Em um cenário em que a pandemia global, as mudanças climáticas e a recessão ameaçam a lucratividade e até a viabilidade de alguns negócios, as auditorias internas devem ser ajudar mais as empresas para os tempos turbulentos. É o que mostra pesquisa da consultoria Deloitte com presidentes e membros de comitês de auditoria de mais de 130 empresas espalhadas por 20 países, inclusive o Brasil.
Inteligência. Um total de 70% disseram que a auditoria interna deve dedicar mais tempo às atividades consultivas, ou seja, ir além da função de asseguração do trabalho da administração. Para 92%, deve ajudar as companhias a se prepararem para riscos emergentes. No Brasil, a percepção é que as auditorias ainda têm uma leitura tradicional de sua função. O relatório é parceria com o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA).
Medo de errar? Para 86%, os gestores são incentivados a relatar questões de riscos e deficiências de controles internos aos comitês de auditoria, mas hesitam. As razões incluem medo de retaliação e desejo de ter a solução antes de revelar o problema.
Falha na comunicação. Outro recado: os relatórios das auditorias hoje são obsoletos e chegam atrasados: 63% acham que a auditoria interna deve reportar os resultados com mais rapidez. De preferência, com melhorias nas mensagens, apresentações, acessibilidade e interatividade dos relatórios.
O ESTADO DE S. PAULO