A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou maio com alta de 0,83%, ante um avanço de 0,31% em abril, informou nesta quarta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou acima do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam alta entre 0,65% e 0,76%.
A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 3,22%. Em 12 meses, o resultado foi de 8,06%, também acima das projeções dos analistas, que iam de 7,85% a 7,98%.
Os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio. A maior variação foi registrada em habitação, que subiu 1,78%, sob impacto principalmente do aumento de 5,37% na energia elétrica – o item que teve maior impacto no IPCA do mês.
No mês passado, vigorou a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Entre janeiro e abril estava em vigor a bandeira amarela, cujo acréscimo é menor (R$ 1,343).
Os preços no grupo transportes subiram 1,15% em maio, após o recuarem 0,08% em abril. Aqui, o maior impacto veio da gasolina que subiu 2,87% depois de ter recuado 0,44% em abril. No ano, o combustível acumula alta de 24,70% e, em 12 meses, de 45,80%.
Economistas do mercado financeiro preveem que o IPCA deve fechar o ano em 5,44%, segundo o Relatório de Mercado Focus, divulgado na segunda-feira, 7, pelo Banco Central. Foi a nona semana seguida de alta na expectativa.
O centro da meta de inflação para 2021 é de 3,75%, com margem de tolerência de 1,5 ponto para mais ou para menos. Assim, a meta será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. No entanto, a projeção do mercado fica cada vez mais acima desse teto.
O ESTADO DE S. PAULO