Administrações estaduais perdem quase 194 mil servidores estatutários em 2019

As administrações estaduais enxugaram o número de servidores estatutários no ano passado, enquanto os municípios tiveram ligeiro aumento. Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) e da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (ESTADIC), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de estatutários na administração estadual caiu de 2,441 milhões em 2018 para 2,247 em 2019, o equivalente a quase 194 mil pessoas a menos. Nas administrações municipais, o contingente de servidores estatutários ficou relativamente estável em cerca de 4 milhões de pessoas, com apenas 10 mil funcionários a mais.

Considerando todos os vínculos empregatícios, o número de pessoas trabalhando nas administrações direta e indireta estadual e distrital foi de 3,129 milhões, um decréscimo de 4,6% em relação a 2018. Nos municípios, o número de ocupados nas administrações direta e indireta municipais foi de 6,538 milhões, um ligeiro aumento de 0,1% ante 2018.

Nos Estados, a maioria do pessoal ocupado, 85,4%, atuava na administração direta. Os estatutários eram maioria na administração direta em todas as unidades da federação, superando os 90% em Minas Gerais (96,8%), Rio de Janeiro (94,8%) e Rio Grande do Norte (94,0%). Na administração indireta, a participação dos celetistas subiu de 27,9% em 2018 para 35,4% em 2019, sendo maioria no Rio Grande do Sul (53,5%) e em São Paulo (77,8%).

Forças policiais
Em 2019, as polícias militares dos Estados tinham um total de 416.923 profissionais, 8.325 a menos que em 2014, última vez que esse dado foi coletado. Do efetivo, 89,0% eram homens e 11,0%, mulheres.

Já a polícia civil contava com 117.228 profissionais no ano passado, sendo 72,4% deles homens e 27,6% mulheres. Em relação a cinco anos antes, houve um corte de 414 profissionais, mas a participação das mulheres aumentou de 26,4% do efetivo de 2014 para 27,6% em 2019.

De 2014 para 2019, o número de secretarias exclusivas para segurança pública caiu de 23 para 19. Entre as 27 Unidades da Federação, 17 tinham Conselho Estadual de Segurança Pública.

O número de Estados contemplados com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública encolheu de 23 em 2014 para 15 em 2019. Apenas 23 Unidades da Federação tinham secretarias voltadas à defesa dos direitos humanos, e somente cinco delas eram secretarias exclusivas.

Nos municípios, o porcentual de cidades com Guarda Municipal passou de 19,4% em 2014 para 21,3% em 2019. Em média, 15,6% do efetivo eram do sexo feminino em no ano passado.

O ESTADO DE S. PAULO

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