Com nova alta de preços dos alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,86% em outubro deste ano, o maior valor para o mês desde 2002. O resultado é superior ao crescimento do mês imediatamente anterior, setembro, que teve resultado de 0,64%. No ano, a inflação acumula alta de 2,22% e já avançou 3,92% nos últimos 12 meses.
O resultado veio acima da média das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que era de 0,84%.
Para o mês, os grandes destaques foram o arroz, com aumento de 13,36% nos preços, e o óleo de soja, com crescimento de 17,44%. O grupo de Alimentação e Bebidas, que até desacelerou em relação a setembro (que teve aumento de 2,28%), ficou com crescimento de 1,93% em outubro, com o maior impacto no índice, 0,39 ponto porcentual.
De acordo com o IBGE, a desaceleração no grupo de alimentos aconteceu por conta de altas menores em alguns itens. Arroz e óleo, por mais que tenham tido altas relevantes em outubro, tiveram resultados ainda maioress em setembro – 17,98% e 27,54%, respectivamente. Mas houve também alta em outros alimentos, que, em alguns casos, superaram as variações do mês anterior, como nos casos dos tomates (18,69%, ante 11,72% em setembro), frutas (2,59%, ante deflação de 1,59% em setembro) e batata-inglesa (17,01%, ante deflação de 6,30% em setembro).
Para alimentação, mesmo neste cenário de altas, quedas também foram registradas, como na cebola (-12,57%), cenoura (-6,36%) e alho (-2,65%).
Outros destaques de crescimento para o mês de outubro foram: setor de transportes, que aumentou, mas em menor medida, com 1,19%, e impacto de 0,24 ponto porcentual no resultado. Artigos de residência, 1,53%, com impacto de 0,06 p.p., e seguro voluntário de veículo, 2,21%. Este em particular registra um cenário diferente, já que vinha de sete meses de quedas.
As 16 regiões pesquisadas para composição do índice nacional apresentaram alta no mês. O destaque fica para a cidade de Rio Branco, no Acre, com 1,37%. O menor índice foi registrado na região metropolitana de Salvador, com 0,45%.