Corte de gastos, emprego e renda em 2025
Artigo escrito por José Pastore, professor da Universidade de São Paulo, Presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP e membro da Academia Paulista de Letras O ano de 2024 foi muito bom em termos de emprego e renda. O desemprego ficou ao redor dos 6%, os postos de trabalho formais aumentaram em 2 milhões e a renda real mediana subiu cerca de 5% em relação a 2023. Tivemos até falta de mão de obra (qualificada e não qualificada). O novo ano é encarado com grande apreensão em vista da inflação e dos juros, que já subiram e ameaçam acelerar daqui para a frente. Em 2025, teremos também os primeiros impactos da redução do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Abono Salarial e da regra de atualização mais branda do salário mínimo. As três medidas terão o efeito de reduzir a renda disponível das famílias que forem atingidas por essas mudanças. Mas, em 2025, o seu efeito não será dramático. Mesmo porque o restante dos vigorosos programas sociais continua intacto — o que responde pela maior parte do consumo nos Estados mais pobres. Bem diferente será o impacto da aceleração da inflação. Esta afetará o poder de compra da grande maioria da força de trabalho. Com queda no consumo, haverá uma menor geração de empregos. Mas, novamente, isso não deve provocar uma explosão do desemprego. No ano que chega, muitas atividades econômicas deverão permanecer aquecidas, como são os casos da construção de moradias propelida pelo programa Minha Casa, Minha Vida e das exportações do agro e dos minérios, que geram muitos empregos indiretos no comércio e nos serviços. Neste campo, entretanto, antecipo um esfriamento do emprego e da renda nos ramos da alimentação fora de casa, dos serviços pessoais, do entretenimento e das viagens de turismo. Ou seja, teremos um 2025 menos exuberante no consumo e na geração de empregos, mas nada dramático em termos de desemprego. Todavia, os problemas crônicos no campo do trabalho permanecerão vivos: profusão de empregos de má qualidade, enorme informalidade, precária qualificação da maioria dos trabalhadores, produtividade anêmica, altos encargos sociais, baixos salários, elevada rotatividade e forte insegurança jurídica derivada de leis e sentenças judiciais confusas. Esses problemas têm raízes históricas. A sua resolução depende de um aumento contínuo e diversificado dos investimentos na economia real e na modernização das instituições do trabalho. É um programa para gerações, e não apenas para este ou aquele governo.
COMUNICADO CONJUNTO – SINDEPRESTEM / SINDEEPRES
CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO 2025 SINDEPRESTEM – Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo e SINDEEPRES – Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra, Trabalho Temporário, Leitura de Medidores e Entrega de Avisos do Estado de São Paulo. Com o intuito de atenderem às solicitações das empresas e visando a aplicação dos reajustes aos trabalhadores, bem como as negociações para os repasses dos reajustes às empresas tomadoras de serviços, o SINDEPRESTEM e o SINDEEPRES divulgam os presentes COMUNICADOS CONJUNTOS, informando que já foram acordadas as cláusulas econômicas das Convenções Coletivas de Trabalho 2025, a vigorarem a partir de 1º de janeiro de 2025. CLIQUE ABAIXO PARA BAIXAR OS COMUNICADOS CONJUNTOS ASSINADOS GERAL CONTROLE DE ACESSO / PORTARIA PROMOÇÃO / MERCHANDISING POUPATEMPO LEITURA DE ÁGUA / GÁS / ENERGIA CORRESPONDENTES/PROMOTORES DE CRÉDITO
Palavra do Presidente do Sindeprestem
Prezados Associados e Filiados, À medida que mais um ano chega ao fim, é com grande satisfação que refletimos sobre os avanços conquistados e os desafios que ainda estão por vir. Em 2024, o Sindeprestem permaneceu firme no compromisso de representar e fortalecer os setores de trabalho temporário e de terceirização de serviços, sempre com a visão de um mercado mais justo, ágil e sustentável. Nosso trabalho ao longo do ano foi pautado pela busca incessante pela geração de empregos qualificados, pela segurança jurídica nas relações trabalhistas e pelas discussões às mudanças legislativas, a exemplo da Reforma Tributária, que impactam diretamente nossos setores. A capacidade de adaptação e a união de