Economista José Pastore observou que reforma trabalhista fez com que os conflitos entre empregadores e trabalhadores diminuíssem
Por João Sorima Neto e Rafael Vazquez
Para José Pastore, professor da FEA-USP e presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP, as ideias defendidas pelo ex-presidente Michel Temer mostram que política é convergência e que “um ganho não destrói o outro”. Pastore também defendeu a reforma trabalhista aprovada ao opinar que os direitos dos trabalhadores foram todos preservados, inclusive na parte em que a negociação entre empresa e funcionário prevalece sobre a legislação. “Se as partes não quiserem [negociar] porque não acham conveniente, prevalece tudo que está na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, comentou Pastore, ressaltando que os conflitos entre empregadores e trabalhadores diminuíram.
A volta ao formato presencial do evento “E agora, Brasil?” foi celebrada pelos participantes do encontro realizado em São Paulo na terça-feira. Para Ivo Dall’Acqua Júnior, diretor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o evento teve “temperança, equilíbrio e um olhar mais sistêmico sobre tudo”, afirmou.
O economista da Fecomercio -SP Fabio Pina comentou que a reforma trabalhista ajudou a gerar empregos de maneira mais ágil após os efeitos da pandemia. Em relação à média salarial mais baixa observada nas novas vagas criadas, disse que é uma consequência do cenário de crise econômica, e não das mudanças na lei trabalhista. “É muito mais efeito de saída de crise. Não é bom, mas é natural que ocorra.”
Lucas Pena, CEO da Pact, empresa especializada em negociações trabalhistas, lembrou que a reforma de Temer ajudou a reduzir os passivos e a racionalizar as reivindicações, o que promoveu uma harmonização maior no mercado.