Frigoríficos pedem que trabalhador do setor seja priorizado em vacinação no Brasil

A Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), que representa empresas como a Minerva, solicitou a inclusão dos trabalhadores do setor na lista de grupos prioritários para vacinação imediata contra a Covid-19, disse a entidade em comunicado na sexta-feira (30).

A Abrafrigo disse ter feito a solicitação em cartas enviadas aos ministérios da Saúde e Agricultura. Nenhuma das pastas pôde responder de imediato a pedidos de comentários sobre o assunto.

“A maior vulnerabilidade da indústria de carnes, em face do trabalho intensivo, ambientes fechados e climatizados, exige a intercessão dos ministérios junto às secretariais estaduais de saúde para que procedam à imediata vacinação desta classe industrial”, disse a associação.

A medida poderia beneficiar cerca de 2 milhões de pessoas diretamente empregadas por processadoras de carnes bovina, suína e de aves no Brasil, segundo estimativas da Abrafrigo.

As exportações de carne do Brasil geraram US$ 17 bilhões (R$ 93 bilhões) em vendas no ano passado. De acordo com dados do governo, a carne é a segunda commoditie agrícola de exportação mais importante do país —atrás somente da soja, com US$ 28,5 bilhões (R$ 156 bilhões) em vendas em 2020.

A Abrafrigo disse ao governo que os trabalhadores de frigoríficos estão entre os mais vulneráveis ao novo coronavírus.

No ano passado, a crise sanitária afetou fortemente as unidades de processamento de carnes do Brasil, levando algumas delas a interromper produção enquanto os funcionários eram testados, o que gerou proibições para vendas à China, principal importadora da commoditie.

Apesar das interrupções, a indústria de carnes continuou comercializando grandes volumes nos mercados doméstico e global, ajudando o país a seguir entre os maiores fornecedores de carnes do mundo.

FOLHA DE S. PAULO

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