Apoio à micro e pequena empresa de São Paulo (Editorial)

A liberação adicional, em condições especiais, de R$ 100 milhões em crédito para capital de giro de micro e pequenos empreendimentos instalados no Estado de São Paulo deve ajudar empresas menores a enfrentar com menos dificuldades os problemas causados pela pandemia de covid-19. Podem se habilitar a esse novo financiamento empresas com faturamento anual entre R$ 81 mil e R$ 4,8 milhões.

As medidas de restrição à circulação e à aglomeração de pessoas, necessárias para conter a propagação do novo coronavírus, afetaram duramente as atividades das empresas, especialmente as do setor de serviço que dependem do atendimento presencial. Estas devem ser as primeiras interessadas em procurar a nova linha de crédito aberta pelo governo do Estado de São Paulo, e que já está disponível na agência de fomento DesenvolveSP, apenas por meios eletrônicos.

No anúncio da nova medida de apoio aos empreendimentos de menor porte, o governo João Doria disse que, desde o início da pandemia, o DesenvolveSP já colocou à disposição dessas empresas R$ 1,8 bilhão. Segundo Doria, até agora 3.583 empresas obtiveram empréstimos.

A nova linha destina-se principalmente a empresas que não conseguem acesso a outras modalidades de financiamento disponíveis no mercado por causa das garantias exigidas pelos bancos, como o aval de terceiros e a oferta de bens para alienação.

A nova modalidade de crédito aceita como opções de garantia o Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) e o Fundo de Aval (FDA), formados com recursos do governo paulista. A taxa de juros é de 0,8% ao mês mais a Selic (taxa definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central), com carência de 12 meses e prazo máximo de 60 meses para quitação. Para a definição do limite do crédito, a empresa poderá escolher o faturamento de 2019 ou o de 2020.

Antes dessa nova linha, o governo do Estado de São Paulo havia anunciado outra, de R$ 125 milhões, para socorrer empresas afetadas pela pandemia. Entre elas estão as dos segmentos de turismo, eventos, hospedagem, gastronomia e comércio em geral. São as que, por estatísticas que se repetem desde o início da pandemia, mais sofreram com a restrição à movimentação de pessoas. O aumento do número de casos de covid-19 dificulta sua recuperação.

O ESTADO DE S. PAULO

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