Lula desiste de revogação e propõe revisar a reforma trabalhista

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O Globo Aliados pressionam para que petista suste leis aprovadas no governo TemerSérgio Roxo Apesar das cobranças de partidos aliados, entre eles o próprio PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não incluirá em seu programa de governo a bandeira da revogação da reforma trabalhista. O petista deve optar pelo caminho da “revisão” do pacote implantado no governo Michel Temer, com foco, a princípio, em três pontos principais: mudança das regras para o trabalho intermitente; garantia de direitos para profissionais que fazem entregas ou transporte de passageiros por aplicativos; e possibilidade de os sindicatos determinarem em assembleia com seus filiados as suas fontes de recursos. Em discursos e entrevistas nos últimos meses, Lula tem deixado claro os problemas que, em sua visão, existem nas mudanças da legislação trabalhista em vigor em 2017. Ao participar de um encontro com sindicalistas no último dia 14, o petista disse não querer “voltar ao que era antes”. No mesmo encontro, o ex-presidente afirmou que a jornada intermitente faz “com que o trabalhador não tenha direito”. Por esse modelo, que passou a ser permitido após a reforma, o empregado pode ter carteira assinada como uma empresa, mas só trabalha quando é convocado. A hora-trabalho deve ser equivalente ao salário-mínimo, mas, se não houver convocação suficiente, ao fim do mês, o total a ser recebido pode ser inferior ao piso. Na última terça-feira, em entrevista a uma rádio do Tocantins, Lula voltou a dizer que o trabalho intermitente foi um dos problemas da reforma trabalhista. Historicamente contrário ao imposto sindical (que destinava o valor equivalente a um dia de trabalho de cada empregado para sindicatos), Lula entende que a forma abrupta como a cobrança foi extinta pela reforma contribuiu para asfixiar os sindicatos e dificultar as mobilizações de dirigentes em busca de melhorias para os trabalhadores que representa. O petista tem pregado que os sindicatos decidam em assembleias das categorias de que forma seus filiados vão contribuir. — Não precisamos recriar imposto sindical, trabalhador não gosta de imposto sindical, o que a gente quer é ter apenas um artigo na lei dizendo que as finanças dos sindicatos serão decididas em assembleias livres — afirmou Lula, ao discursar no encontro com sindicalistas, em São Paulo. Inspiração na Espanha Em relação aos trabalhadores que fazem entregas e transporte de passageiros por aplicativo, categoria que não foi contemplada na reforma trabalhista de 2017, Lula tem afirmado que esse grupo precisa ter “direitos” e cita como referência mudanças implantadas na Espanha. Lá, um dos pontos da nova legislação estabelece que os trabalhadores terão acesso a detalhes do funcionamento do algoritmo que seleciona as viagens e entregas. Hoje, no Brasil, os trabalhadores de aplicativos não estão sujeitos às leis trabalhistas. Demissão de marqueteiro:  Líderes petistas veem Franklin Martins fragilizado no partido Parte das legendas que apoiarão Lula tem preferido empunhar a bandeira da revogação da reforma. Ao aprovar a carta-programa da federação com o PCdoB e PV, no dia 13, a direção do PT trocou no texto o termo “revisão” por “revogação”. O documento foi aprovado pelas outras duas siglas e registrado na Justiça Eleitoral. O PSOL, sigla aliada de Lula, também gostaria de ver a revogação da reforma encampada pelo petista, mas aceitou que o programa contemple a proposta de um novo projeto trabalhista, construído a partir de negociações entre empregados e patrões. Dentro da lógica de Lula de que cabe ao governo fazer mediações entre interesses da sociedade, seria papel dos partidos da base defender uma proposta mais radical. Os representantes dos empresários se manifestariam contra, e Lula, junto a seu governo, construiria uma posição de consenso. https://oglobo.globo.com/politica/lula-desiste-de-revogacao-propoe-revisar-reforma-trabalhista-1-25486677

