Confiança do consumidor cresce 0,5 ponto em julho

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É a segunda alta do indicador que subiu 3,5 pontos, em junho Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,5 ponto de junho para julho deste ano e chegou a 79,5 pontos, em uma escala de zero a 200. Foi a segunda alta consecutiva do indicador, que já havia crescido 3,5 pontos de maio para junho. Com o resultado, o índice atingiu o maior patamar desde agosto do ano passado, quando ficou em 81,8 pontos. A alta da confiança foi puxada pelo Índice de Expectativas, que mede a percepção dos consumidores sobre o futuro, e que avançou 0,7 ponto, chegando a 86,6 pontos. O Índice da Situação Atual, que apura a confiança no presente, caiu 0,1 ponto e ficou em 70 pontos. https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-07/confianca-do-consumidor-cresce-05-ponto-em-julho

Estimativa do PIB da construção civil cresce pela segunda vez este ano

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Ciclo de negócios em andamento tem garantido o ritmo de atividade Por Karine Melo – Repórter da Agência Brasil – Brasília Pela segunda vez consecutiva neste ano, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) aumentou a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto da Construção Civil. As informações estão no estudo Desempenho Econômico da Indústria da Construção – Segundo Trimestre de 2022, divulgado hoje (25). “Pelo segundo ano consecutivo a construção crescerá acima da economia nacional. Entretanto, mesmo considerando a alta de 3,5% do PIB em 2022, o setor ainda registra queda em seu PIB de 23,44% no período 2014 a 2022”, disse a economista da entidade Ieda Vasconcelos. Ieda acrescentou que o ciclo de negócios em andamento, iniciado nos últimos dois anos, tem garantido o ritmo de atividade do setor. Para o segundo semestre é aguardado, também, um maior impacto do ritmo de atividades originário das famílias, com pequenas obras e reformas. Outro ponto destacado pela economista são as novas medidas para o Programa Casa Verde e Amarela, que devem gerar um efeito positivo na atividade do setor. A expectativa é de que eles poderão começar a ser sentidos nos últimos meses do ano. Outro dado divulgado pela CBIC é que nos últimos resultados do PIB, divulgados pelo IBGE, indicam que a construção civil, na série trimestre contra trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal, cresce há sete trimestres consecutivos. “Essa sequência de números positivos ainda não tinha sido observada na série histórica do indicador, iniciada em 1996. Esses resultados fazem parte do ciclo positivo de negócios em andamento, que foi iniciado no terceiro trimestre de 2020” e mostram a importância do setor para o país”, disse Ieda Vasconcelos. Problemas O levantamento também mostra que pelo oitavo trimestre consecutivo o principal problema da construção civil continua sendo a falta ou o alto custo dos insumos. A taxa de juros elevada e a falta ou o alto custo do trabalhador qualificado também são destaques. Segundo a pesquisa, da qual participaram mais de 400 empresas, a falta ou o alto custo de matéria-prima foi o principal problema citado por 47,7% dos empresários. A taxa de juros elevada foi destacada por 29,8% dos entrevistados. Já a falta ou alto custo do trabalhador qualificado foi relatada por 20,3%. “De acordo com Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os três insumos que mais sofreram aumentos nos custos entre julho de 2020 a junho de 2022 foram vergalhões e arames de aço ao carbono (99,60%); tubos e conexões de ferro e aço (89,43%) e tubos e conexões de PVC (80,62%)”, detalhou a CBIC. Empregos O mercado de trabalho no setor continua gerando resultados positivos e em patamares mais elevados do que os observados no período pré-pandemia. Os resultados dos primeiros semestres de 2021 e 2022 são os melhores para o período desde 2012, quando se analisa a série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do novo Caged. “Em maio deste ano, o número de trabalhadores com carteira assinada alcançou o maior patamar desde novembro de 2015. Além disso, o mercado de trabalho formal alcançou resultados positivos em quase todos os estados, sendo São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro, os destaques na geração de novas vagas na construção”, detalhou a CBIC. O setor já gerou mais de 430 mil novas vagas com carteira assinada no período pós-pandemia (entre março de 2020 a maio de 2022). A construção de edifícios representou mais 175.640 novas vagas. Obras de infraestrutura, 93.961 e serviços especializados para a construção 166.368. Atividade Conforme a Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela CNI, com o apoio da CBIC, o setor, com a contribuição de todos os seus segmentos (construção de edifícios, serviços especializados para construção e obras de infraestrutura) encerrou o primeiro semestre de 2022 com o maior patamar de atividades desde outubro de 2021. A economista da CBIC ressalta que, em junho, o patamar alcançado é o maior para o período desde 2011 e supera, inclusive, o bom desempenho de 2021. “O bom desempenho da construção exerce efeito positivo em toda a economia nacional, em função da sua extensa cadeia produtiva. Isso significa que mais atividade na construção, é mais renda, mais emprego e mais geração de tributos em toda a economia nacional. E isso merece ser destacado. Num momento em que o país busca consolidar o seu processo de crescimento, a construção civil segue se destacando e contribuindo de forma estratégica”, ressaltou Ieda Vasconcelos. https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-07/estimativa-do-pib-da-construcao-civil-cresce-pela-segunda-vez-este-ano

