Mercedes-Benz fecha fábricas até 5 abril e já programa férias coletivas para grupos de funcionários

Mais uma montadora, a Mercedes-Benz, anunciou nesta terça-feira, 23, que fechará as fábricas de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e de Juiz de Fora (MG) por causa do agravamento da pandemia de covid-19. É a quarta empresa do setor a decidir pela medida desde a semana passada, a pedido principalmente dos sindicatos de trabalhadores das cidades onde estão instaladas. O grupo emprega 10 mil funcionários; desses, 7 mil ficarão em casa no feriado prolongado.

No caso da Mercedes, a parada vai começar na próxima sexta-feira, 26, com retorno em 5 de abril, após o feriado da Páscoa. A empresa informa ainda que, no retorno ao trabalho, também concederá férias coletivas para grupos alternados de funcionários da produção. “Assim, teremos um grupo menor mantendo os protocolos de distanciamento, mas continuaremos a atender os nossos clientes com nossos produtos e serviços”, informa.

Já tinham tomado a decisão a Volkswagen (para as quatro fábricas no País), a Scania (com uma unidade em São Bernardo) e a Volvo (uma fábrica em Curitiba).

A Mercedes informa que desde o início da pandemia tem se adaptado para atender a todos os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nosso objetivo tem sido garantir um ambiente seguro aos nossos colaboradores, familiares e clientes sem deixar de atender à população por meio de nossos produtos e serviços”, diz em nota.

Segundo a montadora, a decisão foi tomada em alinhamento com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para contribuir com a redução de circulação de pessoas neste momento crítico no País, que também inclui ter de administrar a dificuldade de abastecimento de peças e componentes na cadeia de suprimentos, além de atender a antecipação de feriados por parte das autoridades municipais.

Centrais sindicais convocam lockdown nacional
As centrais sindicais convocaram um lockdown nacional para esta quarta-feira, 24, diante do agravamento da pandemia. O Fórum das Centrais Sindicais, formado pelas seis maiores centrais do País – CUT, UGT, CTB, Força Sindical, CSB e NCST -, representa cerca de 10 milhões de trabalhadores, quase 80% dos sindicalizados.

Está programada uma live para as 11h, que será transmitida no Facebook das centrais, para defender vacinação rápida no País, lockdowns organizados, pagamento de auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, medidas de proteção ao emprego, apoio às pequenas e médias empresas e solidariedade às populações mais vulneráveis.

O ESTADO DE S. PAULO

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