Foto e dados da CNI
O mercado de carbono foi uma das principais demandas durante o Business 20 (B20), fórum associado ao G20. Durante o evento em São Paulo, realizado na última semana, foi lançado o Centro de Excelência em Carbono, programa que apoia empresas e governos na expansão de iniciativas sobre o tema.
“Precisamos de soluções que não só reduzam as emissões, mas que também gerem empregos e impulsionem a economia. O Centro de Excelência em Carbono é um passo importante nessa direção”, observa Vander Morales, Presidente do Sindeprestem e da Fenaserhtt.
Estimativas da Associação Internacional de Comércio de Emissões (IETA) estimam que o mercado de carbono pode levar a uma economia de US$ 250 bilhões por ano até 2030, otimizando recursos e processos produtivos verdes. Além dos investimentos para uma economia de baixo carbono, foram feitas recomendações sobre finanças, transição energética, diversidade, emprego e transformação digital.
Entre as sugestões estão triplicar a energia renovável até 2030, além de aumentar o uso de biocombustíveis e melhorar a eficiência energética atual. Os apontamentos incluem ainda o fortalecimento do comércio agrícola multilateral e a implementação de pagamentos por serviços ambientais via crédito de carbono.
Mudanças no mercado de trabalho
A transformação digital e as mudanças no mercado de trabalho também foram pautas. No encontro, foram discutidas as lacunas de habilidades digitais, o aprimoramento do aprendizado online personalizado, além de incentivos financeiros para programas de requalificação profissional e atualização legislativa para reconhecer novas formas de trabalho.
“Em tempos de transformação digital, o investimento em qualificação e requalificação profissional precisa ser uma prioridade para empresas e sindicatos. Nesse contexto, é essencial que os trabalhadores estejam preparados e que a nossa legislação acompanhe as novas dinâmicas de trabalho”, complementa Morales.