Recompensa por habilidades, e não por cargos, é uma tendência na carreira

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Quase 90% dos líderes ouvidos em uma pesquisa da Deloitte disseram que as habilidades estão se tornando mais importantes para a forma como as organizações desenvolvem talentos, gerenciam carreiras e valorizam funcionários Por Barbara Bigarelli — De São Paulo Um estudo global divulgado em julho pela Deloitte sugere que as empresas parem de olhar para cargos e passem a focar em habilidades. Entre os mais de 200 líderes ouvidos no primeiro trimestre de 2022, em 10 países, incluindo o Brasil, quase 90% disseram que as habilidades estão se tornando mais importantes para a forma como as organizações desenvolvem talentos, gerenciam carreiras e valorizam funcionários. Menos de 30%, porém, afirmaram que suas organizações já adotam alguma práticas com essa finalidade. Empresas criam novos caminhos para profissionais crescerem na carreira Em uma pesquisa da Willis Towers Watson (WTW), essa tendência é definida como “multicapacitação”. Dois quintos das 1,650 mil empresas entrevistadas em 54 países – 115 no Brasil – disseram que é um fator significativo na maneira como irão evoluir suas formas de trabalho nos próximos três anos. Marcos Morales, diretor executivo de trabalho e recompensas da WTW Brasil, afirma que no exterior algumas empresas já estudam como reconhecer e remunerar profissionais por suas habilidades – e não pelos cargos. “Começam a surgir pesquisas salariais diferentes para entender quanto o mercado paga por determinado conhecimento, independentemente de qual área ou função é utilizado.” Ele reconhece que gerenciar carreiras por habilidades e não cargos no Brasil envolve lidar com riscos trabalhistas, mas que as empresas já poderiam flexibilizar algumas estruturas para garantir que profissionais consigam crescer por aquisição de novas competências. “Até poderia manter a terminologia tradicional de cargos – júnior, pleno, especialista, sênior -, porque continuarão existindo ascensões verticais, mas o mais importante é que o profissional, quando entra na empresa com um conjunto de habilidades, consiga enxergar, através da estrutura da organização e ferramentas oferecidas, que se for para um lado da aquisição de conhecimento, essas são as carreiras que poderá potencialmente acessar. Se for para outro lado, terá outros caminhos.” A Môre, empresa de produtos e serviços digitais criada há dois anos e com 160 funcionários, diz que tenta estimular a “multiplicidade” de carreiras internamente ao demandar que todo o quadro desenvolva o que define como “habilidades essenciais”. Desenvolvedores, designers e UX writers, por exemplo, precisam estudar gestão de conflitos, capacidade argumentativa e apresentação de projetos e ideias. Os profissionais têm duas avaliações anuais de desempenho, definidas a partir do 6º e 12º mês de ingresso na empresa – e não por um calendário geral de avaliações. E, ao longo do ano, através de plataformas e ferramentas, a Môre diz ouvir as demandas dos funcionários em 36 momentos. “Isso tira a angústia do profissional para um alinhamento, avaliação, capacitação e até para saber seus próximos passos de carreira”, diz o CEO Léo Xavier. https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/07/25/recompensa-por-habilidades-nao-cargos-e-uma-tendencia.ghtml