Renda dos trabalhadores mais ricos cai 16% na pandemia

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Folha de S.Paulo Apesar da queda, grupo ganha 80 vezes mais do que pobres na média Daniel Mariani Diana YukariLeonardo Vieceli A crise gerada pela Covid-19 e a disparada da inflação chegaram até o bolso dos trabalhadores com salários mais altos, que têm mais condições para enfrentar as dificuldades no cenário econômico. Sinal disso é que a renda média do trabalho do grupo 1% mais rico no país caiu 16,4%, em termos reais, desde o começo da pandemia. Mesmo com a redução, o rendimento dessa parcela ainda é 80,9 vezes maior (R$ 26.899) do que o dos profissionais 10% mais pobres (R$ 332) na média. As conclusões são de um levantamento da Folha a partir de microdados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Cartazes no centro de São Paulo anunciam vagas de trabalho – Mathilde Missioneiro – 30 set.2020/Folhapress No quarto trimestre de 2019, antes da explosão da pandemia, a renda média do trabalho da fatia 1% mais rica era de R$ 32.157 por mês. Dois anos depois, no quarto trimestre de 2021, já com a crise sanitária em curso, o rendimento baixou para R$ 26.899. Vem dessa comparação a queda de 16,4% —ou menos R$ 5.258. O indicador avaliado é o da renda média habitual de cada pessoa que está ocupada com trabalho formal ou informal. Desempregados não entram nos cálculos. Os dados contemplam apenas os recursos recebidos com o trabalho, e não consideram valores de investimentos e benefícios sociais. “Os trabalhadores estão com dificuldades para conseguir reajustes. A elite do funcionalismo, por exemplo, está mais no topo da distribuição de renda e tenta barganhar isso”, diz o economista Alysson Portella, pesquisador do Insper. “O que explica a perda no topo da pirâmide é a inflação. Ela está gerando perdas reais nos salários”, indica o professor André Salata, do programa de pós-graduação em ciências sociais da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), que estuda desigualdade e distribuição de renda. RENDA DOS MAIS POBRES SOBE, MAS COM MUDANÇA DE COMPOSIÇÃO Na base da pirâmide, o rendimento dos trabalhadores 10% mais pobres no país passou de R$ 324 para R$ 332 entre o quarto trimestre de 2019 e igual período de 2021, uma elevação de 2,3%. O avanço na média, contudo, deve ser analisado com cautela devido a um efeito de composição do grupo, ponderam analistas. Segundo eles, a chegada da pandemia, em 2020, expulsou do mercado principalmente os trabalhadores mais vulneráveis, em grande parte associados à informalidade e a menores salários. Esse é um dos possíveis motivos para a renda dos 10% mais pobres ter crescido na média após o início da pandemia. No segundo trimestre de 2020, marcado por restrições a atividades econômicas e menos profissionais atuando no mercado, o rendimento dessa camada chegou a ser 16,2% maior, em média, do que no final de 2019. Contudo, nos intervalos mais recentes, esse avanço vem ficando menor —foi de 2,3% no quarto trimestre de 2021—, em meio ao retorno dos brasileiros mais vulneráveis à população ocupada e ao avanço da inflação. A economista Janaína Feijó, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), sublinha que os mais ricos, mesmo perdendo renda, têm mais mecanismos para se proteger da pressão inflacionária. “A inflação bate no rendimento do trabalho, mas essas pessoas conseguem se proteger de outras formas. A perda pode ser compensada, por exemplo, com investimentos financeiros. Isso diminui o impacto da inflação entre os mais ricos”, afirma a pesquisadora. Na média de todos os grupos, o rendimento dos trabalhadores ocupados era de R$ 2.675 no quarto trimestre de 2019. Em igual intervalo do ano passado, recuou para R$ 2.447, uma queda de 8,5% em termos reais. O resultado mais recente representa o menor nível da série histórica da Pnad com trimestres tradicionais (janeiro a março, abril a junho, julho a setembro e outubro a dezembro). Os registros começaram em 2012. ​PIB FRACO DESAFIA REAÇÃO Na visão de analistas, a recuperação da renda do trabalho depende em grande parte do avanço da atividade econômica. O problema é que as previsões indicam baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2022, inferior a 1%. Fatores como a pressão inflacionária e os juros mais altos são apontados como obstáculos para um desempenho mais forte do PIB e, consequentemente, da renda. “A previsão não é tão boa. A gente até vem recuperando empregos, mas a renda está menor na média”, aponta o economista Alysson Portella, pesquisador do Insper. “Tem um quebra-cabeça no cenário, que é como incentivar a retomada da economia e, ao mesmo tempo, controlar a inflação”, diz André Salata, da PUCRS. “A questão é que o principal remédio para conter a inflação é aumentar os juros, o que dificulta a recuperação da atividade econômica”, acrescenta. De acordo com os dados, a renda média dos trabalhadores 1% mais ricos no quarto trimestre de 2019 (R$ 32.157) era 99 vezes maior do que a dos 10% mais pobres (R$ 324). Essa relação caiu para 80,9 vezes no quarto trimestre de 2021 especialmente pela baixa dos mais ricos. “O ideal seria se todos ganhassem mais, e a base, os mais pobres, tivesse um aumento proporcionalmente maior”, aponta Salata. https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/04/renda-dos-trabalhadores-mais-ricos-cai-16-na-pandemia.shtml

