Mulheres superam a marca de 1 milhão de CPFs na Bolsa

Pela primeira vez, o número de CPFs de mulheres com investimentos em Bolsa supera a marca de 1 milhão. Segundo relatório da B3 desta terça-feira (4), a Bolsa brasileira tem 1.007.982 investidoras, 18,92% a mais que em 2020, quando eram 847.585.

Quando comparado à década passada, o salto é de 590,8% —eram apenas 145.914 CPFs de mulheres em 2011. O avanço é um reflexo da queda da taxa básica de juros (Selic), que foi de 14,25% ao ano em 2016 para uma mínima histórica de 2% em 2020. Hoje, ela está a 2,75%, com perspectiva que suba para 3,5%.

Com juros mais baixos, a renda fixa passou a ter uma rentabilidade menor, levando brasileiros à renda variável. Dez anos atrás, a Bolsa de Valores tinha apenas 583 mil de CPFs cadastrados. Agora, são 3,6 milhões.

A participação das mulheres em relação ao total de investidores também avançou. Em 2011, eram 25%, caindo para 22% em 2018. Agora, são 27,34%.

Homens são 72,66% do total, com 2.679.044 dos CPFs cadastrados, um salto de 512,65% na última década.

Em termos de valor investido, porém, a representatividade das mulheres é menor: 20,66%, o equivalente a R$ 104,34 bilhões de um total de R$ 505,01 bilhões.

Assim como os homens, a maior parte das investidoras são jovens de 26 a 35 anos. A segunda faixa predominante para ambos é de 36 a 45 anos.

Outro ponto em comum é a localidade. A maioria dos investidores está no estado de São Paulo (1,4 milhão), que concentra praticamente metade do valor investido (R$ 241,33 bilhões). Rio de Janeiro e Minas Gerais ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugar em ambos os critérios.

FOLHA DE S. PAULO

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