todos são os maiores diferenciais para que continuemos a prosperar neste mercado tão dinâmico. Estamos preparados para enfrentar as transformações que o futuro nos reserva. O nosso papel, além de gerar empregos, é também proporcionar qualificação, inclusão e melhores oportunidades para todos. Acreditamos que a continuidade dos nossos esforços será decisiva para que o Brasil alcance novos patamares de desenvolvimento. Nos próximos anos, o nosso compromisso é continuar assegurando o pleno emprego e ampliando a formação de talentos que atenderão às necessidades de um mercado em constante evolução. A todos que fazem parte desta jornada, nosso mais sincero agradecimento. O apoio, a colaboração e o esforço conjunto são fundamentais para o nosso sucesso. Que 2025 seja um ano de grandes conquistas e novas realizações, para os setores que representamos e para o país como um todo. Vander Morales – Presidente do Sindeprestem e da Fenaserhtt
Setor de serviços superou expectativas em Outubro, aponta IBGE
O setor de serviços do Brasil registrou um crescimento de 1,1% em outubro na comparação com o mês anterior e avançou 6,3% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado superou as expectativas de mercado: uma pesquisa da Reuters projetava alta de 0,7% no mês e 5,8% na comparação anual. Impulsionado pelo mercado de trabalho aquecido e pelo aumento da renda, o setor de serviços tem sido um dos principais motores da economia brasileira. Esses fatores têm contribuído significativamente para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB). Apesar dos resultados positivos, o crescimento do setor gera atenção em relação à inflação, especialmente no contexto do atual ciclo de aperto monetário conduzido pelo Banco Central. Saiba mais
Mercado prevê juros de 15% para os próximos dois anos diante do cenário fiscal
O mercado reagiu com pessimismo ao cenário fiscal, levando a expectativa dos juros futuros para 2026 e 2027 a 15% ao ano. A inflação projetada está acima da meta, com o IPCA esperado em 4,84% para 2024 e 4,59% para 2025. Por fim, a desvalorização do real e as incertezas sobre o pacote fiscal e decisões do STF aumentam a pressão econômica. Apesar disso, o Boletim Focus ajustou o PIB para 3,39% em 2024 e 2% em 2025. Clique aqui para ler a notícia completa
Com presença de associados, filiados e parceiros, Sindeprestem celebra 2024 em jantar de confraternização
No dia 6 de dezembro, o Sindeprestem realizou um jantar de confraternização para comemorar o ano que está se encerrando. “Tivemos um ano de muita luta e o Sindeprestem esteve presente em todas essas frentes de debates, participando de audiências públicas na Câmara e Senado para defender uma tributação mais justa para o nosso setor. Neste período continuamos trabalhando intensamente para um ambiente de negócios favorável para toda a indústria da terceirização e do trabalho temporário. Somos a alavanca do emprego formal e em 2025 vamos permanecer juntos para que esse resultado seja ainda melhor para todos”, afirmou o Presidente do Sindeprestem, Vander Morales. Na ocasião, tivemos o prazer de reunir associados, filiados, parceiros, referências do setor como o Professor José Pastore, Gaudêncio Torquato, Lívio Giosa, João Diniz (Presidente da Cebrasse), Danilo Padilha (Presidente do Sindeprestem-PR), Mário César (Presidente do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços no Estado do Espírito Santo), Valter Moura (Presidente da ACISBEC), Percival Maricato (Vice-Presidente Jurídico da Cebrasse), além do nosso quadro de funcionários. “É muito importante termos os associados, filiados e parceiros conosco neste momento de comemoração. Gostaríamos de agradecer a participação e apoio de todos nas nossas lutas. Se não fosse a participação de todos, seria ainda mais difícil enfrentar esses desafios. Afinal, o Sindeprestem é a casa de todos os empresários dos setores que representamos”, complementou a Diretora de Comunicação do Sindeprestem, Maria Olinda Maran Longuini.. Agradecemos a presença de todos nesta noite memorável, um espaço que reuniu, assim como nós, pessoas comprometidas em construir um futuro com melhores oportunidades. Esperamos contar novamente com a presença de todos nos futuros eventos do Sindeprestem!
Os algoritmos e a gestão de pessoas
*artigo escrito por Rafael Souto, colunista do Valor Econômico O avanço da inteligência artificial (IA) está promovendo transformações significativas em diversos campos, e a gestão de pessoas é um deles. No recente evento HR Reimagine, realizado em Orlando, tive a oportunidade de acompanhar apresentações que evidenciaram como a IA está mudando a forma como empresas cuidam do desenvolvimento de seus colaboradores. O case da Prudential chamou atenção pela ousadia. A empresa implementou robôs como coaches para seus funcionários. Esses robôs, equipados com algoritmos avançados, oferecem feedback personalizado, ajudam a identificar áreas de desenvolvimento e fornecem suporte contínuo para o crescimento profissional. Os benefícios do uso de IA nesses contextos são evidentes. A personalização em escala é um deles. Além disso, esses sistemas oferecem consistência, funcionando 24 horas por dia, e minimizam vieses inconscientes que podem surgir em interações humanas. Entretanto, o uso de IA na gestão de pessoas não está isento de desafios. Um ponto sensível é a questão da privacidade dos dados. Garantir que as informações pessoais dos colaboradores sejam utilizadas de forma ética e protegida é essencial para o sucesso de qualquer iniciativa que envolva a tecnologia. Outro aspecto crucial é o equilíbrio entre tecnologia e humanização. Clique aqui para ler o artigo do Rafael Souto na íntegra.
Estudo revela avanços e desafios da Diversidade e Inclusão no Brasil
Um estudo da Blend Edu mostrou que 63% das organizações brasileiras aumentaram o apoio à Diversidade e Inclusão (D&I) em 2024, enquanto apenas 4% reportaram diminuição, destacando um cenário nacional positivo. Segundo o relatório, quase metade das empresas (46%) ampliou o orçamento para D&I, com 16% priorizando o tema acima de outras áreas. Apenas 7% relataram cortes proporcionais a outras áreas. Na pesquisa, a falta de orçamento suficiente foi apontada como o maior obstáculo para avanços mais expressivos, afetando 21,4% das empresas. Além disso, contrariando tendências globais de cortes, 37,5% das empresas no Brasil aumentaram suas equipes de D&I, enquanto 50% as mantiveram inalteradas. Apenas 3,6% reduziram o time. Clique aqui para ler mais
Empresas deverão gerenciar riscos psicossociais no trabalho a partir de 2025
A partir de maio de 2025, empresas brasileiras terão que incluir a avaliação de riscos psicossociais, como estresse e assédio, na gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), conforme atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 2024. Riscos Psicossociais são relacionados à organização do trabalho, incluem metas excessivas, jornadas extensas, assédio e falta de suporte, fatores que impactam a saúde mental, causando estresse e ansiedade. Assim, empresas de todos os portes deverão identificar, avaliar e gerenciar riscos psicossociais, implementando planos de ação preventivos e corretivos. As ações serão monitoradas continuamente para garantir eficácia. Auditores do MTE priorizarão setores com alta incidência de adoecimento mental, como teleatendimento e saúde. Empresas podem contratar consultores especializados, mas a norma não exige profissionais fixos. A medida visa ambientes de trabalho mais saudáveis, reduzindo afastamentos e aumentando a produtividade, integrando riscos psicossociais às estratégias de SST para promover bem-estar e segurança. Confira a matéria na íntegra
Mercado eleva previsões para juros, inflação e dólar em 2025 após pacote fiscal e reforma do IR
O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (2), mostrou alta nas projeções de juros, inflação e dólar para 2025. Após o anúncio do pacote fiscal e da reforma do Imposto de Renda pelo governo federal, a expectativa para a taxa Selic subiu para 12,63% em 2025, enquanto para 2024 permanece em 11,75%. A previsão para a inflação oficial (IPCA) foi elevada para 4,4% em 2025 e 4,71% em 2024, indicando um possível estouro do teto da meta. O dólar também foi revisto para cima, com projeção de R$ 5,60 no próximo ano, enquanto o PIB deve crescer 3,22% em 2024 e 1,95% em 2025. O pacote fiscal, com cortes de gastos e a promessa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, gerou reação negativa no mercado, levando o dólar a R$ 6 pela primeira vez. Clique aqui para ler a notícia completa