Folha de S.Paulo –
As entidades setoriais começam a preparar o calendário de encontros com os pré-candidatos à Presidência para levar suas demandas e ouvir posicionamentos.
Na CNI (Confederação Nacional da Indústria), ao lado do tradicional debate que deve acontecer no dia 30 de junho, as propostas do setor para os programas de governo serão separadas por grandes áreas ligadas a ambiente de negócios e desenvolvimento, com temas como infraestrutura, sustentabilidade, macroeconomia, segurança jurídica e tributação.
José Velloso, presidente da Abimaq (indústria de máquinas e equipamentos), diz que os grandes temas do documento a ser apresentado neste ano serão reforma tributária, acesso a crédito, inovação tecnológica e seguro de crédito para exportação.
No Secovi-SP, o presidente-executivo da entidade, Ely Wertheim, diz que os principais pilares do material a ser levado aos candidatos abrangem reforma administrativa, tributária, privatização, desburocratização e programas habitacionais.
A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) planeja organizar três eventos. O primeiro deve acontecer em junho, com as equipes responsáveis pelos planos de governo dos candidatos. A entidade também deve marcar um debate com os presidenciáveis em agosto e um encontro com a equipe eleita em dezembro.
A ANR, que reúne gigantes do fast-food como Burger King e McDonald’s, está elaborando uma lista de demandas para enviar aos candidatos ao executivo e legislativo.
Pela primeira vez, o setor vai pedir a desoneração da folha de pagamento para empresas de fora do Simples Nacional, que incluem as companhias de grande porte associadas à entidade.
Segundo Fernando Blower, diretor-executivo da ANR, a medida é importante para o crescimento a médio e longo prazo do segmento, que foi impactado pela pandemia com a queda na alimentação fora de casa.
A entidade também vai pedir debates sobre reforma tributária, políticas públicas para estimular o primeiro emprego e políticas de crédito para pequenas empresas. “O setor food service é um dos que mais emprega no país, sendo, principalmente, a porta de entrada para o emprego de muitos jovens. Esse importante papel já demanda a necessidade de uma pauta contínua de apoio”, diz Blower.
A Abrasel, que representa donos de bares e restaurantes, está preparando para maio uma campanha sobre a reforma trabalhista.