Renda do trabalho recua mesmo com melhora do emprego

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Valor Econômico Cenário dos rendimentos no curto prazo deve seguir igual ou até piorar, afirmam economistas Por Marsílea Gombata — De São Paulo Apesar da forte recuperação do emprego nos últimos meses, a renda média do trabalho tem caído e está abaixo do nível pré-pandemia. No curto prazo, a perspectiva é que esse cenário se mantenha ou até mesmo piore, com a inflação alta e as perspectivas de baixo crescimento econômico, afirmam economistas. Em 2021, o mercado de trabalho teve forte recuperação do emprego, terminando o ano acima do nível pré-pandemia. A massa de rendimentos do trabalho, contudo, teve trajetória de alta a partir do terceiro trimestre de 2020, mas amargou quedas seguidas nos últimos dois trimestres do ano passado, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). O levantamento foi feito com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, que foi publicado na mais recente edição do Boletim Macro do FGV Ibre, mostra que a massa de rendimentos do trabalho é composta por três componentes: renda por hora trabalhada, jornada média e número de trabalhadores ocupados. Do início da pandemia para cá, houve comportamento oposto entre renda por hora trabalhada e nível de emprego. No início da pandemia, houve crescimento da renda por hora trabalhada, uma vez que os primeiros trabalhadores a serem demitidos foram aqueles com remuneração pior. Isso se inverteu com a recuperação do número de empregados. Já a jornada média se recuperou e está em nível acima do de 2019. “Hoje temos o número de população ocupada no zero a zero, em comparação com o período pré-pandemia, e o total de horas trabalhadas um pouco acima. O que está puxando para baixo é a renda por hora trabalhada”, afirma o economista Daniel Duque, responsável pelo estudo. Assim, o indicador está hoje mais de 8% abaixo do nível do último trimestre de 2019. “A renda média hoje é afetada bem menos por quem entra e sai [do mercado de trabalho] e mais pelo comportamento da renda daqueles que estão empregados”, continua. “Os empregados estão trabalhando mais horas do que em 2019, mas não estão conseguindo renda com os ajustes nominais que tiveram. Estão empregados, mas perdendo o poder de compra.” Segundo o economista, apesar de hoje a composição setorial estar próxima da do período pré-pandemia, quando se analisa a renda média do trabalho, os setores da indústria e serviços (no mercado formal) foram os mais atingidos e ainda sofrem consequências. “A indústria começou a se recuperar primeiro, mas tem sofrido bastante com questões globais, de logística e cadeias de produção afetadas. Isso tem feito empregadores manter trabalhadores, mas sem reajustes, deixando a inflação comer esses salários”, pontua Duque. “Em segundo lugar, em termos de queda de renda, vêm serviços. Áreas como alojamento, alimentação e entretenimento foram muito afetadas e ainda não recuperaram o nível pré-pandemia, o que acaba se refletindo em salários menores”, continua. Em termos de escolaridade, o estudo mostra que todos os grupos registraram queda. Bruno Ottoni, economista da consultoria IDados, observa, contudo, que a renda do trabalho caiu mais para os mais escolarizados. Em outro levantamento, a consultoria chegou à conclusão que o rendimento médio do trabalho para quem tem ensino superior completo diminuiu mais. Para aqueles que terminaram o ensino superior, a renda média caiu 14,6% entre o quarto trimestre de 2019 e o último trimestre de 2021. No mesmo período, o rendimento médio caiu 8,2% para quem concluiu o ensino médio, 4,5% para aqueles que completaram o ensino fundamental, e 3,5% para os que têm fundamental incompleto. “Uma possível explicação para a renda dos mais escolarizados ter caído mais fortemente desde a pandemia é o aumento da presença de pessoas escolarizadas como ‘conta própria’, que oferece salários mais baixos”, argumenta Ottoni. “Então pode ser uma questão de piora mais intensa da composição do emprego de pessoas mais escolarizadas, que estão mais presentes no emprego por conta própria.” No curto prazo, a perspectiva é que esse cenário de degradação da renda se mantenha. “Devemos ter uma manutenção da situação atual. Estamos vendo uma inflação muito persistente, acima das expectativas. Então provavelmente veremos a massa salarial caindo, com mais emprego e menos renda”, diz Duque. Ottoni acrescenta que as perspectivas para a economia neste ano não contribuem para a questão da renda. “Havia expectativa de que a inflação daria trégua, mas números mostram que isso não está acontecendo. Além disso, as projeções para atividade econômica não são boas”, diz. “Há fraco crescimento da economia e inflação em patamares elevados. Quando juntos, esses dois fatores não costumam ser benéficos para a renda. Significam renda se mantendo em patamares baixos ou podendo cair.” https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/04/25/renda-do-trabalho-recua-mesmo-com-melhora-do-emprego.ghtml

