Por Jubran Coelho e Carolina Oliveira
Equipes em todos os setores estão voltando a atenção para as metas de pessoas, planeta e lucro
O compromisso de atuar de forma socialmente responsável não é novidade para as empresas familiares. No entanto, as questões relacionadas à sustentabilidade, risco climático, pobreza e incerteza contínua em muitas partes do mundo são agora preocupações mais importantes na agenda do que poderiam ter sido para as gerações anteriores.
Essa é uma agenda abrangente que não pode ser ignorada e está sendo exacerbada pelos recentes eventos geopolíticos. Isso requer uma mentalidade estratégica muito mais ampla, com a tomada de decisões elevada ao nível de negócios.
Operar de forma socialmente responsável gera valor de fato para o meio ambiente, cria empregos, contribui para a prosperidade da comunidade e agrega valor a longo prazo tanto para a família quanto para o negócio. Quando se trata de ESG (governança ambiental, social e corporativa, em inglês), muitas empresas familiares estão partindo de uma posição de força para elevar ainda mais compromissos sociais e ambientais.
De propriedade privada ou pública, as empresas não têm mais escolha em termos de sustentabilidade de práticas operacionais, e as equipes de liderança sênior em todos os setores estão voltando a atenção para as metas de pessoas, planeta e lucro.
As características orientadas por valores e capacidades únicas das empresas familiares não mudaram. Embora o propósito e os valores das empresas familiares muitas vezes as atraiam naturalmente para ações relacionadas à responsabilidade social, no passado muitas dessas ações não eram necessariamente conectadas sob um guarda-chuva estratégico coeso.
Agora, uma abordagem mais inclusiva está se tornando cada vez mais necessária para conectar as ações ambientais e sociais da empresa, ajudar a garantir que metas tangíveis sejam estabelecidas e haver uma responsabilidade clara pelo impacto e pelos resultados que a empresa se propõe a alcançar.
Cada vez mais, as empresas familiares estão adotando uma nova mentalidade de responsabilidade social em um esforço para obter percepções mais profundas sobre o que é mais importante para clientes, funcionários e outros interessados, e considerar como ações também podem ter impacto nos negócios. Trata-se de conectar os pontos para ver o quadro mais amplo e escolher onde concentrar recursos da família e do negócio.
Não existe uma abordagem certa ou errada para desenvolver uma estratégia de responsabilidade social, e há muitos fatores a serem considerados dentro do negócio, bem como influências externas em rápida evolução que podem afetar as prioridades identificadas para ação. / SÃO, RESPECTIVAMENTE, SÓCIO-LÍDER DE PRIVATE ENTERPRISE DA KPMG NO BRASIL E NA AMÉRICA DO SUL; E SÓCIA-DIRETORA DE PRIVATE ENTERPRISE DA KPMG NO BRASIL
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