Trabalho híbrido reduziu perda de funcionários, mostra estudo

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O levantamento da Universidade de Stanford também apontou que aqueles que optaram por trabalhar em casa relataram uma produtividade um pouco maior O trabalho híbrido reduziu as taxas de perdas de funcionários em uma grande empresa de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg em 35% e melhorou as pontuações de satisfação no emprego, sem impacto negativo no desempenho ou em promoções, segundo um novo estudo da Universidade de Stanford. Após a explosão do trabalho remoto durante a pandemia, muitas empresas adotaram acordos de trabalho híbrido para seus funcionários. Isso normalmente envolve trabalhar de dois a três dias por semana no escritório e o resto em casa. Com a taxa de desemprego nos EUA perto de seu nível mais baixo em cinco décadas, até mesmo alguns dos críticos mais ferrenhos do trabalho em casa mudaram de tom para atrair e reter funcionários. O teste de controle aleatório de 1.612 engenheiros, funcionários de marketing e finanças ocorreu em 2021 e 2022 na agência de viagens global Trip.com. Aqueles nascidos em uma data ímpar – como 3 de junho – tinham a opção de trabalhar em casa às quartas e sextas-feiras, enquanto outros tinham que trabalhar no escritório em período integral. Após o estudo, o Trip.com lançou o trabalho híbrido para toda a empresa. O artigo foi escrito por Nicholas Bloom, Ruobing Han da Universidade de Stanford e James Liang. Além da melhora na perda de funcionários, o artigo divulgado também destacou como os arranjos híbridos alteram os horários e hábitos de trabalho. Os funcionários trabalharam menos horas em dias remotos, mas aumentaram o número de horas trabalhadas em outros dias, inclusive no fim de semana. No total, os funcionários trabalharam cerca de 80 minutos a menos nos dias em casa, mas cerca de 30 minutos a mais nos outros dias de trabalho e no fim de semana. Além disso, os funcionários que trabalham em casa aumentaram as mensagens individuais e a comunicação por videochamada em grupo, mesmo no escritório. O estudo não encontrou impacto do trabalho em casa nas avaliações de desempenho ou promoções em geral ou em qualquer subgrupo individual. No entanto, aqueles com a opção de trabalhar em casa relataram uma produtividade um pouco maior. Houve também um aumento de 8% nas linhas de código escritas por esse grupo em comparação com os funcionários do escritório, uma medida de produtividade para engenheiros de TI. “No geral, isso destaca como o trabalho híbrido geralmente é benéfico para funcionários e empresas, mas geralmente é subestimado de antemão”, escreveram os autores. (Com a colaboração de Olivia Rockeman e Matthew Boyle) https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/07/25/trabalho-hibrido-reduziu-perda-de-funcionarios-mostra-estudo.ghtml

Trabalhadores abrem mão de benefícios para garantir reajuste salarial

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Apesar da inflação, vale-refeição e vale-alimentação ficaram congelados em negociações coletivas Cristiane GercinaSÃO PAULO Os trabalhadores brasileiros estão abrindo mão de benefícios para garantir reajuste salarial que reponha ao menos a inflação nas negociações coletivas deste ano, segundo balanço dos seis primeiros meses de 2022 do Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Os dados mostram que complementos como a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), abonos por aposentadoria e assiduidade, plano de saúde, plano odontológico e auxílio-creche saíram de boa parte dos acordos ou convenções coletivas fechadas neste ano. Além disso, não houve reajuste nos vales refeição e alimentação e os valores se mantiveram os mesmos entre 2021 e 2022. Apenas a cesta básica teve alta. A retirada desses complementos seria a forma encontrada pelos trabalhadores de garantir reajustes melhores para os salários, que reponham a inflação ou estejam acima, na avaliação de Hélio Zylberstajn, professor sênior da USP (Universidade de São Paulo) e coordenador do Salariômetro. “A presença dos adicioinais diminuiu em 2022. Houve uma redução generalizada não no valor, mas na presença [desses benefícios]”, diz. Segundo ele, com inflação e desemprego em alta, o poder de negociação dos trabalhadores está comprometido. “Como o poder de barganha dos trabalhadores não está forte, porque a inflação ainda é muito alta, não tem como pressionar. Para garantir a inflação, tem que abrir mão de alguma coisa”, afirma o professor. PROPORÇÃO DOS BENEFÍCIOS ANTE O TOTAL DE NEGOCIAÇÕES Benefícios 2021 2022PLR (Participação nos Lucros e Resultados) 25,04 20,05Adicional de hora extra 49,3 48,3Abono por aposentadoria 9 6,7Abono assiduidade 0,9 0,7Abono por tempo de serviço 8,1 1Auxílio-creche 19,9 18,2Plano de saúde 20,7 15,5Plano odontológico 11,7 6,9Seguro de vida 27,1 24,6 Nos primeiros seis meses de 2022, as negociações coletivas mostraram certa recuperação ante 2021 com uma média maior de reajustes iguais ou maiores que a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Os dados mostram que o reajuste mediano nos primeiros seis meses de 2022 é de 10,6% ante 6,2% do mesmo período de 2021. O piso salarial subiu, mas não supera a inflação do período. O valor médio é de R$ 1.431 quando, em 2021, foi de R$ 1.320, crescimento de 8,4%. O INPC é de 11,92% em 12 meses terminados em junho. NEGOCIAÇÕES NOS ÚLTIMOS 12 MESES Período INPC, em % Reajuste mediano, em %Jul.21 9,2 7,4Ago.21 9,9 9Set.21 10,4 10,4Out.21 10,8 10,8Nov.21 11,1 11,1Dez.21 11 11Jan.22 10,2 10,2Fev.22 10,6 10,5Mar.22 10,8 10,8Abr.22 11,7 11,7Mai.22 12,5 12,5Jun.22 11,9 11,9 O vale-alimentação mensal se manteve em R$ 280 e o vale-refeição seguiu em R$ 22 por dia. Somente a cesta básica teve alta, passando de R$ 170 para R$ 280, o que representa um reajuste de 22,35%. O valor pago, no entanto, representa 16,62% da cesta básica de alimentos de junho deste ano, calculada em R$ 1.251,44, segundo pesquisa do Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Em julho, a prévia dos estudos preocupa. Do total de negociações até agora, 70,3% resultaram em reajustes menores do que a inflação, dado que só será confirmado no final do mês, com o fechamento dos dados. Embora a inflação deva ter queda, é preciso esperar os números do desemprego no primeiro semestre, afirma Zylberstajn, para saber se o mercado de trabalho está em recuperação ou não. https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/07/trabalhadores-abrem-mao-de-beneficios-para-garantir-reajuste-salarial.shtml

Congresso tem até agosto para aprovar três medidas provisórias

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Como as MPs foram editadas em março e não foram apreciadas nos 60 dias de seu prazo inicial de vigência, suas validades foram prorrogadas automaticamente por igual período. Da Redação Deverão ser analisadas pelo Congresso Nacional três medidas provisórias até 7/8, ou perderão a validade. São elas, a que disciplina o trabalho híbrido (presencial e remoto), a que autoriza a adoção de regras trabalhistas diferenciadas em situações de calamidade pública, e a que traz novas datas para o recolhimento de encargos por parte dos empregadores domésticos. Como as três MPs foram editadas em março e não foram apreciadas nos 60 dias de seu prazo inicial de vigência, suas validades foram prorrogadas automaticamente por igual período. Trabalho híbrido Editada pelo governo em 25/3, a MP 1.108/22 altera a CLT para dar mais segurança jurídica ao trabalho híbrido (presencial e remoto). O texto define teletrabalho ou trabalho remoto como “a prestação de serviços fora das dependências do empregador, de maneira preponderante ou não”, e explicita que “o comparecimento, ainda que de modo habitual, às dependências do empregador (…) não descaracteriza o regime de teletrabalho ou trabalho remoto”, o que propicia o sistema híbrido. Entre outros dispositivos, estão o que distingue o trabalho remoto de telemarketing ou teleatendimento, o que autoriza o teletrabalho de estagiários e aprendizes, e o que permite acordo individual entre empregado e empregador sobre os horários e a forma de se comunicarem, “desde que assegurados os repousos legais”. A MP 1.108 também estabelece que o auxílio-alimentação deverá ser utilizado “exclusivamente para o pagamento de refeições em restaurantes e estabelecimentos similares ou para a aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais”. A MP recebeu 158 emendas dos parlamentares. O deputado Paulinho da Força é o relator designado para a matéria. Trabalho em situações de calamidade A MP 1.109/22 segue os moldes de programa lançado durante a pandemia de covid-19 e também regulamenta o trabalho remoto. Publicado em 28/3, o texto autoriza a adoção de regras trabalhistas diferenciadas em situações de calamidade pública, e entre elas, a possibilidade de empresas cortarem ou suspenderem temporariamente jornadas e salários dos trabalhadores. A matéria prevê ainda que o empregador poderá, a seu critério, alterar o regime de trabalho presencial para teletrabalho ou trabalho remoto, além de determinar o retorno ao regime de trabalho presencial, independentemente da existência de acordos individuais ou coletivos. Ainda não há relator designado para esta MP, que recebeu 148 emendas. Empregadores domésticos A MP 1.110/22 traz novas datas para o recolhimento de encargos por parte dos empregadores domésticos e também apresenta regras adicionais sobre o programa SIM Digital – Simplificação do Microcrédito Digital, lançado pelo governo em 18/3. Conforme a medida, publicada em 28/3, o empregador doméstico fica obrigado a pagar a remuneração devida ao empregado até o sétimo dia do mês seguinte ao da competência, e não mais no quinto dia útil. Em relação ao FGTS, os pagamentos de responsabilidade do empregador doméstico deverão ser feitos até o dia 20 de cada mês, e não mais no dia 7. A MP aguarda designação do relator, e os parlamentares ofereceram sete emendas. Informações: Agência Senado. https://www.migalhas.com.br/quentes/370281/congresso-tem-ate-agosto-para-aprovar-tres-medidas-provisorias

