Após uma semana em greve para pleitear uma proposta financeira melhor sobre indenizações trabalhistas, 700 funcionários da fabricante sul-coreana de eletroeletrônicos LG, em Taubaté (SP), retomaram ontem as atividades de produção de computadores, monitores e celulares na unidade. No início do mês, LG anunciou sua saída do mercado global de celulares, após um prejuízo de US$ 4,1 bilhões com a divisão, e o fim da produção de aparelhos no país até 31 de julho. A empresa também decidiu transferir a fabricação de computadores e monitores para Manaus (AM).
Com isso, os 400 funcionários diretamente empregados na produção de celulares e 400 dedicados à unidade de computadores e monitores devem ser demitidos, enquanto outros 300 colaboradoras de área de serviços de atendimento serão mantidos.
Os trabalhadores aguardam o resultado de nova rodada de negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) e a empresa até o fim da semana. O sindicato informou que busca negociar a permanência da produção de computadores e monitores da LG em Taubaté e que o Tribunal Regional do Trabalho se comprometeu, na semana passada, “a fazer uma reunião com todos os poderes públicos, com um diretor executivo da LG com poder de decisão, para tentar reverter a situação dos monitores e notebooks”. A reunião ainda não está marcada. Procurada, a LG não comentou.
A produção de celulares da LG ainda conta com três empresas terceirizadas na região, que empregam outras 430 pessoas. As empresas BlueTech e 3C, de Caçapava (SP), e a Suntech, de São José dos Campos (SP) seguem em greve desde o dia 6 de abril.
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