Estudo inédito no Brasil também revela que 61% das organizações preferem programas de desenvolvimento personalizados
Por Jacilio Saraiva, Para o Valor
Quatro em cada dez organizações no Brasil utilizam treinamentos com gamificação para desenvolver funcionários. É o que aponta pesquisa realizada pela Gupy, empresa de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg para recursos humanos, obtida com exclusividade pelo Valor. A gamificação é um método de ensino baseado em recursos de games.
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Realizado em agosto e setembro, em parceria com a Ideafix, da área de pesquisas, o levantamento ouviu mil empresas de diferentes portes – 36,5% delas têm entre 20 e 200 funcionários, 32,8% empregam entre 201 e mil pessoas e 31% têm mais de mil empregados.
A maioria das companhias ouvidas é da área de TI (26%), antes de instituições financeiras (6,4%); atacado, varejo (5,3%) e serviços de saúde (5%).
Os dados apontam que 40% do total utilizam treinamentos gamificados para os funcionários e 20% estão implementando o modelo. O restante (40%) não adota a facilidade.
“Os treinamentos gamificados costumam facilitar o aprendizado por serem simples, com ferramentas fáceis de usar”, explica Rômulo Martins, diretor geral da unidade de negócios de educação corporativa da Gupy. “Isso faz com que o método seja uma boa alternativa para funcionários de todas as ‘camadas’ das organizações, desde a operação até a alta liderança.”
O estudo também indica que 61% das empresas definem trilhas de carreira e programas de desenvolvimento personalizados. Nesse conjunto, 39% adotam a prática para todos os funcionários e 21,6% apenas para algumas funções.
O desenvolvimento das equipes conta ainda com o apoio de espaços para compartilhar conhecimentos. A maioria ou 74,9% das corporações analisadas apresentam iniciativas nesse sentido e 11,6% estudam como fazê-lo.
“A pesquisa revela que a educação virou, de fato, uma responsabilidade das empresas”, afirma Martins. “Hoje, quando um profissional passa muito tempo em um ambiente de trabalho que não incentiva o aprendizado, ao mudar de emprego ele pode sentir como se tivesse ficado para trás, por não ter evoluído com o mercado, na velocidade certa.”
Diante do resultado do estudo, a recomendação do especialista é que as chefias invistam em plataformas de aprendizagem que ofereçam uma boa experiência para os times. “Entre os vários benefícios [dos treinamentos], um dos principais é o aumento da produtividade que o conhecimento proporciona, ao ajudar as pessoas a realizarem tarefas de forma mais inteligente”, diz. “Sem falar no avanço dos níveis de satisfação profissional. O funcionário sente que o empregador está investindo no seu desenvolvimento.”