova legislação. As férias que muitos trabalhadores queriam tirar de dez em dez dias e não podiam nós estabelecemos”, defendeu. Segundo o ex-presidente, a constituição federal prevê direitos dos trabalhadores que a lei ordinária da reforma trabalhista poderia revogá-los. “Na nossa constituição federal temos o capítulo 7 e lá traz os direitos dos trabalhadores, que é décimo terceiro, férias, auxílio doença, etc.. Está tudo lá. São direitos constitucionalmente assegurados”, explicou Temer. Na palestra, Michel Temer explicou que quando se formatou a reforma, o objetivo era diminuir o conflito entre os dois setores produtivos do Brasil: empregados e empregadores. “Nós temos uma tendência para o conflito e a função do direito, especialmente o judiciário, é reduzir a litigiosidade. Então o combate a litigiosidade, entre os dois setores produtivos do país: empregado e empregadores é fundamental”, ressaltou.
Setor de chocolate projeta vendas fortes na Páscoa
Valor Econômico Fabricantes de chocolates projetam um resultado forte de vendas para a Páscoa deste ano, quando a disseminação da covid-19 está mais controlada e as famílias tendem a voltar a se reunir. “A sensação é de otimismo, com a esperança de uma Páscoa melhor que ano passado. Na verdade, será a melhor Páscoa em três anos”, diz Ubiracy Fonsêca, presidente da Abicab, associação que representa o setor. Segundo ele, essa confiança é retratada na quantidade de lançamentos para data: 150 novos produtos, 58% a mais do que foram criados em 2021. “Já estamos com 95% produzidos e a demanda do varejo está boa. Tudo está vendido”, disse Fonsêca. Em 2021, a data registrou avanço de 6% na produção, chegando a 9 mil toneladas de ovos e produtos específicos de Páscoa. Agora, diz o executivo, a produção já está maior do que ano passado, embora não revele números. No ano passado, até setembro, a produção de chocolates cresceu 44%, para 511 mil toneladas, ante os primeiros nove meses de 2020.
Congresso pede à Receita mais prazo para regularização pelo Refis do Simples
Valor Econômico A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), composta por 207 deputados e senadores, pediu à Receita Federal a prorrogação do prazo para que micro e pequenas empresas renegociem seus débitos no âmbito no Simples Nacional. O prazo atual, estabelecido pela Receita, é 31 de março, e a frente pede extensão até 30 de abril. “Seria vital para que os micro e pequenos negócios, que em grande parte não contam com equipes jurídicas e contábeis estruturadas, consigam se organizar, aderir ao programa e constarem como regulares perante a administração pública”, disse o coordenador-geral da FPE, deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP). O programa de regularização dos débitos, chamado informalmente de Refis do Simples, foi aprovado pelo Congresso Nacional no fim do ano passado. O projeto, relatado por Bertaiolli na Câmara, foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O Congresso derrubou o veto na semana passada.
