Salário mínimo de R$ 1.320 será negociado com centrais sindicais

Ministro da Fazenda não confirmou aumento para janeiroPor Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – BrasíliaO salário mínimo de R$ 1.320, que consta no Orçamento de 2023, será negociado com as centrais sindicais, disse há pouco o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele não garantiu que o novo valor possa entrar em vigor ainda este mês. Conforme medida provisória editada em dezembro pelo antigo governo, o salário mínimo em 2023 está em R$ 1.302. Esse valor, segundo Haddad, representa reajuste 1,4% acima da inflação do ano passado. Segundo o ministro, não ocorreu descumprimento de promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O compromisso do presidente Lula é de aumento real [para o salário mínimo], o que já aconteceu. O salário mínimo atual é 1,4% maior que a inflação acumulada desde o último reajuste”, rebateu. EntraveO aumento para R$ 1.320 está sob discussão porque os R$ 6,8 bilhões destinados pela Emenda Constitucional da Transição mostraram-se insuficientes para bancar o aumento dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atrelados ao salário mínimo. Isso porque a forte concessão de aposentadorias e pensões no segundo semestre do ano passado criou um impacto maior que o estimado para os gastos do INSS neste ano. “O relator [do Orçamento], depois que o projeto foi encaminhado ao governo federal, reforçou o orçamento do Ministério da Previdência em R$ 6,8 bilhões. Só que esse recurso foi consumido pelo andar da fila do INSS [redução da fila de pedidos]. A partir do início do processo eleitoral, a fila começou a andar”, reclamou Haddad. Segundo o ministro, a aceleração da inclusão consumiu os R$ 6,8 bilhões. “Pedimos para a Previdência refazer os cálculos, para repassar na mesa de negociação que será aberta com os sindicatos. O presidente cumpre a palavra este mês e cumprirá a palavra este ano [sobre a valorização do salário mínimo acima da inflação]”, acrescentou o ministro. De acordo com cálculos preliminares da equipe econômica, além dos R$ 6,8 bilhões, o governo precisaria de R$ 7,7 bilhões para bancar o aumento do salário mínimo para R$ 1.320 ainda em janeiro. O número seria apresentado pelo Ministério da Previdência no início desta semana, mas a divulgação do impacto foi adiada depois que extremistas inconformados com o resultado das eleições de 2022 invadiram as sedes dos Três Poderes no último domingo (8). Parte dos representantes da equipe econômica defende que o aumento para R$ 1.320 seja adiado. A decisão final, no entanto, só sairá após a negociação do Palácio do Planalto com as centrais sindicais. https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-01/salario-minimo-de-r-1320-sera-negociado-com-centrais-sindicais
Ministério do Trabalho se reunirá com motoboys que organizam paralisação

Encontro e proposta apresentada pelo governo são recebidos com bons olhos por lideranças O Ministério do Trabalho deve realizar nesta semana uma reunião com lideranças que organizam uma paralisação dos entregadores de aplicativo. O gesto foi bem recebido pelos motoboys, que articulam o ato para o próximo dia 25 em busca de melhores condições de trabalho. BANDEIRA BRANCAO encontro está previsto para ocorrer na terça-feira (17), em São Paulo. Além das reivindicações da categoria, deve ser discutida a proposta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a criação de uma comissão dedicada à questão da regulamentação do trabalho por aplicativo —outra iniciativa vista com bons olhos pelas lideranças da paralisação. BANDEIRA 2A movimentação do governo minimiza o receio expressado por uma parcela dos motoboys autônomos. Eles temiam que a gestão petista dialogasse mais com centrais sindicais do que com aqueles que se consideram independentes. com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2023/01/ministerio-do-trabalho-se-reunira-com-motoboys-que-organizam-paralisacao.shtml
Lula se reúne com ministro do Trabalho em meio a debate sobre salário mínimo

