Ter idade de menos ou de mais tem sido um obstáculo para quem deseja se inserir ou se recolocar no mercado de trabalho. De acordo com uma pesquisa feita pela Mindsight, startup de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg de gestão de pessoas, os profissionais que possuem menos de 17 anos ou mais de 51 anos são os que mais sentem dificuldade para encontrar um emprego remoto durante a pandemia, com 85% e 71% dos entrevistados, respectivamente, concordando com a afirmação.
A pesquisa também mostrou que a maior concentração de desempregados está nessas faixas etárias. Dos mais velhos, 71% disseram estar fora do mercado de trabalho. Já entre os jovens, o índice é de 70%.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), o desemprego no Brasil atingiu 14,4% no trimestre encerrado em fevereiro, com 14,2 milhões de desempregados – recorde da série histórica iniciada em 2012. Também segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior desocupação está no grupo de pessoas entre 14 e 17 anos, com 42,7%. O índice é de 9% entre quem tem de 40 a 59 anos e 5% nos profissionais acima de 60 anos.
Entre os entrevistados no levantamento da Mindsight, 66% dos profissionais que têm mais de 51 anos de idade afirmaram já ter vivenciado alguma discriminação etária no mercado de trabalho. Já para aqueles que têm entre 41 e 50 anos, o índice cai para 43%.
O grupo menos prejudicado, segundo o levantamento, é o de pessoas entre 25 e 30 anos. Eles ocupam a última posição no ranking de desemprego, com 58%. Esses profissionais também são os que têm tido menos obstáculos para conseguir um emprego remoto durante a pandemia, com apenas 21% dos respondentes relatando ter dificuldades.
A experiência profissional ou a falta dela também têm sido um empecilho na vida de quem procura um emprego. Entre os respondentes da pesquisa, a taxa de desemprego é maior entre estagiários, 68%, e profissionais em cargos plenos, 65%. Já no topo da hierarquia, o índice cai para 59% em posições C-level (nível de liderança) e para 68% nos cargos de especialistas e gerentes.
Enquanto 81% dos profissionais em cargos júnior ou de estágio relataram já terem perdido oportunidades por não cumprirem todos os requisitos da vaga, 46% daqueles que estão em nível sênior ou C-level disseram já ter precisado omitir suas habilidades para concorrer às vagas ofertadas, já que o currículo pode demandar uma remuneração mais elevada.
O ESTADO DE S. PAULO