A produção industrial nacional cresceu pelo nono mês seguido e avançou 0,4% em janeiro de 2021 em relação ao mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 5. Apesar de ainda estar 12,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011, a indústria vem ampliando a distância em relação às perdas de 27,1% acumuladas no início da pandemia, de março a abril de 2020.
O resultado positivo de janeiro, no entanto, foi menos acentuado do que vinha sendo registrado nos meses anteriores e também menos disseminado entre as atividades. “Observamos a manutenção do comportamento positivo do setor industrial, mas com desaceleração no seu ritmo no mês de janeiro. Em abril do ano passado, a diferença para o patamar recorde era de -38,8%. Agora estamos mais perto (-12,9%), mas ainda com uma perda de dois dígitos. Porém, também chama atenção neste mês a quantidade de ramos que ficaram no campo negativo, que foram maioria (14 de 26), um comportamento que não foi observado nos meses anteriores dessa sequência de nove meses de crescimento”, avalia o gerente da pesquisa, André Macedo.
Duas das quatro das grandes categorias econômicas e 11 dos 26 ramos pesquisados mostraram crescimento na produção. Entre as atividades, a influência positiva mais relevante foi dos produtos alimentícios, que avançou 3,1%, eliminando parte da redução de 11,0% acumulada nos três últimos meses de 2020.
Entre as 14 atividades que tiveram queda, metalurgia, com recuo de 13,9%, respondeu pelo principal impacto negativo em janeiro, interrompendo seis meses de taxas positivas consecutivas e que acumularam expansão de 59,0% nesse período. O ramo de vestuário e acessórios ficou estável (0,0%).
Na comparação com janeiro de 2020, o setor industrial avançou 2,0%, com resultados positivos em 18 dos 26 ramos. Vale ressaltar que janeiro de 2021 teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior.
O ESTADO DE S. PAULO