Inflação está no nível mais distante da meta do Banco Central em quase 20 anos

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O IPCA acumulado em 12 meses está acima do teto da meta desde março do ano passado, e nos últimos seis meses o índice se afastou ainda mais do alvo: são pelo menos cinco pontos acima do teto. Por Jornal Nacional A alta persistente de preços tem sido uma preocupação constante das famílias brasileiras. Há quase 20 anos, a inflação não ficava tão distante da meta do Banco Central. Inflação alta e persistente corrói a renda dos brasileirosCom a inflação em alta, brasileiros trocam a refeição pelo lanche para economizar Depois de anos vendendo sonhos, o corretor de imóveis comprou o dele: um apartamento de dois quartos na Zona Sul de São Paulo. Isso foi em 2020, quando o Alberto assinou o contrato na planta e começou a pagar as prestações. Hoje, acha que seria mais difícil. “A parcela, o mesmo valor, vamos dizer assim, que hoje se eu fosse assinar para fazer o mesmo financiamento ficava bem superior. Talvez eu não conseguisse”, afirma. Se subir os juros tem efeitos colaterais, os economistas dizem que muito pior é não tratar o grande veneno da economia: a inflação. Fora de controle, ela corrói o valor do dinheiro. Os economistas explicam que não se trata de ter inflação zero, porque isso significaria uma economia parada ou até em recessão. O que se busca é uma taxa que não atrapalhe o crescimento, em outras palavras, que não comprometa a geração de empregos e de renda. É por isso que muitos países adotam um regime de metas de inflação, que serve para indicar qual a variação ideal no intervalo de um ano. No Brasil, o sistema funciona desde 1999. O Conselho Monetário Nacional define o centro da meta, que neste ano é de 3,5%, e também estabelece um limite de tolerância. Atualmente, 1,5 ponto para mais ou para menos. Ou seja, para ficar dentro da meta, a inflação neste ano poderia ir de 2% até 5%. Só que a inflação acumulada em 12 meses está acima do teto da meta desde março do ano passado e, nos últimos seis meses, o índice se afastou ainda mais do alvo: são pelo menos cinco pontos acima do teto. Há quase duas décadas, o IPCA não ficava tão distante da meta por tanto tempo. Presidente do Banco Central admite que inflação deve ficar acima do centro da meta em 2023‘Risco fiscal’ eleva estimativa de inflação para patamar acima da meta em 2022 e 2023, afirma BC O pesquisador da FGV, André Braz, diz que a situação se agravou no mundo inteiro desde 2020, com a pandemia, e piorou com a guerra na Ucrânia. E tem ainda as questões internas de cada país, que fazem o dólar subir. “No momento, anda muito difícil de cumprir metas. E algumas políticas, quando o Estado resolve gastar mais do que arrecada, também traz um desequilíbrio fiscal que cria problemas cambiais. Então, ainda que estejamos com uma taxa de juros muito alta no momento, nossa moeda segue desvalorizando também, exatamente por esses riscos, de gastar um pouco acima daquilo que teríamos como sustentar”, explica André Braz. Sem essa política fiscal, o ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, diz que o Banco Central está sozinho na tarefa de trazer a inflação de volta para o alvo. “O objetivo do Banco Central agora não é combater a inflação de 2022. Essa batalha ele já perdeu. O trabalho agora é evitar que a inflação deste ano extravase para o próximo e o ano seguinte, porque se o Banco Central não fizer isso, a inflação vai subir também muito acima da meta em 2023 e 2024, e isso pode caminhar para um descontrole. Isso aconteceu no final do século passado, e aí a inflação vai subindo e o custo de baixar a inflação fica cada vez mais alto”, afirma o sócio da Tendências Consultoria. https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/07/25/inflacao-esta-no-nivel-mais-distante-da-meta-do-banco-central-em-quase-20-anos.ghtml

Covid piora mercado de trabalho para menos escolarizados

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Grupo é o único que não retomou os mesmos níveis de emprego dos primeiros meses de 2020 Por Marsílea Gombata — De São Paulo Trabalhadores menos escolarizados estão com mais dificuldade para retornar ao mercado de trabalho, depois do choque da covid-19. O número de pessoas ocupadas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto ainda está abaixo do nível pré-pandemia, apesar da recuperação do emprego neste ano, segundo levantamento feito por Janaína Feijó e Paulo Peruchetti, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A perspectiva é que a retomada dos setores de comércio e serviços ajude a inclusão da mão de obra menos instruída, mas com salários mais baixos. Outro cenário possível é o reajuste do Auxílio Brasil adiar a reinserção desses trabalhadores no mercado, prevê Janaína. No levantamento feito a partir de microdados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad) Contínua trimestral, os economistas lembram que no primeiro trimestre de 2022, quase dois anos após o início da crise sanitária, o mercado de trabalho brasileiro conseguiu voltar ao patamar anterior à pandemia. Mas a quantidade de trabalhadores com baixa escolaridade ainda não havia retornado ao nível reportado em 2020, segundo o levantamento, publicado no Boletim Macro, do FGV Ibre. No fim do primeiro trimestre de 2022, o número de menos escolarizados trabalhando era de 20,14 milhões, ante 21,25 milhões no primeiro trimestre de 2020, 5,2% abaixo do nível pré-pandemia. O grupo é o único que não retornou aos patamares do início de 2020. Todos os outros – com ensino fundamental completo, médio completo ou superior completo – recuperaram as perdas decorrentes do choque da covid-19. O percentual de pessoas com menor nível de instrução ocupadas é ainda mais baixo no Sudeste, onde população economicamente ativa é maior. O desemprego no Brasil no primeiro trimestre de 2020, quando a pandemia chegou ao país, era de 12,4% da população economicamente ativa, segundo a Pnad Contínua. No primeiro trimestre deste ano, chegou a 11,1%, mesmo nível do trimestre final de 2019. “O que observamos é que na recuperação da pandemia, a partir do segundo semestre de 2021, a atividade econômica vinha puxando a recuperação do mercado de trabalho, mas inicialmente em setores relacionados à indústria, que requerem pessoas mais qualificadas”, afirma Janaína. “Somente no fim de 2021 e no início de 2022 é que houve aceleração na atividade relacionada a serviços e comércio. Então esses trabalhadores, que conseguem estar alocados em atividades que não exigem alto nível de qualificação, começaram a retornar ao mercado, mas em um patamar ainda abaixo do nível pré-pandemia.” Mariana Almeida, economista e superintendente da Fundação Tide Setúbal, argumenta que a pandemia reorganizou a estrutura do trabalho, aumentando a distância entre os mais instruídos e os menos. “Foi um choque que acelerou a digitalização. Muitos serviços que não eram prestados de maneira digital agora são. Com isso, é esperado que os menos escolarizados e que têm menor acesso à https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg no trabalho tenham mais dificuldade de retomar”, diz. A crise também acirrou a concorrência no mercado de trabalho, argumenta Ana Tereza Santos, da consultoria IDados. “Temos uma taxa de desemprego muito alta, o que faz a escolaridade ser um fator decisivo na hora de competir por uma vaga”, diz. “Então um emprego que antes era ocupado por alguém sem escolaridade, agora está sendo pleiteado também por quem tem maior instrução.” O levantamento do Ibre mostra que o número de trabalhadores ocupados com ensino superior passou de 19,9 milhões no primeiro trimestre de 2020 para 21,3 milhões no primeiro deste ano. “Desde o último ano, a recuperação heterogênea dos serviços concentrou-se em setores mais intensivos em mão de obra qualificada, como administração pública e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, limitando a geração de empregos para os menos escolarizados, como em setores de alimentação e serviços domésticos”, diz Lucas Assis, da Tendências Consultoria. Os números do segundo trimestre devem ser divulgados no fim de agosto pelo IBGE. Mas dados recentes da Pnad Contínua de divulgação mensal indicam expansão de postos de trabalho em serviços e comércio e também os voltados para seguimentos de serviços domésticos, o que reforça a expectativa de retorno dos menos escolarizados para o mercado de trabalho. “Essa população com menor nível educacional deve conseguir retomar o patamar pré-pandemia, em termos de ocupação”, diz Janaína. “Mas, como são setores caracterizados por baixa produtividade, serão ofertados salários menores.” Outra incógnita, observa a economista, é em relação ao reajuste do valor do Auxílio Brasil para R$ 600, aprovado recentemente. “A grande dúvida é se esse pacote para estender o Auxílio Brasil pode segurar as pessoas em casa e dificultar o retorno delas ao mercado, principalmente aquelas com menor nível educacional, que costumam ter mais dificuldade para conseguir emprego”, questiona. No levantamento, Janaína e Peruchetti argumentam que, apesar de os indicadores mostrarem que o mercado de trabalhado já conseguiu atingir os patamares pré-pandemia de população ocupada e de taxa de desemprego, muitos ainda se questionam sobre a qualidade dessa recuperação. “Essa preocupação tem ressurgido por conta da expansão de trabalhadores atuando no setor informal, caracterizado por ser desprovido de proteção social, e que, por estarem em ocupações que demandam menos escolaridade, recebem menores rendimentos”, afirmam. Soma-se a isso um cenário de inflação alta e persistente, que dificilmente cederá antes de meados do ano que vem. Assis projeta para o segundo semestre de 2022 uma ampliação da população desocupada, apesar da expectativa de recuperação dos serviços prestados às famílias e crescimento das vagas de menor qualificação. Ele atribui a isso impactos defasados do aperto monetário em curso e das incertezas políticas internas, e o encerramento definitivo do Programa BEm, de apoio ao emprego formal. Uma retomada sustentada do emprego dos menos escolarizados dificilmente ocorrerá sem maior crescimento econômico e geração de emprego, alerta Ana. “Se ficarmos estáveis no patamar atual, esse quadro tende a continuar, porque precisamos de criação de vagas e aumento da demanda em todos os níveis para incluir os trabalhadores menos qualificados”, conclui. https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/07/26/covid-piora-mercado-de-trabalho-para-menos-escolarizados.ghtml