Home office e híbrido ainda geram desafios. Entenda

Pesquisa mostra que maioria das empresas não tomou medidas para melhorar experiência dos funcionários nos novos modelos de expediente

Por Jacilio Saraiva, Para o Valor

Nem tudo está correndo bem nos novos modelos de trabalho, implementados desde o início da pandemia. Uma pesquisa global realizada pela Avanade, de serviços digitais e consultoria, indica que 54% das empresas brasileiras não tomaram medidas para melhorar a experiência dos funcionários nos ambientes de trabalho, como facilitar acessos remotos a sistemas corporativos. No recorte mundial, esse número sobe para 62%.

O estudo, obtido com exclusividade pelo Valor, foi feito entre outubro de 2021 e janeiro de 2022. Ouviu 2,1 mil gestores de nível sênior, sendo 150 no Brasil, de áreas como negócios, https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg e recursos humanos, de companhias com mil ou mais funcionários, com receitas anuais superiores a US$ 500 milhões. As organizações são de setores como finanças, saúde, manufatura e varejo.

“Um dos principais fatos levantados no relatório é que 47% das corporações no Brasil não adotaram um modelo de segurança que permita a todos trabalharem onde quer que estejam”, diz Ronaldo da Matta, vice-presidente da Avanade no país. Além disso, continua o executivo, elas estão encontrando novos desafios para ampliar as habilidades dos profissionais.

Mais da metade ou 55% dos grupos brasileiros não estão conseguindo simplificar o compartilhamento de conhecimento por meio de plataformas baseadas na nuvem ou em inteligência artificial, 47% ainda não permitiram uma combinação de programas de aprendizado a distância e local para deslancharem o desenvolvimento dos times e 45% não usam soluções de análise que possam ajudar a refinar as atividades do quadro.

Apesar disso, Matta diz que 97% das organizações, segundo o relatório, observam uma tendência de aumento no desempenho em pelo menos seis métricas de negócios, como produtividade e retenção de empregados. A primeira avançou 8,1% e a retenção de talentos cresceu 6,7%, nos últimos doze meses.

As empresas estão começando a compreender o valor dos dados para os públicos internos e a necessidade de atender as expectativas de profissionais que querem trabalhar com a mesma facilidade que têm quando, por exemplo, acessam seus aplicativos favoritos, afirma.

https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/06/25/home-office-e-hibrido-ainda-geram-desafios-entenda.ghtml

Compartilhe