Os núcleos temáticos do gabinete de transição do novo governo entregam nesta quarta-feira (30) ao coordenador da transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seus primeiros relatórios.
Segundo o Estado de S. Paulo, o grupo que trata da área de Trabalho vai propor a “revisão” da reforma trabalhista.
O tema causou polêmica durante a campanha eleitoral e dividiu os aliados do então candidato Lula. No início, o discurso era sobre revogação total da reforma. Depois, amenizou-se o tom e passou-se a falar em “revisão”.
O grupo temático sobre Trabalho defende “revisar a reforma trabalhista de Michel Temer e o ‘trabalho intermitente’, aquele que é prestado de forma esporádica”.
Além disso, querem também “acabar com projeto Carteira Verde e Amarela, que tramita no Congresso” e “retomar a estrutura do Ministério do Trabalho”.
Integram o núcleo da transição sobre Trabalho: Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); André Calixtre, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Clemente Gantz Lucio, sociólogo; Fausto Augusto Júnior, professor universitário e diretor técnico do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos); Laís Abramo, socióloga, mestre e doutora em Sociologia pela USP; Miguel Torres, presidente da Força Sindical; Patrícia Vieira Trópia, doutora em Ciências Sociais pela Unicamp, docente do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia; Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo; Sandra Brandão, economista e mestre em Economia pela Unicamp; Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores).