As habilidades importantes para os executivos pós pandemia
Valor Econômico Estudo indica quais as soft skills e hard skills mais importantes para a liderança Por Barbara Bigarelli Entre as habilidades gerais esperadas do executivo do futuro, “visão estratégica”, “capacidade de liderança” e “antecipação de ameaças e oportunidades” continuam como as mais relevantes, considerando um cenário até 2035. Esta é uma das conclusões de um estudo da FIA Business School, realizado por Renata Spers, diretora do núcleo profuturo da FIA Business School com a pesquisadora Sheila Serafim da Silva. O estudo teve duas fases e foi feito antes e depois da covid-19, ouvindo 78 respondentes, na primeira fase, e 76 respondentes, na segunda. A amostra contou com especialistas em educação executiva, acadêmicos e executivos. As pesquisadoras também procuraram entender quais são as soft skills (habilidades interpessoais ou comportamentais) e as hard skills (habilidades mais técnicas) demandadas dos executivos para responderem às mudanças de negócio, de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpgs e aos impactos da pandemia. As soft skills mais apontadas foram: ética, facilidade de aprender e ser flexível. “Tais habilidades reforçam as mudanças constantes do mundo que impactam o ambiente empresarial”, afirmou Renata Spers. Com relação às hard skills apareceram como mais relevantes a análise de dados e domínio de novas https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpgs. “O resultado reflete o contexto atual que sugere cada vez mais conexão entre os países e as pessoas, além do domínio da https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg esperado dado o avanço da internet e recursos baseados em https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg, como a inteligência artificial e o metaverso, por exemplo”, afirmam as pesquisadoras no estudo. Para Spers, o perfil do executivo até 2035, cenário considerado no estudo, tende a se moldar junto ao avanço destas https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpgs e das oportunidades do mercado de trabalho que irão surgir a partir delas. Mas dois pontos continuarão sendo de grande valia para o sucesso da carreira executiva: vivência internacional e diversidade cultural, afirma. O foco original do estudo foi entender como as escolas de educação executiva precisam se adaptar para ensinar as soft skills e hard skills exigidas para os executivos na próxima década. “Por um lado, o executivo global deverá saber lidar com mudanças e adaptar-se rapidamente no futuro que nos espera. Por outro, o executivo deverá saber lidar com a disponibilidade de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg e saber usá-la, além de saber analisar e usar bem dados. Até porque espera-que se no futuro o volume de dados será exponencial”, conclui o estudo. https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/04/23/as-habilidades-importantes-para-os-executivos-pos-pandemia.ghtml
Benefícios corporativos flexíveis movimentam startups em prol do RH
Estadão Com produtos que vão de clubes de descontos a soluções para a vida financeira de funcionários, negócios tecnológicos resolvem dores do RH Bianca Zanatta, Especial para o Estadão Os pacotes de benefícios corporativos assumiram um papel estratégico na percepção que os colaboradores têm das empresas. De acordo com o Censo de Benefícios de 2021 da Pontomais, que desenvolve soluções de RH, enquanto 53,4% dos gestores entrevistados de 150 empresas brasileiras afirmaram que pensam nos benefícios para a retenção de talentos, 38,2% usam esses pacotes como estratégia para promover sua marca. Além de ter os benefícios como atrativo, as empresas viram crescer a demanda por novos usos desses benefícios no trabalho remoto. O auxílio home office, aliás, foi o benefício que mais cresceu no último ano segundo 45% dos entrevistados no Guia Nacional de Benefícios, realizado pela Vee Benefícios com a Leme Consultoria, que mapeou 1.156 empresas. Quanto aos benefícios flexíveis, 26% já os adotam em algum nível e outras 27% pretendem implementar ao longo de 2022. Com a crescente valorização desse tipo de benefício, startups que oferecem soluções ao RH das empresas estão ganhando terreno. Segundo Júlio Brito, CEO da Swile no Brasil, startup francesa que oferece o serviço dos benefícios flexíveis, as novas prioridades dos colaboradores das empresas, além do auxílio home office, estão em benefícios de qualidade de vida, como saúde, cultura, educação e mobilidade – com a liberdade de escolha. “Essa discussão surgiu na década de 1970 e chegou no início dos anos 2000 por aqui, mas se intensificou quatro anos atrás”, explica. “As empresas começaram a perceber que, quando montam uma cesta de benefícios cuja gestão é do próprio colaborador, ele fica mais feliz e engajado. É uma ressignificação dos termos atração e retenção de talentos porque há convergência de propósitos entre o colaborador e a empresa.” A Swile já é considerada um unicórnio (startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão), com atuação na França, no Brasil e no México. Na esteira desse mercado bilionário, está a brasileira Caju, startup fundada em 2020 e que também desenvolveu uma solução focada em proporcionar flexibilidade e poder de escolha aos colaboradores das organizações. O uso dos benefícios é feito por meio de um cartão de crédito que pode ser usado em mais de sete categorias de produtos e serviços em estabelecimentos do Brasil e do mundo que aceitam a bandeira Visa. Em menos de um ano após um aporte da Série A, o negócio de benefícios corporativos flexíveis cresceu cinco vezes e quadruplicou o time, reforçado por profissionais vindos de grandes empresas como Johnson & Johnson, Mercado Livre, McKinsey e LG Lugar de Gente. Para os próximos meses, a expectativa é aumentar em mais de 400% o número de usuários. Flexibilidade e liberdade também são