Por Amanda Pupo Encontro marcado para esta segunda-feira ocorre no momento em que o governo discute se o valor do salário mínimo será ou não reajustado de R$ 1.302 para R$ 1.320BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir nesta segunda-feira, 16, com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, no Palácio do Planalto. O compromisso, marcado para as 15 horas, ocorre no momento em que o governo discute o que fará com o valor do salário mínimo – se ele será ou não reajustado de R$ 1.302 para R$ 1.320. A agenda de Lula, divulgada há pouco neste domingo, 15, também prevê a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na reunião. Haddad, contudo, não deve estar em Brasília. A previsão é de que ele embarque para o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, na noite de domingo. Na última quinta-feira, 12, questionado sobre o assunto, Haddad afirmou que o governo ainda analisa qual decisão tomará sobre o reajuste do salário mínimo. Ele explicou que a rubrica destinada a elevação do valor, de R$ 6,8 bilhões, já foi consumida pela aceleração da fila do INSS. O ministro comentou também que Marinho abriria uma mesa de negociação com as centrais sindicais para avaliar “adequadamente” o tema. A agenda de Lula também prevê a ida do presidente à posse de Tarciana Medeiros como presidente do Banco do Brasil, às 18h, além de outras reuniões com ministros. Às 9h, ele encontra no Planalto o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta. Já às 9h30 a reunião será com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Secretaria-Geral, Márcio Macedo, novamente Padilha e Pimenta, além de Haddad e o chefe do gabinete pessoal do presidente da República, Marco Aurélio Marcola. https://www.estadao.com.br/economia/lula-encontra-ministro-debate-salario-minino/
OIT prevê 9,9 milhões de desempregados no Brasil

O crescimento do emprego mundial esperado agora é de apenas 1,0% neste ano, menos da metade do nível de 2022Valor — Genebra Enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que um terço da economia mundial poderá mergulhar em recessão neste ano, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta forte degradação no mercado de trabalho globalmente. Tudo isso na esteira de novas tensões geopolíticas, invasão da Ucrânia, disrupções nas cadeias de abastecimento, inflação alta e aumentos de juros que continuam em várias economias. O crescimento do emprego mundial esperado agora é de apenas 1,0% neste ano, menos da metade do nível de 2022. O desemprego global deverá aumentar cerca de três milhões, para atingir 208 milhões de pessoas, correspondendo a uma taxa mundial de 5,8%. A cifra só não é maior porque, na verdade, falta é mão-de-obra em vários países desenvolvidos. A deterioração do mercado de trabalho é particularmente forte na América Latina. O volume de empregos cresceu 6,4% em 2021 e 4,9% em 2022, mas desacelera em 2023 com taxa de apenas 1,0%. Será suficiente basicamente para compensar a expansão da população em idade de trabalhar. O número de desempregados na região deve ficar em torno de 22 milhões neste ano. No Brasil, a maior economia da região, o desemprego chegou a atingir 14,1 milhões de pessoas em 2021, mas em 2022 fechou em trajetória positiva até em razão de uma retração da força de trabalho. Mas o que a OIT diz esperar é que na região será difícil a manutenção de recentes ganhos no emprego formal. Sua estimativa é de que no Brasil o desemprego cairá de 10,3 milhões em 2022 para 9,9 milhões em 2023, o que representa taxa de desemprego de 9,1%. Isso quando o crescimento da economia brasileira diminuindo de 3% no ano passado para 0,8% neste ano, pelas novas projeções do Banco Mundial. A expectativa é de que o desemprego continue atingindo 9,9 milhões de pessoas ao final de 2024, enquanto 99,7 milhões estarão empregadas. A inquietação evidente não é só com a quantidade, mas com a qualidade do emprego. No cenário atual, mais trabalhadores vão ser empurrados a aceitar empregos de menor qualidade, mal remunerados, precários e sem proteção social. O emprego informal, que vinha caindo, tende a aumentar de novo bastante em diferentes economias. Globalmente, cerca de dois bilhões de trabalhadores ocupavam um emprego informal em 2022. A OIT chama atenção com razão para o conceito de deficit global de empregos, bem mais realista. Essa medida leva em conta tanto as pessoas desempregadas, como as que não buscam mais ativamente uma vaga de trabalho, desencorajadas ou porque tem responsabilidades familiares, por exemplo. O deficit mundial de emprego chega assim a 473 milhões em 2022, ou 33 milhões a mais do que em 2019, antes da covid-19. Nada menos de 214 milhões de pessoas trabalham, mas vivem na extrema pobreza, com renda inferior a 1,9 dolar por dia em termos de paridade de poder de compra. Além disso, a desaceleração