Confiança dos donos de pequenos negócios volta a crescer, diz estudo’

people, business, meeting-1979261.jpg

G1 Sondagem econômica das micro e pequenas empresas, realizada pelo Sebrae e pela FGV, detectou aumento na confiança em fevereiro e março nos três setores analisados: indústria, comércio e serviços. A confiança dos donos de pequenos negócios cresceu em março, segundo mês consecutivo de alta, segundo estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). As altas foram influenciadas, principalmente, por uma melhora na percepção das micro e pequenas empresas sobre a situação atual dos negócios. Pequenos negócios puxaram geração de empregos formais em fevereiro1 a cada 2 empreendedores ainda abre negócio por necessidade Segundo o estudo, o Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) teve alta de 1,6 ponto, atingindo 91,6 pontos, o mais alto desde o início deste ano e superior ao mesmo período dos anos de 2020 e 2021, quando foram detectados os índices de 90,3 e 80,5, respectivamente. O aumento da confiança foi detectado nos três principais setores da economia analisados: comércio, serviços e indústria de transformação. A sondagem econômica desse estudo leva em consideração a percepção dos empresários sobre a situação atual e a expectativa para o futuro. Se comparado a janeiro, quando o IC-MPE somou 89,6 pontos, o índice de março indica uma melhora de quase dois pontos. Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, esse resultado pode sinalizar uma perspectiva melhor dos pequenos negócios, apesar dos obstáculos que a economia brasileira ainda tem enfrentado. “As empresas sinalizam uma possível recuperação da queda causada, no início do ano, pelo surto de influenza e ômicron. Ainda existem dificuldades relacionadas à obtenção de matéria-prima, custo dos insumos, pouco capital de giro, alta de juros e menores margens, mas acreditamos que, no curto prazo, a Política Nacional de Apoio e Desenvolvimento de Micro e Pequenas Empresas (PNADEMPE) pode ajudar a melhorar essa situação”, explica Melles. Indústria Os empreendedores da indústria foram os que apresentaram o maior índice de confiança, chegando a 95,4 pontos. “Após somar dois meses de queda, a indústria apresentou um incremento de 1 ponto devido a melhoria das expectativas para o futuro”, explica Melles. De acordo com o estudo, a percepção otimista deve-se à melhora das expectativas para os meses seguintes, relacionadas à produção e tendência dos negócios. Os setores que mais contribuíram para o desempenho do setor foram: Alimentos; Vestuário; Metalurgia; Produtos de metal. Comércio Após seis meses de quedas consecutivas, a confiança dos empresários do comércio aumentou 1,7 ponto e atingiu o índice de 87,1, o maior patamar detectado desde novembro de 2021. Os principais motivos para a melhora foram a percepção sobre o volume de demanda e a situação atual dos negócios. O aumento foi puxado pelo bom desempenho do comércio de bens de consumo. Serviços Após quatro balanços negativos, as empresas de serviços também contabilizaram um avanço de 1,5 ponto e atingiram 90,9 pontos, em função da evolução positiva da situação dos negócios e do volume de demanda atual. Contribuíram positivamente para esse aumento: Serviços prestados às famílias; Serviços de informação e comunicação; Serviços profissionais. https://g1.globo.com/empreendedorismo/noticia/2022/04/19/confianca-dos-donos-de-pequenos-negocios-volta-a-crescer-diz-estudo.ghtml

