Covid-19 avança e associações desistem de pedir reabertura do comércio a Doria

As associações de empresas de comércio, serviços e alimentação desistiram de fazer uma cobrança direta ao governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), para a reabertura imediata das lojas. Caso não fossem atendidos, a ideia envolvia até promover mobilizações nas ruas da capital paulista, conforme noticiou a Coluna.

Rebeldes. O movimento tinha a adesão da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop), Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), entre outras.

Hora errada. O presidente da Alshop e articulador do movimento, Nabil Sahyoun, disse que as associações repensaram a postura e decidiram procurar uma agenda com Doria em um momento menos tenso do que o atual. “O clima está muito pesado, com centenas de mortes por dia. Vamos esperar o momento correto”, justificou.

Mágoa. Sahyoun também reconheceu que o grupo se antecipou na divulgação, o que gerou alguma celeuma com Doria. “Foi desagradável. O governador acabou sabendo desse movimento pela imprensa e ficou chateado”.

Pano de fundo. A insatisfação dos empresários do comércio se deve ao fato de que foram submetidos a um novo ‘lockdown’ sem ter ainda recuperado as vendas do ano passado. O clima também é de contrariedade por suas atividades serem classificadas como não essenciais, enquanto canteiros de obras, indústrias e, agora, até as igrejas podem ficar abertas. Segundo o governo estadual, o lockdown serve pare reduzir a circulação de pessoas e evitar a proliferação do coronavírus. A ocupação das UTIs atingiu 80% dos leitos do Estado no sábado, 7, recorde histórico.

O ESTADO DE S. PAULO

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