As vendas do comércio varejista para o Dia das Mães devem movimentar R$ 12,12 bilhões este ano, um avanço de 47% em relação à mesma data de 2020, já descontada a inflação do período, estima a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo o economista Fabio Bentes, responsável pelo levantamento, o resultado será beneficiado por ocorrer num momento de reabertura da economia, enquanto no ano passado parte significativa das lojas estava fechada no período, por causa da pandemia de covid-19. Apesar da melhora, o desempenho ainda deve ser 2% menor que o de 2019. “Em 2020, as vendas do varejo na data caíram 33%”, lembra Bentes.
O Dia das Mães é a segunda data mais importante para o varejo, atrás apenas do Natal. O segmento de vestuário, calçados e acessórios deve liderar o volume de vendas este ano, com previsão de faturamento de R$ 4,09 bilhões, seguido pelos ramos de móveis e eletrodomésticos (R$ 2,38 bilhões) e farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 1,52 bilhão).
Bentes pondera que as condições econômicas ainda difíceis para o consumo no curto prazo dificultam uma recuperação mais substancial das vendas para a data. Entre os empecilhos estão o mercado de trabalho ainda com elevado nível de desemprego, condições de crédito menos favoráveis e pressões inflacionárias.
A CNC aponta que 10 dos 15 produtos mais populares para a data estão mais caros atualmente do que há um ano, com destaque para os aparelhos de TV, som e informática (com alta de 19,2% em 12 meses), joias e bijuterias (14,4%), flores naturais (13,3%) e itens de cama, mesa e banho (12,0%). Na média, a cesta completa de bens ou serviços mais consumidos na data registra a maior alta de preços desde 2016, um avanço de 4,7%, calcula a entidade com base na inflação em 12 meses até maio, apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pouco mais da metade do volume de vendas no varejo neste Dia das Mães ficará concentrado em São Paulo (R$ 4,46 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,13 bilhão) e Rio de Janeiro (R$ 1,2 bilhão).
O ETSADO DE S. PAULO