Índice que mede a produção industrial atinge 54,4 pontos em março

entrepreneur, idea, competence-1340649.jpg

 Agência BrasilA Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou hoje (19) os resultados da sondagem industrial do primeiro trimestre. A entidade destacou o crescimento forte da produção industrial de fevereiro para março, mas também o aumento da preocupação dos empresários com a queda no consumo Em março, a produção industrial subiu para 54,4 pontos, resultado que está acima da linha divisória entre queda e crescimento. O índice não ficava acima dos 50 pontos desde dezembro. O movimento é normal para o primeiro trimestre, mas a CNI destacou que a retomada deste ano, de 47,9 em fevereiro para 54,4 em março, “supera a aceleração esperada no período”. A média da série histórica para o mês de março é de 51 pontos. O emprego industrial, por sua vez, manteve-se praticamente estável, em 50,1 pontos. Em fevereiro, o índice que mede a evolução da oferta de trabalho na indústria havia ficado em 49,2 pontos, o que significa queda no número de vagas ofertadas. Em março ano passado, o patamar estava nos mesmos 50,1 pontos. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou 1 ponto percentual, para 69%, de fevereiro para março de 2022. O resultado está 2 pontos percentuais acima da média dos meses de março. O percentual vem em trajetória de crescimento desde janeiro de deste ano. Principais problemas A sondagem industrial mede também quais são os principais problemas enfrentados pela indústria, de acordo com o empresariado. Com 58,8% das menções, a falta ou o alto custo de matéria-prima permanece há sete trimestres como principal preocupação. Entretanto, a escassez de insumos vem perdendo força como principal preocupação da indústria, frisou a CNI. As menções ao problema caíram 1,8 ponto percentual na última passagem de trimestre, e recuou 8,4 pontos percentuais frente a março do ano passado. Enquanto isso, cresce a preocupação com a queda no consumo, que no primeiro trimestre deste ano figurou em 25,5% das respostas dos empresários. No segundo trimestre de 2021, esse problema aparecia em 19,4% das menções. O gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, explica que, isoladamente, o percentual não parece ser tão alto, mas a alta nas menções ao problema indica haver uma demanda insuficiente no momento em que a oferta começa a se ajustar. Para o economista, “o problema de demanda fica mais evidente. É realmente uma situação muito complicada”. Há quatro trimestres cresce também a preocupação da indústria com a alta nas taxas de juros. Entre os dois últimos trimestres, o problema passou de 14,2% para 20,8% das menções, a alta mais expressiva da sondagem. No fim do ano passado, apenas 7,6% consideravam os juros um obstáculo ao seu negócio, segundo a CNI. Menções a dificuldades na logística de transporte ficaram com 13,8%das respostas, ante 11,8% no trimestre anterior. Esse é o terceiro trimestre seguido de alta. O segundo problema mais mencionado segue sendo a alta carga tributária, com 30,4% das repostas, queda em relação aos 33,2% registrados no trimestre anterior. https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-04/indice-que-mede-producao-industrial-atinge-544-pontos-em-marco

