O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021. Em uma audiência na Câmara, Guedes disse que o dado “sinaliza o crescimento bastante forte da economia neste ano”.
— A economia cresceu no trimestre 1,2% na margem e 1% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Só no trimestre. O que sinaliza o crescimento bastante forte da economia neste ano. No primeiro trimestre, ela (a economia) cresceu 1% acima do primeiro trimestre do ano passado. No primeiro trimestre do ano passado ela já estava num ritmo bastante melhor do que o ano anterior, que tinha sido 1% — disse Guedes.
O ministro disse que o resultado o avanço da pandemia é resultado da vacinação contra a Covid-19 e do “aprendizado” do ano passado.
— Como a economia caiu muito fortemente na pandemia do ano passado, e neste ano o avanço da vacinação, dos protocolos, e o aprendizado de como se proteger na pandemia, estão protegendo um pouco mais a economia, é possível que nós estejamos crescendo a taxas bem maiores. A arrecadação está vindo forte — disse o ministro, lembrando que os dados da arrecadação federal têm vindo acima das previsões.
Alerta para risco hídrico
Mais cedo, em nota infomativa assinada pelas secretarias de Política Econômica e Fazenda do Minsitério da Economia, o governo comemorouApesar do bom desempenho, o Ministério da Economia alerta para o risco da crise hídrica como um entrave para a continuidade da recuperação da atividade econômica.
A avaliação é de que apesar do novo recrudescimento da pandemia da Covid-19 e da diminuição das camadas de proteção social, como o auxílio emergencial, a economia do país conseguiu encontrar um ritmo para a retomada. Isso é corroborado pelo bom desempenho da arrecadação tributária, maior taxa de poupança em meio recessão, a expansão do mercado de crédito e a recuperação do emprego formal, além do avanço da vacinação em massa.
“Já os riscos para o maior vigor da atividade são a elevação da incerteza fiscal e deterioração do processo de consolidação, aprofundamento da pandemia e o risco hídrico”, alerta nota informativa.
E acrescenta: “O baixo volume de chuvas e seu impacto na oferta de energia elétrica poderá ser um limitador da perspectiva de crescimento neste ano e está sendo observado com a atenção necessária, de forma a evitar ou mitigar os seus efeitos”.
A nota ainda destaca que uma recuperação plena da economia brasileira depende da retomada da agenda de reformas e da consolidação fiscal. “A reforma tributária, reforma administrativa, o PL de modernização do setor elétrico, as debêntures de infraestrutura, o PL de concessões e parcerias público-privadas, o PL Cambial, o novo marco de Ferrovias, e a Nova Lei de Cabotagem são exemplos de reformas necessárias ao país, que estão em discussão no Congresso Nacional e poderão atuar na simplificação tributária, na desregulamentação e na redução de custos, com o objetivo primordial de aumento da produtividade, tão necessário ao país neste momento”, diz o texto.
Recuperação da economia
Os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira mostram que o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) avançou 1,2% no primeiro trimestre de 2021 em comparação com o quarto trimestre do ano passado. É o esboço de uma trajetória de recuperação após a retração de 4,1% em 2020, em meio à pandemia da Covid-19.
Esse resultado fez com que o PIB brasileiro voltasse ao mesmo patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia. A recuperação da economia, no entanto, está muito desigual. O agronegócio e os setores mais vinculados à https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg avançam, enquanto os grandes geradores de emprego, como as atividades de serviços, ainda patinam.
O GLOBO