Valor Econômico –
O Índice de Confiança de Serviços (ICS), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), caiu 2,3 pontos em novembro, para 96,8 pontos, menor nível desde junho deste ano (93,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice cedeu 0,8 ponto, após seis meses de altas seguidas.
“A confiança de serviços vem oscilando nessa reta final de 2021. Em novembro, o resultado negativo do ICS foi influenciado tanto pela piora da percepção sobre o momento atual quanto das expectativas. A disseminação da queda sugere que o ritmo de recuperação perde um pouco de força no final do ano. Apesar do avanço do programa de vacinação, o ambiente macroeconômico frágil é que pode adicionar mais incerteza na continuidade da recuperação na virada para 2022”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.
Em novembro, o resultado negativo do ICS foi influenciado tanto pela piora na avaliação sobre o momento atual como pelas expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 1,8 ponto, para 92,8 pontos, mas ainda mantendo na região de moderado pessimismo (90-100 pontos). Enquanto, o Índice de Expectativas (IE-S), caiu 2,7 pontos, para 100,9 pontos, menor nível desde junho (99,1 pontos). A queda do ICS atingiu 12 dos 13 segmentos pesquisados.
A queda do Índice de Situação Atual (ISA-S) em novembro contribui para interromper o avanço do índice em médias móveis trimestrais. Depois de apresentar melhora após as medidas restritivas do início do ano, a recuperação do ISA-S perdeu força. No mesmo período, o Indicador de Desconforto (composto pela média das parcelas padronizadas demanda insuficiente, taxa de juros, problemas financeiros, pandemia, fatores políticos e econômicos como limitações a melhoria dos negócios) também mostra sinais de estabilização em patamar ainda negativo. O indicador acomodou ao ceder 0,4 ponto em novembro, , mas ainda se encontra 6,3 pontos acima do nível pré pandemia.