Modelo híbrido exige regras flexíveis de empresas, aponta estudo
O Estado de S.Paulo A pergunta sobre qual é o melhor modelo de trabalho está e, provavelmente, ficará em aberto por mais um tempo. Mesmo que diversas pesquisas indiquem o modelo híbrido como preferido da maioria, não se pode esquecer de quem opta pelo 100% presencial. O desafio é encontrar um equilíbrio para atender as complexidades humanas, em que o funcionário sente falta da interação com colegas no escritório, mas não quer desperdiçar tempo no deslocamento. Não há resposta única, definitiva e que funcione para todos, mas ficar parado está fora de questão. Neste momento, ouvir, testar e estar aberto a mudanças de rota é papel de companhias e gestores, que devem pensar também em regras flexíveis e adequadas a cada equipe. Essas são algumas das análises trazidas pela pesquisa “Redefinindo os modelos de trabalho na América Latina”, feita pela WeWork em parceria com a HSM e com o apoio da consultoria Egon Zehnder, apresentada nesta terça-feira, 15. O levantamento ouviu mais de 10 mil lideranças e executivos do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru para entender quais são as novas prioridades, demandas e valores dos profissionais diante das mudanças e desafios lançados em meio à pandemia. Entre os respondentes, 75% sentem-se seguros para retornar aos escritórios e 81% prefere o modelo híbrido, sendo que de dois a três dias presenciais seria ideal para 70% deles. Além disso, os profissionais consideram que, numa escala de 0 a 5, o nível de produtividade individual no modelo misto é maior (4,5) do que no presencial (4), bem como houve aumento da concentração, percebido por 57% das pessoas. Embora a percepção não seja nova, o desafio é englobar os 5% que querem trabalhar no escritório e entender o que fazia o nível de concentração ser menor naquele espaço. Simultaneamente, pode-se trabalhar na percepção de que, para 52% dos executivos, o escritório do futuro não é um local fixo, mas uma rede de espaços e serviços. O caminho para chegar ao equilíbrio é igualmente complexo. “(Isso muda) a partir do momento que não precisa ter a mesma regra para todos, não pensar que a maioria quer isso ou a minoria quer aquilo. Talvez, ter liberdade para repensar tudo. É tudo sobre ser flexível, ágil, estar aberto à inovação, a testar, a partir das hipóteses, aprender e, a partir dos aprendizados, aumentar apostas”, disse Felipe Rizzo, CEO da WeWork no Brasil, em encontro com jornalistas de que o Estadão participou. “O ponto que fica é que: tentar acertar sem experimentar fica maior a chance de insucesso. O convite é não esperar achar que está certo, porque pode tomar muito tempo para ver que não. Vá no caminho do que evitar, qual direção ir, para aprender junto, e faça isso escutando (os colaboradores). Dentro dos conceitos do que quer seguir, se tiver bom direcional, propósito de como se relacionar com funcionário, isso vai ser mais importante do que a resposta em si. A primeira resposta é só parcial”, completa. Modelo híbrido com propósito e valorClaudia Woods, CEO da WeWork para a América Latina, trouxe algumas provocações às empresas diante dos resultados da pesquisa. Uma delas é sobre 41% dos entrevistados dizerem que pode haver um rodízio entre os colaboradores da mesma área dentro do modelo híbrido, cabendo a cada membro do time a decisão. Segundo ela, a liberdade é positiva, mas pode colocar em cheque a produtividade. “Não faz sentido ir se a pessoa que seria mais importante não estiver no escritório comigo. A conversa não é só sobre quantidade de dias, mas como serão, como reúno a equipe. Não podem ser aleatórios, que não vão agregar valor à organização”, disse durante o evento de apresentação. Na pesquisa, 41% dos executivos veem valor em ter espaços de trabalho em comum, o que para ela representa uma disrupção do modelo de negócio. “As pessoas não querem ir para o escritório e sentar para responder e-mails, elas querem encontro com propósito. Vamos garantir que nós, líderes, estejamos olhando isso.” “Acredito que os modelos de trabalho híbrido vão durar um semestre, no máximo, porque estamos aprendendo e isso é desconfortável, com nível de incerteza, mas temos de ter um futuro que criamos, que estamos abertos a mudanças”, disse. Poder escolher de onde trabalharOutros dados sobre ambiente de trabalho reforçam os insights acerca da necessidade de diversificar, como o de 31% de pessoas que estão dispostas a abrir mão de algum benefício em troca de escolher onde querem trabalhar. Além disso, 62% gostam da possibilidade de ter um apoio para trabalhar de casa ou em ambientes compartilhados. O desejo, porém, destoa da realidade e ainda há desafios para que as empresas adotem esse benefício. “O grande desafio é de mindset. O primeiro ponto é que, ainda que não tenha todas as respostas, pode dar um passo. Não é trivial e intuitivo para todos, principalmente o conceito de espaço compartilhado, que é relativamente novo. Muitas vezes, as pessoas desconhecem a complexidade da gestão de espaço compartilhado e não conseguem perceber os benefícios que o ambiente traz. A partir do momento que entra em espaço compartilhado, tem ajuda para pensar com time de RH, ajudando time de facilities para não pensar em impressora, ar-condicionado, limpeza”, comenta Rizzo. Ele completa que essas facilidades contribuem para equipe com maior escala para resolverem problemas enquanto o gestor pode se concentrar no core business e no que for mais importante para a companhia. Outro desafio, segundo o CEO, é a dificuldade de quantificar o quanto esses ambientes fomentam a inovação.