do crescimento da produtividade nos países desenvolvidos se propagou às principais economias emergentes. A estagnação começou após a grande crise financeira global de 2009, como ilustrado no caso da China e India. Embora a produtividade do trabalho na China ainda seja bem mais alta do que a dos países do G7 (as maiores economias industrializadas), desacelerou nos últimos tempos em ritmo maior. A constatação é de que o crescimento na produtividade entre 1990 e 2010 não ocorreu em todos os emergentes. A OIT dá o exemplo do Brasil, que seguiu um caminho de queda, com uma alta de produtividade apenas temporária no período próximo da crise global de 2009. https://valor.globo.com/opiniao/assis-moreira/coluna/oit-preve-99-milhoes-de-desempregados-no-brasil.ghtml
Pacote fiscal foca arrecadação e Haddad cita déficit de 0,5% a 1%

De acordo com o Ministério da Fazenda, medidas podem ter impacto de até R$ 242,6 bilhões, ou 2,26% do PIB – desses, apenas R$ 50 bilhões representam cortes de gastos O governo anunciou seu primeiro pacote de ajuste fiscal, com foco maior no aumento da arrecadação e menos na redução de despesas. As medidas, segundo o Ministério da Fazenda, podem ter impacto de até R$ 242,6 bilhões, ou 2,26% do PIB – desses, apenas R$ 50 bilhões representam cortes de gastos. Se todo o potencial for alcançado, o déficit de R$ 231,5 bilhões previsto no Orçamento de 2023 poderia se transformar em superávit de R$ 11,13 bilhões. O ministro Fernando Haddad reconheceu que podem ocorrer dificuldades para implementação e que vai mirar um déficit primário entre 0,5% e 1% do PIB neste ano. “Vamos perseguir esta meta”, disse. O déficit previsto no Orçamento é de 2,3% do PIB. Ajuste mira R$ 242 bi, mas corte de despesas se limita a R$ 50 bi Economistas veem pontos positivos, mas sentem falta de contenção de gasto O pacote tem seis medidas, entre elas mudanças nas normas do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (leia ao lado) e a reoneração do PIS/Cofins sobre combustíveis e setor financeiro. A volta das cobranças deve gerar receita de R$ 28,8 bilhões e R$ 4,4 bilhões, respectivamente. Além disso, o pacote estipula que a exclusão do ICMS da base do PIS/Cofins não poderá mais ser considerada para cálculo de crédito tributário, o que ajudará na arrecadação. Para recuperar “créditos” no Carf, o governo criará o Programa Litígio Zero. Os processos no órgão somam mais de R$ 1 trilhão. A ideia é oferecer descontos, por faixa de valores, sobre os débitos em discussão. As medidas anunciadas foram recebidas por economistas como um sinal positivo do novo governo, embora sejam vistas como iniciativas de curto prazo, centradas mais no aumento da arrecadação do que no corte de despesas. “É um passo na direção correta, mas o que a gente quer saber mesmo é sobre a regra fiscal, a lógica que vai balizar o Orçamento e a dívida”, afirma Igor Baremboim, sócio-diretor da Reach Capital e professor de economia política e finanças da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. https://valor.globo.com/impresso/noticia/2023/01/13/pacote-fiscal-foca-arrecadacao-e-haddad-cita-deficit-de-05-a-1.ghtml
Comissão para discutir regulação do trabalho por aplicativo será criada em 30 dias

Ministério do Trabalho negocia com os entregadores a suspensão de uma paralisação convocada para 25 de janeiro NIVALDO SOUZAO Ministério do Trabalho pretende instalar em até 30 dias a comissão que irá discutir a regulamentação do trabalho por aplicativo, conforme apurou o JOTA. A partir daí, será formada uma mesa tripartite reunindo governo, representantes dos trabalhadores e empresas. A definição dos nomes que irão compor a comissão será decidida ao longo desses 30 dias. O ministro Luiz Marinho (PT) manifestou, no dia de sua posse, o desejo de apresentar uma proposta formal de regulamentação ainda no primeiro semestre. “É preciso compreender que hoje tem trabalhadores que nem desejam o formato anterior CLT, mas que necessitam de proteção social e previdenciária”, indicou na ocasião. O ministério negocia com os entregadores a suspensão de uma paralisação convocada pela categoria para ocorrer em 25 de janeiro em âmbito nacional. Tanto o movimento de organização quanto o ministério temem que uma paralisação seja confundida com apoio aos atos golpistas de domingo (8/1). Outra comissão, a ser anunciada em até 30 dias, irá tratar de mudanças nas regras de negociação coletiva entre sindicatos e empresas. Enquanto isso, na próxima quarta-feira (18), o ministério vai publicar a minuta de criação da comissão que irá discutir uma política permanente de reajuste do salário mínimo. Esta foi uma das principais bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante as eleições. NIVALDO SOUZA – Repórter de Economia Digital no JOTA. Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, tem mais de 15 anos de experiência cobrindo economia e política em agências de notícias, jornais, sites, revistas, rádio e televisão