Ministro do Trabalho projeta criação de 2 milhões de vagas de emprego no 2º semestre deste ano

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Em entrevista à Jovem Pan News, José Carlos Oliveira ainda afirmou que aposta na prorrogação do auxílio para caminhoneiros em 2023 em caso de reeleição de Bolsonaro Por Jovem Pan Em meio à alta dos combustíveis e outros problemas que impactam a inflação, caminhoneiros e taxistas vão receber no mês que vem um auxílio social do governo. Para falar sobre esse tema e sobre as expectativas para redução do desemprego, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira. De acordo com ele, a expectativa do ministério é fechar o ano com 2 milhões de novas vagas de emprego: “Até o primeiro semestre desse ano, até maio, que é o dado que nós temos, já são mais de 1 milhão de novos empregos criados. Nós tínhamos uma previsão em janeiro de 2022 de chegar até o final do ano com 1,5 milhão de novas vagas”. “Se nós temos até maio 1 milhão, com o aquecimento do segundo semestre podemos sonhar com a criação de 2 milhões de novos empregos. Isso é muito importante. A taxa de desemprego do Brasil é a maior no grupo do G20 e a taxa de desemprego chegou a um dígito, saímos dos dois dígitos. Queria enaltecer o fato dos empreendedores e empresários acreditarem no mercado brasileiro”, declarou. O ministro também esclareceu que o benefício dado aos caminhoneiros será pago a todos que estavam cadastrados na Agência Nacional de Transportes até o dia 31 de maio de 2022 e que cerca de 640 mil motoristas autônomos receberão o benefício. Já os taxistas ainda aguardam a compilação dos dados das prefeituras, que tem até o dia 31 para enviar as informações ao Governo Federal: “A partir de ontem, dia 25, abrimos para que as prefeituras façam o envio do arquivos desses alvarás válidos e dos motoristas que estão com a carteira de habilitação válidas. Já recebemos cerca de 1.474 taxistas desde ontem e o total de 111 prefeituras já fizeram o envio desse cadastro”. A expectativa, segundo o ministro, é de que o auxílio seja prorrogado em 2023 caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito e defendeu a criação dos benefícios: “ele [o presidente] tem trabalhado e fez todas as isenções dos impostos federais que eram possíveis e pediu a todos os governadores também que fosse baixada a questão do ICMS. Mas ainda foi pouco, por isso a necessidade de a gente fazer a PEC com essa preocupação do estado de emergência que se deu por causa do aumento abrupto do petróleo, que é uma coisa que não é da governança do Brasil”. “Nós precisávamos criar um subsídio para poder custear e fazer com que as pessoas continuassem trabalhando. Principalmente os caminhoneiros e taxistas. Os caminhoneiros principalmente, porque o modal brasileiro que transporta praticamente 60% de toda a nossa produção é feito por transporte rodoviário. Dai a preocupação do nosso presidente com essa categoria tão sofrida”, explicou. De acordo com Oliveira, o governo está investindo R$ 5.4 bilhões no benefício aos caminhoneiros, que será pago a partir do dia 9 de agosto, e R$ 2 bilhões no benefício aos taxistas, que será pago a partir do dia 16 de agosto. Ainda na entrevista, o ministro rebateu as críticas a respeito das acusações de que a PEC das Bondades, que possibilitou os auxílios, é “eleitoreira”: “Só apanha, quem faz. A PEC foi aprovada no Congresso Nacional e, como você bem falou, lá tem a representação de todo o Brasil, de todas as regiões do Brasil. Não é uma questão eleitoreira, é uma realidade mundial”. https://jovempan.com.br/programas/jornal-da-manha/ministro-do-trabalho-projeta-criacao-de-2-milhoes-de-vagas-de-emprego-no-2o-semestre-deste-ano.html