Em entrevista à Jovem Pan News, José Carlos Oliveira ainda afirmou que aposta na prorrogação do auxílio para caminhoneiros em 2023 em caso de reeleição de Bolsonaro
Por Jovem Pan
Em meio à alta dos combustíveis e outros problemas que impactam a inflação, caminhoneiros e taxistas vão receber no mês que vem um auxílio social do governo. Para falar sobre esse tema e sobre as expectativas para redução do desemprego, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira. De acordo com ele, a expectativa do ministério é fechar o ano com 2 milhões de novas vagas de emprego: “Até o primeiro semestre desse ano, até maio, que é o dado que nós temos, já são mais de 1 milhão de novos empregos criados. Nós tínhamos uma previsão em janeiro de 2022 de chegar até o final do ano com 1,5 milhão de novas vagas”.
“Se nós temos até maio 1 milhão, com o aquecimento do segundo semestre podemos sonhar com a criação de 2 milhões de novos empregos. Isso é muito importante. A taxa de desemprego do Brasil é a maior no grupo do G20 e a taxa de desemprego chegou a um dígito, saímos dos dois dígitos. Queria enaltecer o fato dos empreendedores e empresários acreditarem no mercado brasileiro”, declarou.
O ministro também esclareceu que o benefício dado aos caminhoneiros será pago a todos que estavam cadastrados na Agência Nacional de Transportes até o dia 31 de maio de 2022 e que cerca de 640 mil motoristas autônomos receberão o benefício. Já os taxistas ainda aguardam a compilação dos dados das prefeituras, que tem até o dia 31 para enviar as informações ao Governo Federal: “A partir de ontem, dia 25, abrimos para que as prefeituras façam o envio do arquivos desses alvarás válidos e dos motoristas que estão com a carteira de habilitação válidas. Já recebemos cerca de 1.474 taxistas desde ontem e o total de 111 prefeituras já fizeram o envio desse cadastro”.
A expectativa, segundo o ministro, é de que o auxílio seja prorrogado em 2023 caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito e defendeu a criação dos benefícios: “ele [o presidente] tem trabalhado e fez todas as isenções dos impostos federais que eram possíveis e pediu a todos os governadores também que fosse baixada a questão do ICMS. Mas ainda foi pouco, por isso a necessidade de a gente fazer a PEC com essa preocupação do estado de emergência que se deu por causa do aumento abrupto do petróleo, que é uma coisa que não é da governança do Brasil”.
“Nós precisávamos criar um subsídio para poder custear e fazer com que as pessoas continuassem trabalhando. Principalmente os caminhoneiros e taxistas. Os caminhoneiros principalmente, porque o modal brasileiro que transporta praticamente 60% de toda a nossa produção é feito por transporte rodoviário. Dai a preocupação do nosso presidente com essa categoria tão sofrida”, explicou.
De acordo com Oliveira, o governo está investindo R$ 5.4 bilhões no benefício aos caminhoneiros, que será pago a partir do dia 9 de agosto, e R$ 2 bilhões no benefício aos taxistas, que será pago a partir do dia 16 de agosto. Ainda na entrevista, o ministro rebateu as críticas a respeito das acusações de que a PEC das Bondades, que possibilitou os auxílios, é “eleitoreira”: “Só apanha, quem faz. A PEC foi aprovada no Congresso Nacional e, como você bem falou, lá tem a representação de todo o Brasil, de todas as regiões do Brasil. Não é uma questão eleitoreira, é uma realidade mundial”.