Haddad não garante salário mínimo de R$ 1.320 em 2023

Por Adriana Fernandes e Anna Carolina Papp Questionado, ministro rejeitou a ideia de que Lula não esteja cumprindo o que foi prometido na campanhaO ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo ainda avalia se o salário mínimo será ou não reajustado dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320 neste ano, e que se trata de uma “decisão política”. Questionado, ele rejeitou a ideia de que Lula não esteja cumprindo o que foi prometido na campanha, uma vez que o valor vigente, R$ 1.302, fixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, já representa um ganho real (acima da inflação). Fernando Haddad, ministro da Fazenda de LulaFernando Haddad, ministro da Fazenda de Lula Foto: Adriano Machado/Reuters“Não tem nenhum pacto rompido. O compromisso de campanha era com o aumento real, que já aconteceu. O presidente cumpre sua palavra nesse ano, e cumprirá nos próximos três anos”, disse. “Precisamos reestimar o que vai acontecer com a rubrica para submeter à decisão política.” Ele explicou que o valor separado no Orçamento de 2023 para esse novo reajuste, de R$ 6,8 bilhões, conforme informado pelo relator-geral Marcelo Castro, já foi consumido pelo aumento dos benefícios previdenciários. “Esse recurso do Orçamento foi consumido pelo andar da fila do INSS, porque a partir do início do processo eleitoral, por razão que não tem nada a ver com respeito a Constituição, a fila começou a andar, porque o governo estava desesperado por voto”, disse Haddad. O custo adicional estimado pelos técnicos do governo com o salário de R$ 1.320 é de R$ 7,7 bilhões além do valor previsto no Orçamento. Haddad também afirmou que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, abrirá uma mesa de negociação com as centrais sindicais para avaliar “adequadamente” o assunto. “Há pedido para a Previdência refazer os cálculos para, na mesa de negociação com as centrais, avaliar adequadamente e responsavelmente como agir a luz desse quadro”, disse. https://www.estadao.com.br/economia/salario-minimo-fernando-haddad/
Proposta de Lula, salário mínimo de R$ 1.320 não entrará em vigor nos primeiros meses do ano

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que o salário mínimo de R$ 1.320 não vai vigorar nos primeiros meses deste ano. Uma ala do governo defende manter o valor de R$ 1.302 durante todo o ano. Outra, quer que o mínimo de R$ 1.320 comece a valer a partir de maio, no Dia do Trabalho. O valor de R$ 1.302 foi determinado via medida provisória editada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado, para valer em 2023. O reajuste determinado por Bolsonaro representou um aumento de 7,43% – a reposição da inflação mais um ganho real de 1,4% – em relação ao salário mínimo de 2022, que era de R$ 1.212. Já o mínimo de R$ 1.320 foi prometido por Lula para este ano, o que garantiria um aumento real maior, de 2,81%. Só que o novo governo verificou que houve, no ano passado, uma concessão acima do previsto de aposentadorias, elevando os gastos do INSS. Com isso, se o novo mínimo entrasse em vigor desde janeiro, o INSS teria um gasto extra de R$ 7,7 bilhões, que ficariam fora do teto dos gastos públicos. Por isso, para bancar esse aumento desde janeiro, o Ministério da Fazenda teria de fazer um bloqueio de gastos para bancar essas despesas. A equipe do ministro Fernando Haddad defende a manutenção do valor de R$ 1.302 ao longo de todo ano. A ala política, preocupada com o desgaste para Lula, propõe que o mínimo com aumento real comece a vigorar a partir de maio, mês do trabalhador. Na próxima quarta-feira, Lula fará uma reunião com as centrais sindicais, quando será anunciada a criação de um grupo de trabalho para definir a nova política de valorização do salário mínimo e também de regras para trabalhadores de aplicativos. Neste dia, será batido o martelo final sobre o valor do mínimo neste ano.
