Por Vander Morales
Incansáveis, resilientes e criativos. Assim são os empresários brasileiros. No dia a dia de suas empresas, em meio a tantos esforços hercúleos para conseguir progredir com seus negócios, gerar emprego e renda para a sociedade, ainda precisam lidar com as surpresas de ordem legislativa e tributária e demais desafios – às vezes inesperados, como é o caso da pandemia – para sobreviver em um ambiente de negócios hostil e burocrático como o que temos no Brasil.
Com o passar dos anos, depois de tantos percalços em nosso caminho, nos acostumamos a não nos abater. Seguimos em frente, utilizando da habilidade empresarial de se reinventar, com coragem e determinação, para nunca desistir. A aprovação do marco regulatório da Terceirização e atualização do Trabalho Temporário é um grande exemplo disso. Por quanto tempo persistimos até que saíssemos vitoriosos, com nosso setor reconhecido e legitimado por uma regulamentação que trouxesse segurança jurídica? Pelo menos duas décadas!
E, por mais que estejamos exaustos de tanto ter que provar o quanto o setor de serviços é importante para o desenvolvimento do Brasil, e o tamanho da contribuição dada pelas empresas de Terceirização e de Trabalho Temporário para a economia e empregabilidade formal das pessoas, temos a consciência de que somos movidos por desafios. Acreditamos num futuro melhor para o nosso país, para as nossas empresas e para os brasileiros. E por isso, vamos continuar unidos em busca de melhores condições de mercado, mais justas, e que promovam a ascensão responsável dos negócios.
A reforma tributária, uma demanda histórica do setor privado há três décadas para eliminar distorções incompreensíveis, mais uma vez ficou apenas na promessa e sem previsão de avançar. Enquanto isso, nosso setor continua convivendo com a descabida realidade do regime não cumulativo do PIS e COFINS, isso apesar de ser o capital humano o principal insumo. Desonerar a folha de pagamentos das empresas de Trabalho Temporário e Terceirização também está longe de acontecer. E certamente não foi por ausência de mobilização empresarial. Essa é uma reivindicação antiga da Fenaserhtt e do Sindeprestem e que continua sendo prioridade.
Com a reforma trabalhista conquistamos um pouco mais de segurança jurídica, embora ainda tenhamos que lidar com algumas situações específicas, pautadas em vieses inconscientes presentes no Judiciário mesmo após a atualização das legislação. As empresas puderam investir mais em treinamento, qualificação e requalificação, o que resultou em queda de rotatividade. Os conflitos infundados entre capital e trabalho diminuíram. Continuamos confiantes de que a indústria da reclamação não prospere, e que prevaleça o negociado sobre o legislado como meio para garantir os direitos trabalhistas e o cumprimento das normas de segurança para o trabalhador brasileiro. Na comparação com outros países da Europa, EUA e América Latina, o Brasil é o que mais tem direitos garantidos pela Constituição e pelas convenções coletivas.
Para fazer frente a esses e a tantos outros desafios, a união e o engajamento dos empresários é fundamental. Estejamos juntos em 2022, com a coragem e persistência que nos é habitual, para progredir.
Entremos no novo ano com as energias renovadas e certos de que a razão de existir do Sindeprestem e da Fenaserhtt é fazer com que nossas empresas estejam amparadas e preparadas para um ambiente de negócios próspero, mais justo e saudável.
Um excelente 2022 para todos nós!
Vander Morales, presidente do Sindeprestem e da Fenaserhtt