Reforma tributária do Senado não reduz carga de impostos, mas incentiva crescimento, diz CNI
O Estado de S.Paulo A Confederação Nacional da Indústria (CNI) decidiu apoiar a reforma tributária do Senado, pautada para amanhã na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o gerente executivo de Economia da CNI, Mario Sergio Telles, afirmou que a proposta não vai reduzir a carga tributária no País, mas vai incentivar o crescimento econômico. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110/2019 unifica impostos cobrados atualmente no País em torno de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA). De acordo com o parecer, será um IVA Dual, dividido em dois modelos: um federal, substituindo PIS e Cofins pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), e outro estadual e municipal, unindo ICMS e ISS e criando o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O texto traz uma trava para o aumento de carga tributária. Mas, por outro lado, não garante que o peso dos tributos sobre as empresas e o consumidor, que atualmente supera 30%, vai diminuir. “Não temos nenhuma expectativa neste momento de redução de carga tributária porque isso depende de outro lado, da despesa, e não da reforma. A proposta elimina distorções que hoje travam o crescimento econômico”, disse Telles. No momento, a expectativa no Congresso é que a reforma seja aprovada na comissão e no plenário do Senado, mas fique engavetada na Câmara. O Senado aumentou o período de transição da mudança para atrair o apoio de Estados e municípios, que temem perda de arrecadação. Serão sete anos para a substituição dos tributos e 40 anos para a mudança da cobrança sobre os produtos e serviços no País, que não será mais na origem da produção, mas no destino onde são vendidos, com compensação de receitas entre governos regionais. Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indica que a aprovação da reforma tributária vai gerar um crescimento adicional de 12% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 15 anos. Outro levantamento, do economista Bráulio Borges para o Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), aponta um crescimento ainda maior, de 20% no mesmo ano. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta um impacto mais conservador, de 5,5% em 10 anos. Para reduzir efetivamente a carga tributária, a CNI defende a aprovação de uma reforma administrativa para diminuir as despesas do setor público. O gerente da CNI alerta que turbulências internacionais, como a guerra na Ucrânia, podem minar o crescimento econômico esperado com a reforma tributária nos próximos anos. Para ele, no entanto, esse cenário só reforça a necessidade de simplificar o sistema tributário no País. “Um cenário sombrio pode trazer o efeito do PIB para baixo, mas o fato de haver efeitos adversos é mais um motivo para fazer a reforma, e não menos um”, disse. A reforma não inclui o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no IVA, mas estabelece que esse tributo, cobrado sobre a indústria, seja substituído por um imposto seletivo, que incidirá apenas sobre produtos considerados nocivos, como cigarro e bebidas alcoólicas. Nesse caso, no entanto, não há prazo para a reformulação, que dependerá de uma lei complementar. A indústria defendia a inclusão do IPI na reforma geral, mas, ainda assim, decidiu apoiar o parecer considerando como o melhor cenário no momento. Para o gerente da CNI, o IPI provoca uma distorção na economia e na realidade social do País, ao levar a carga tributária da indústria para um nível maior do que outros setores e ao fazer com que a cobrança de impostos sobre produtos consumidos pelas classes mais baixas seja superior aos serviços, que privilegiam a população com renda maior. Mario Sergio Telles alerta que turbulências internacionais, como a guerra da Ucrânia, podem minar o crescimento econômico esperado com a reforma nos próximos anos, mas afirma que, ainda assim, o sistema tributário precisa ser revisto e aprovar a proposta do Senado é o cenário mais positivo no momento. A indústria defende a inclusão do IPI no Imposto sobre Valor Agregado (IVA). No texto do Senado, o imposto ficou fora.