IBGE anuncia concurso para 204 mil vagas temporárias no Censo Demográfico 2021

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta quinta-feira, 18, o processo seletivo para preencher 204.307 vagas temporárias de recenseadores e agentes censitários para trabalhar na organização e na coleta do Censo Demográfico 2021. O órgão garantiu que o trabalho de campo começará em agosto.

Por causa da pandemia de covid-19, o IBGE adiou a realização do censo demográfico, que deveria ter sido conduzido em 2020. O processo seletivo aberto à época para as vagas temporárias foi cancelado e a taxa de inscrição vem sendo devolvida pelo órgão. A pandemia também fez o IBGE cancelar a coleta presencial de informações para as pesquisas e levantamentos conduzidos pelo órgão, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

No novo edital do Censo Demográfico, o órgão prevê 181.898 vagas para recenseador, 16.959 para agente censitário supervisor e 5.450 para agente censitário municipal, com oportunidades em 5.297 municípios do País. As provas objetivas serão aplicadas presencialmente no dia 18 de abril para as vagas de agentes censitários e no dia 25 de abril para os recenseadores. Segundo o IBGE, a etapa presencial de seleção seguirá os protocolos sanitários de prevenção de covid-19.

“No dia da prova, os candidatos deverão estar munidos de caneta esferográfica cor preta de material transparente, comprovante de inscrição e documento original com foto. Protocolos sanitários de prevenção da Covid-19 serão divulgados detalhadamente em edital específico sobre os locais de prova, exigindo o uso obrigatório de máscaras, o distanciamento seguro entre candidatos e aplicadores de prova, disponibilização de álcool em gel em todos os locais de prova, medidas para evitar aglomerações e respeito às legislações locais. O candidato que descumprir as medidas de proteção será eliminado do processo seletivo e terá sua prova anulada”, informa o IBGE, em nota.

O candidato deve ter nível fundamental completo para concorrer a recenseador, enquanto as vagas de agentes censitários exigem ensino médio concluído. A remuneração é de R$ 2.100 para agente censitário municipal e de R$ 1.700 para agente censitário supervisor, para jornadas de 40 horas semanais, sendo oito horas diárias.

Os recenseadores receberão por produtividade, dependendo do número de unidades visitadas, da quantidade de questionários respondidos e das dificuldades impostas por cada setor censitário.

“A gente recomenda 25 horas semanais de trabalho, no mínimo, incluindo feriados e finais de semana, porque nesses dias são os mais fáceis, mais simples de encontrar algum morador no domicilio e que ele possa responder com mais tranquilidade ao questionário”, disse o coordenador de Recursos Humanos do IBGE, Bruno Malheiros.

Os contratos terão duração de três meses para a função de recenseador e de cinco meses para agentes censitários, podendo ser renovados de acordo com as necessidades do IBGE e a disponibilidade orçamentária.

As inscrições para os cargos de agentes censitários vão de 19 de fevereiro a 15 de março, enquanto as vagas para recenseador terão inscrições de 23 de fevereiro a 19 de março, no site do Cebraspe, responsável pelo processo seletivo. O resultado final com o nome dos aprovados será divulgado em 27 de maio.

“Além da prova, os recenseadores receberão treinamento presencial e à distância, de caráter eliminatório e classificatório, com duração de cinco dias e carga horária de oito horas diárias. Para a parte presencial, também serão adotados protocolos sanitários contra a Covid-19”, informou o órgão.

Os recenseadores visitarão os cerca de 71 milhões de lares brasileiros entre agosto e outubro deste ano nos 5.570 municípios do País. A pesquisa levanta informações sobre as características dos domicílios, identificação étnico-racial, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, deficiência, migração interna ou internacional, educação, deslocamento para estudo, trabalho e rendimento, deslocamento para trabalho, mortalidade e autismo.

O ESTADO DE S. PAULO

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