Volume de serviços fica estável em novembro

Setor está 10,7% acima do nível pré-pandemia Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro O volume de serviços no Brasil não apresentou variação na passagem de outubro para novembro de 2022. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o setor está 10,7% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 0,5% abaixo do nível recorde, registrado em setembro de 2022. Na comparação com novembro de 2021, o setor apresentou crescimento de 6,3%. Também houve altas nos acumulados do ano (8,5%) e de 12 meses (8,7%). Na passagem de outubro para novembro, três das cinco atividades investigadas tiveram queda: informação e comunicação (-0,7%), outros serviços (-2,2%) e serviços prestados às famílias (-0,8%). Por outro lado, os transportes cresceram 0,3%, enquanto os serviços profissionais, administrativos e complementares, 0,2%. A receita nominal teve queda de 0,2% na comparação com outubro e altas de 12% em relação a novembro de 2021 e 16% nos acumulados do ano e de 12 meses. https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-01/volume-de-servicos-fica-estavel-em-novembro
Trabalhar 4 dias na semana: mais descanso ou sobrecarga de trabalho?

Edição da newsletter FolhaCarreiras traz vantagens e desvantagens de redução da jornadaVitoria PereiraSÃO PAULO É nessa pegada que trago uma tendência que começou lá fora e está engatinhando aqui no Brasil: a semana de quatro dias de trabalho. Isso mesmo. Em vez do tradicional modelo de cinco dias na semana, há empresas testando trabalhar apenas quatro. Trabalhar um dia a menos pode proporcionar melhorias no bem-estar e na diminuição de estresse – deagreez / Adobe StockComo funciona? Depende de cada organização. Algumas adotam a quarta ou a sexta-feira como o dia de folga.A redução da jornada não quer dizer redução de salário, ou seja, o colaborador recebe a mesma remuneração do modelo de cinco dias.O objetivo é permitir que os trabalhadores estejam mais envolvidos com a vida pessoal. Fruto da pandemia? Possivelmente. “A pandemia trouxe a pauta de bem-estar e de repensar o futuro do trabalho e as relações no ambiente profissional”, diz Iandara Joaquim, gerente de metodologia e educação da Pulses, empresa de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg para RH. Quais áreas mais adotam? Startups de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg e marketing que costumam ter equipes menores e são mais abertas a modelos flexíveis. Negócios que operam 24h por dia ou de segunda a sexta, por exemplo, não se encaixam. Lá fora… A organização 4 Day Week Global administrou um projeto-piloto em empresas das áreas de TI e de serviços. O teste incluiu 614 funcionários de 12 companhias localizadas em países como Irlanda, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia durante seis meses.Os profissionais tiveram melhorias no bem-estar e diminuição de estresse causado pelo trabalho.No Japão, em 2021, o governo recomendou que as empresas implementassem a semana de quatro dias para melhorar a relação entre trabalho e vida pessoal dos cidadãos. …e no Brasil. Ainda há poucas companhias aderindo ao modelo porque… “As empresas precisam ter uma cultura organizacional flexível. Para companhias mais tradicionais, é difícil e as mudanças levam tempo”, diz Luana Lourençon, especialista em carreiras. Conheça iniciativas brasileiras: A Winnin, startup de software do Rio de Janeiro, aplicou o modelo em agosto de 2021 em todas as áreas da empresa para torná-la mais produtiva e reter colaboradores.A Gerencianet, conta digital para negócios com sede em Ouro Preto (MG), implementou em julho de 2022. O intuito é dar mais benefícios e qualidade de vida aos funcionários.