Habilidades digitais: brasileiros se sentem preparados para o futuro do trabalho

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Valor Econômico Otimismo não reflete necessariamente o que será importante para a trajetória profissional, indica estudo em 19 países Por Barbara Bigarelli — De São Paulo Os profissionais brasileiros se sentem preparados em termos de habilidades digitais, embora essa percepção não esteja necessariamente conectada ao que o futuro do trabalho exigirá em termos de expertise, conhecimento e competências. Em um estudo realizado pela Salesforce com 23 mil funcionários, de 19 países, 60% dos entrevistados acreditam que não estão preparados com as habilidades digitais necessárias para as empresas hoje. No Brasil, onde foram entrevistados 1,4 mil profissionais, esse percentual é de apenas 32%. Ou seja: 68% dos brasileiros se sentem preparados hoje. Além disso, 63% acham que têm as competências necessárias para o mundo digital nos próximos cinco anos – na média global, esse percentual é de somente 34%. Entre as habilidades listadas no estudo – avaliadas com notas de 1 a 3 – que os brasileiros disseram se destacar mais estão: administração digital (2,18), https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg colaborativa (2,08), comércio eletrônico (2,04), marketing digital (2,00) e https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg de vendas (1,96). Considerando as competências digitais “do dia a dia”, apontadas no estudo como as necessárias para realizar o trabalho hoje, o nível de percepção de preparo dos brasileiros é alto. Principalmente em termos de navegação de web (71% se consideram avançados), redes sociais (67%) e uso de programas de produtividade (51%). Essa boa percepção levou o Brasil a ocupar a segunda posição do Global Skills Index, o ranking originado a partir do estudo. Ficando atrás apenas da Índia e à frente de países como Estados Unidos, Cingapura e Coreia do Sul. A mensuração do estudo é feita a partir de uma autoavaliação dos entrevistados e não de uma investigação ou teste sobre o nível real de qualificação. Mesmo assim, o que explica o otimismo dos brasileiros com relação às competências digitais necessárias para o trabalho em um país que sofre com escassez de profissionais qualificados? Fábio Costa, diretor geral da Salesforce no Brasil, aponta uma primeira hipótese. “Há uma perspectiva de uso pessoal da https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg, e de que isso qualifica para o trabalho no mercado, e os brasileiros estão muito acostumados a usar as redes sociais e também ferramentas de colaboração”. Não à toa, afirma Costa, o brasileiro se acha muito bom em navegação da web e comunicação digital. Mas se sente menos preparado em https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg inteligente (aplicações que usam inteligência artificial) e análise de dados, segundo o estudo. Nessas duas habilidades, a maioria dos brasileiros entrevistados diz estar em nível iniciante ou intermediário de conhecimento: 63% e 72%, respectivamente. Outra hipótese, segundo Costa, é que em países mais avançados tecnologicamente, a percepção do que é estar preparado para as habilidades digitais do futuro é mais crítica. “O brasileiro tem uma autopercepção positiva em relação ao mundo digital, sobre a capacidade dele de estar neste cenário seja como usuário, seja como profissional. Mas podemos ter a pessoa mais positiva sendo a menos preparada. Há culturas com autocrítica maior, principalmente considerando competências mais técnicas, que vão achar que não estão preparadas”, afirma o executivo. O que esse otimismo brasileiro traz de alerta, na visão de Costa, é que os profissionais do país precisam estar atentos às competências que de fato farão diferença na carreira e no mundo do trabalho – e que não são necessariamente aquelas utilizadas no dia a dia, em plataformas, no trabalho remoto ou virtual. “A navegação na web e redes sociais já são consideradas habilidades ‘dadas’, não são relevantes pensando em competitividade. O que faz diferença é a capacidade de análise de dados e de criação e entendimento de soluções com inteligência artificial – e isso tem várias gradações, do nível mais simples ao complexo, dependendo da função e atuação”, afirma. Estudar mais como um e-commerce funciona e desenvolver competência para vendas on-line também é fundamental para abrir oportunidades profissionais, defende Costa. O ponto positivo do otimismo do brasileiro é que esse comportamento o aproxima mais do que o afasta das habilidades digitais necessárias para o futuro do trabalho, na visão de Costa. “Quando falamos de transformação digital, o maior desafio está no processo, em mudar a forma como as pessoas trabalham e a percepção delas sobre como devem realizar algo. Esse positivismo do brasileiro acaba se refletindo em uma cultura mais aberta a mudança e para o aprendizado”. No estudo, 79% dos trabalhadores brasileiros estão planejando aprender novas habilidades, seja para crescer na própria carreira ou em busca de um novo caminho profissional. https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/04/25/brasileiros-se-sentem-preparados-para-o-futuro-do-trabalho.ghtml