Conheça os novos benefícios: de apoio à adoção a palestras sobre fracasso

calculator, calculation, insurance-385506.jpg

UOL Julia Moióli A executiva Salma Bakhit sempre quis ser mãe, mas sua carreira corporativa fez com que adiasse o plano. Quando deu início à adoção da filha, em setembro de 2019, foi uma das primeiras funcionárias da farmacêutica MSD no Brasil a se beneficiar do Projeto Adoção, que, além de apoio psicológico e jurídico, oferece um benefício no valor de R$ 15 mil para despesas relacionadas ao processo. “Só o fato de a empresa ter uma política específica para o tema já sinaliza muito sobre como acolhe seus colaboradores, mas quando qualquer tipo de adoção é respeitado —no meu caso, adotei sozinha uma criança adolescente—, você sente o real valor da inclusão”, acredita a diretora médica executiva para América Latina. “Receber esse apoio me ajudou a suportar os momentos mais difíceis da adoção, no meio da pandemia.” A história de Salma é um exemplo de como cada vez mais as empresas se preocupam em oferecer aos colaboradores cuidados que vão além do tradicional combo: plano de saúde + vale refeição. A estratégia faz com que elas se destaquem como ambientes de trabalho saudáveis e atrativos e ainda reforça a aproximação com os clientes —no caso da MSD, o tema fertilidade é um valor importante em seu ecossistema. “Vivemos tempos de mudanças e precisamos nos adequar em termos de equidade e inclusão, para considerar toda a diversidade que temos na companhia”, acredita Elisa Mendoza, diretora de RH da MSD. “Além de nos fortalecer como marca empregadora, deixamos claro para os funcionários que eles são nosso principal ativo.” “Se não olharmos com atenção para o contexto dos colaboradores e nos mantivermos restritos a apenas benefícios que a área de RH ou a liderança acreditem fazer sentido, perdemos a chance de fazer a diferença”, completa Lais Mastantuono, diretora de RH da farmacêutica japonesa Astellas. A empresa fortaleceu, recentemente, os cuidados oferecidos na área de saúde com o Dr. Aon, serviço de teleorientação para que funcionários e dependentes diretos diagnosticados com doença grave possam solicitar uma segunda opinião gratuita. Para isso, uma equipe médica especializada trabalha 24 horas na revisão de exames e prescrições médicas, esclarece dúvidas e identifica novas recomendações. Com a preocupação de garantir o vínculo da amamentação, a Kimberly-Clark criou uma política de viagem específica para mães lactantes: quem amamenta filhos de até 12 meses e precisa viajar a trabalho pode levar junto a criança e um acompanhante com as despesas pagas pela companhia. “Ações como essa ajudam a manter o equilíbrio entre vida pessoal e reforçam nossa missão de oferecer, não só aos clientes, mas também a nossos colaboradores, um melhor cuidado para um mundo melhor”, acredita o diretor de recursos humanos Felipe Balbino. Outra estratégia adotada para cuidar dos funcionários tem sido a formação de grupos para debate e troca de experiências. Recentemente, a farmacêutica Takeda criou, a partir de sugestões internas, um comitê dedicados a parentes e cuidadores (para colaboradores que têm dependentes —crianças, adultos ou idosos— sob a sua responsabilidade). Outro comitê se dedica a religiosidades e espiritualidades (para aprofundar o olhar e o conhecimento sobre as diversas possibilidades de exercê-las). “Nosso objetivo é construir um ambiente inclusivo, diverso e livre de discriminação, onde as pessoas se sintam seguras e respeitadas e possam prosperar, crescer e atingir seu potencial máximo”, afirma Eliane Pereira, diretora executiva de RH. Mais https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg, mais possibilidades de benefícios Na busca por oferecer cuidados diferenciados, algumas companhias têm recorrido a soluções prontas de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg. “Antigamente, cada benefício extra implicava em uma operação mais complexa por parte do RH, mas a https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg veio para mudar isso”, acredita Antonio Rocha, CEO da Onze, fintech que criou uma plataforma focada em oferecer orientação financeira e previdência privada como benefício corporativo. “A https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg facilita a maneira como as pessoas buscam e utilizam produtos e serviços”, concorda Viviane Sales, VP de Creditas @Work, plataforma digital de benefícios e soluções financeiras corporativas. A empresa, que já inovava ao oferecer adiantamento salarial sob demanda para empresas, passou a operar com PIX, mais rápido e fácil, no ano passado e viu o número de pedidos subir 244%. Outra startup que tem aproveitado a demanda por benefícios inovadores é a Férias&Co. Todos os meses, as empresas clientes investem em uma colaboração (em média, R$ 100) para que os funcionários possam reservar passagens e hospedagens na plataforma. Além de usar o crédito depositado pelo empregador, o funcionário pode adicionar extras. Elogios, sucessos e fracassos Embora cuidados relacionados a família, bem-estar e saúde estejam em alta, especialmente em decorrência da pandemia de covid-19, há companhias dedicadas em reconhecer os esforços das equipes de forma inovadora. Na Siemens Energy, o destaque é o Programa STAR, acrônimo para “Share Thanks And Recognition” (em inglês, compartilhe agradecimento e reconhecimento), que quer dar fôlego à cultura de reconhecimento a comportamentos e desempenhos extraordinários. Por meio dele, qualquer funcionário pode postar mensagens positivas para um colega e sugerir recompensas e prêmios em pontos, dinheiro ou cartões eletrônicos. “Os tópicos de reconhecimento estão relacionados a valores da companhia, o que também contribui para reforçarmos nossa cultura”, diz a líder de RH Andreia Balbino. Nos últimos seis meses, mais de mil colaboradores foram reconhecidos pela plataforma STAR. A startup de mobilidade Buser vinculou uma recompensa a um tema que valoriza, que é a prática de atividade física. Para receber o “Bônus Esporte”, é preciso exercer uma carga horária mínima de exercícios durante o mês: quatro horas por semana durante três semanas rendem 5% de aumento no salário e por quatro semanas, 10%. De acordo com a empresa, a adesão é de mais de 80% entre os 500 funcionários. Já a Kraft Heinz dedica uma sexta-feira por mês para ações de desenvolvimento, nas quais, além de trazer especialistas para palestras de letramento, acontecem as fail conferences (em português, literalmente, conferências de fracasso). Durante esses encontros, funcionários se voluntariam a falar sobre seus insucessos, respondem perguntas e discutem aprendizados. O feedback geral dos funcionários é de que a exposição traz humanização e ajuda a melhorar a vida e o ambiente de