“Fizemos treinamentos de gerenciamento de tempo e incentivamos os colaboradores a priorizar apenas o necessário, como reduzir o número de reuniões”, afirma Glícia Braga, gerente de RH da Gerencianet. O que diz a lei sobre redução de carga horária? A legislação prevê uma carga máxima de trabalho de 44h semanais.Não há impedimento para trabalhar, por exemplo, 32h semanais (como acontece na semana de quatro dias), diz Larissa Salgado, advogada especialista em direito do trabalho e sócia do escritório Silveiro Advogados. Benefícios para o profissional: Depois de 15 anos trabalhando no modelo tradicional, John Silva, 37, começou a trabalhar só quatro dias.Ele é analista financeiro da Winnin e afirma que agora consegue dar mais atenção à família, ter mais tempo de descanso e de cuidado pessoal.Disponibilidade para buscar autodesenvolvimento por meio de cursos ou estudos.Promoção do bem-estar mental.Trabalhadores se sentem mais produtivos. Pesquisa do Indeed, plataforma mundial de emprego, aponta que 74% dos entrevistados acreditam que seriam mais produtivos em uma semana de quatro dias. O estudo foi feito com 858 trabalhadores brasileiros em maio de 2022. Por outro lado… “Se não tiver uma escuta contínua, a demanda de quatro dias pode gerar sobrecarga. Por isso, boas lideranças e clareza nas cobranças ao profissional são importantes para ter sucesso nessa flexibilidade”, afirma Iandara.Nem todos os perfis se adequam a esse modelo que exige mais concentração. Funciona com pessoas disciplinadas e organizadas.“É preciso aumentar o foco, senão gera estresse. Não é reduzir demanda, mas sim, o retrabalho”, diz Andrea Deis, gestora empresarial e professora de gestão de pessoas na FGV (Fundação Getulio Vargas).MINHA EXPERIÊNCIAJovem conta como é trabalhar apenas quatro dias na semana. ana carolina – newsletter folha carreirasAna Carolina Trindade, 25, assistente de marketing na Eva Benefícios, startup de serviços financeiros; desde outubro de 2022, ela trabalha quatro dias na semana – Divulgação“No início, achei que as tarefas iriam ficar acumuladas. Mas consegui me organizar como se fosse uma semana de cinco dias”. Mais descanso? Ana não trabalha às sexta-feiras. Neste dia, aproveita para resolver demandas da faculdade e fazer exercícios físicos. “Me sinto mais disposta para fazer outras atividades, viajar e até ter mais tempo com a minha família que mora em outra cidade. Isso tudo ajuda no meu bem-estar mental”. Ou mais trabalho? “Não senti nenhuma sobrecarga de trabalho. Na segunda, até têm mais coisas porque não trabalhei na sexta, mas não é um acúmulo que atrapalha ou gera exaustão”. O que mudou? Uma das diferenças que sentiu ao reduzir sua jornada de cinco para quatro dias foi o aumento da produtividade. Ana diz que as reuniões são mais concentradas, só ocorrem quando realmente necessárias, assim tem mais tempo para se dedicar às tarefas do dia a dia. Saldo positivo. Para Ana, o trabalho precisa ser assim: mais leve. “Quando começo a ficar mentalmente cansada, logo chega a sexta-feira. E, na segunda, estou cheia de energia para começar a semana de novo”. NÃO FIQUE SEM SABERExplicamos dois assuntos do noticiário para você. O que aconteceu? Manifestantes golpistas entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde deste domingo (8), invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal).O que eles fizeram? Quebraram vidros, atiraram móveis para fora do Planalto, computadores e monitores no chão. Foto dos ex-presidentes da República foram arrancadas da parede. Obras de arte foram danificadas. Entre elas, “Bandeira do Brasil”, de Jorge Eduardo, “Mulatas”, de Di Cavalcanti, “O Flautista”, de Bruno Jorge, e “Galhos e Sombras”, de Frans Krajcberg.E a polícia? Os golpistas entraram em confronto com a Polícia Militar, que reagiu com bombas de efeito moral. Os policiais foram atingidos por grades de ferro e outros objetos.Mas… vídeos mostram que a Polícia Militar do Distrito Federal aparece filmando a depredação e conversando com