O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em 0,83% em junho, depois da alta de 0,44% em maio. Os aumentos nos preços da gasolina e da energia elétrica responderam por mais de um terço da taxa, contribuindo, cada um, com 0,17 ponto porcentual, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 25.
No trimestre encerrado em junho, o acumulado é de 1,88%, enquanto, em igual período de 2020, a variação havia sido de -0,58%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,13% e, em 12 meses, de 8,13%. Em junho de 2020, a taxa foi de 0,02%.
Entre os grupos analisados, a maior variação foi registrada em habitação, que acelerou de 0,79% para 1,67%, de maio para junho. O aumento foi puxado pela energia elétrica, com a mudança na bandeira tarifária de vermelha patamar 1 (mais R$ 4,169 a cada 100 kWh consumidos) para vermelha patamar 2 (R$ 6,243), em meio à crise hídrica, que tem exigido o acionamento de usinas termoelétricas, que produzem energia mais cara.
Mas o maior impacto no mês de junho veio dos transportes (1,35%), o único grupo que havia registrado queda em maio (-0,23%). A alta de 1,35% foi puxada pelos preços dos combustíveis, que ficaram 3,69% mais caros. Embora a gasolina (2,86%) tenha tido uma das menores altas do grupo dos transportes – comparada ao gás veicular (12,41%), ao etanol (9,12%) e ao óleo diesel (3,53%) – tem o maior peso e já acumula variação de 45,86% no acumulado em 12 meses.
Alimentação e bebidas continuam subindo, mas de forma estável. Em junho, a alta foi de 0,41%, resultado próximo ao do IPCA-15 de maio (0,48%). A alimentação no domicílio passou de 0,50% em maio para 0,15% em junho.
O grupo saúde e cuidados pessoais (0,53%), por sua vez, apresentou variação menor que a do mês anterior (1,23%).
O ESTADO DE S. PAULO