8 em cada 10 brasileiros desejam semana de trabalho com 4 dias

Oito em cada dez brasileiros gostariam de adotar a semana de trabalho de quatro dias: cerca de 76% acredita que o ambiente profissional seria mais produtivo com o modelo. Os dados fazem parte de uma pesquisa da WeWork e da Page Outsourcing feita com 10 mil profissionais de cinco países da América Latina, incluindo o Brasil.

“As pessoas estão buscando trabalhos que sejam mais flexíveis, modelos híbridos, um novo formato para a gente trabalhar. Essa percepção é importante para que as lideranças também possam fazer mudanças nas suas atividades, na forma de agir e até na cultura da empresa”, diz Renata Rivetti, diretora de Reconnect | Happiness at Work, que colaborou com a produção da pesquisa.

Em alguns países, como Reino Unido, Portugal e Estados Unidos, dezenas de empresas participaram de um experimento para medir os efeitos da mudança. No Brasil, o teste conduzido pela organização 4 Day Week começou em agosto deste ano. A jornada menor começa a ser aplicada entre o fim deste ano e o início de 2024.

Flexibilidade ganha mais relevância

O estudo, que teve apoio também da plataforma Exboss, indica que a flexibilidade é um valor que ganhou importância para os trabalhadores desde o fim do pandemia de Covid-19. Nas pesquisas de 2022 e 2023, o fator aparece como segundo entre os mais relevantes para os trabalhadores. O salário continua em primeiro lugar.

“Em três anos, o salário nunca deixou de ocupar o primeiro lugar na pesquisa. Mas coisas como metas desafiadoras e plano de carreira, que apareciam sempre na pesquisa, não aparecem mais. O topo agora tem flexibilidade e formato do trabalho como decisivos”, conta Bruna Neves, diretora-geral da WeWork Brasil.

Ao serem indagados sobre os benefícios que consideram inegociáveis, 46% destacaram a flexibilidade no modelo de trabalho. O estudo também aponta que mais da metade (55%) dos profissionais diz ter algum descontentamento em seus atuais empregos. Entre os três principais motivos estão a falta de flexibilidade (25%); o salário (14%); e a falta de processos (11%).

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