palavras de ordem na plataforma digital Wiipo, que lançou o cartão Wiipo Flex para reunir todos os benefícios que o gestor deseja trabalhar. A solução disponibiliza aplicativo, portal de gestão para o RH, integração ao HCM (software de gestão de pessoas da Senior Sistemas), vale-alimentação e refeição intercambiáveis, fundos automatizados, antecipação salarial e bolsos personalizáveis. Além de permitir que o próprio colaborador use os valores na forma que desejar – ou seja, que migre o dinheiro de uma categoria para outra, de acordo com suas necessidades –, o cartão também está conectado ao Clube Wiipo, que oferece descontos em produtos digitais, lojas físicas e delivery, tudo com cashback. Benefício vai até o financiamento imobiliário No caso da Ben.up, joint venture da Wiz com a LG Lugar de Gente, a plataforma para integrar a área de gestão de pessoas nasceu de uma necessidade detectada na área de RH, que em geral enfrenta orçamentos escassos, conta Manoel Jardim, presidente da startup. “Quando veio a oportunidade de montar um negócio, eu quis levar uma solução de baixo custo e operação fácil que comunica os valores da empresa por meio dos benefícios para ajudar a atrair e reter os talentos”, diz. A solução da Ben.up divide os serviços em quatro pilares, deixando a critério dos colaboradores optarem pela contratação dos produtos a partir de suas necessidades. O Seu Bolso é ancorado na orientação e na educação financeira, com produtos de antecipação salarial e de 13º salário, crédito consignado e antecipação do FGTS; Seu Sonho auxilia na viabilização de desejos, dando acesso a crédito imobiliário, crédito educativo, consórcios e empréstimo com garantia. Tem ainda o Seu Futuro, que conta com seguros em geral e previdência privada, e Seu Dia a Dia, com produtos voltados para o bem-estar e qualidade de vida. “A gente pensou nesses pilares como forma de dar uma jornada mais organizada para o colaborador na plataforma”, afirma Jardim, que classifica a falta de orientação financeira como uma das maiores pedras no sapato dos colaboradores. “A ideia é ajudar a pensar no endividamento do brasileiro e ensinar a negociar uma dívida mais saudável. Isso também ajuda o RH porque acaba sobrando salário e diminuindo a pressão sobre o empregador.” Outra sacada da startup foi trazer o produto do crédito imobiliário para a plataforma. A partir de um multicálculo que cruza o tipo de imóvel, o valor e o tempo do financiamento, a Ben.up faz a cotação com os principais agentes financeiros e toda a jornada de contratação é digital. “Isso não existia como benefício corporativo e é um produto que faz todo o sentido para o RH”, sublinha Jardim, revelando que a plataforma gerou 33 propostas em apenas duas semanas, somando R$ 14 milhões em crédito imobiliário. “É a empresa ajudando a pessoa com o sonho da casa própria. Isso comunica muito valor e propósito.” Cuidando da jornada de consumo A Allya é outra startup que criou uma solução de benefícios para ajudar na vida financeira dos funcionários das empresas. Aqui, o foco do negócio é auxiliar o RH na gestão e na comunicação de parcerias e convênios com a participação dos próprios funcionários, que têm acesso autônomo a todos os benefícios e podem indicar novos parceiros. Atualmente, são mais de 34 mil parceiros em categorias como instituições de ensino,
Reajuste salarial não vence inflação há 25 meses
Valor Econômico Boletim Salariômetro mostra que em março média das negociações apenas empatou com a variação do INPC Por Marcelo Osakabe — De São Paulo Os trabalhadores brasileiros completaram, em março, o 25º mês consecutivo sem ganhos reais em seus rendimentos nas negociações salariais, mostra o boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A mediana do reajuste obtido nas negociações salariais coletivas (acordos e convenções) no mês passado empatou com a inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses, de 10,8%. Desde fevereiro de 2020 a mediana dos reajustes não indica aumento real dos salários. No mês passado, 49,9% das negociações resultaram em reajuste abaixo do índice de referência. Somente 16,1%, ou 1 em cada 6 negociações, resultaram em ganho acima do INPC acumulado no período. “O quadro está parecido com o dos meses anteriores, mas ligeiramente pior. Em 12 meses, a proporção de negociações que resultaram em reajuste abaixo do INPC era de 46,7%”, nota Hélio Zylberstajn, professor sênior da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP e coordenador do Salariômetro. Para ele, a perspectiva para os próximos meses também é negativa. Enquanto a economia patina e a taxa de ocupação não se recupera, houve piora das expectativas de inflação, que prometem se manter perto dos dois dígitos pelo menos até o início do segundo semestre. Segundo projeções do Santander e do Itaú para os próximos meses, o INPC só deve voltar a um dígito em algum momento entre setembro e outubro. O pico deve ser atingido em maio, quando o primeiro calcula um indicador em 12,3%, e o segundo, em 12,1%. Diante desse cenário, é esperado que tradicionais mecanismos limitadores de reajustes também cresçam em importância. Em março, os reajustes escalonados estiveram em 4,7% do acordos. Já a aplicação de um teto para o reajuste foi implementado em 12,2% deles. O trabalho híbrido continua a crescer nas negociações. A presença de cláusulas regulando esse tipo de regime chegou a 1,4% em março, aumento de 0,5 ponto porcentual em relação a março de 2021. Os quatro itens mais negociados nesse aspecto são controle de jornada, ajuda de custo, horários flexíveis e prevenção de acidentes. “A regulamentação do regime híbrido por meio da negociação coletiva tem crescido. Estamos evoluindo no sentido de tornar desnecessário regulamentar esse formato em lei”, diz Zylberstajn. https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/04/27/reajuste-salarial-nao-vence-inflacao-ha-25-meses.ghtml