A arrecadação federal de impostos ficou em R$ 180,2 bilhões em janeiro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Receita Federal. Apesar de o resultado ser superior em termos nominais, houve uma uma queda de 1,5%, descontada a inflação do período.
Segundo o Fisco, o resultado foi influenciado por pagamentos atípicos e compensações — opções que contribuintes têm de abater imposto. Sem esses fatores, a arrecadação teria crescido, afirma o órgão.
“Sem considerar os pagamentos atípicos e as compensações, haveria um crescimento real de 3,72% da arrecadação no mês de janeiro de 2021. Esse desempenho pode ser explicado pelo comportamento da economia e pelo crescimento da arrecadação do IRPJ/CSLL, especialmente, das empresas que fecharam seus balanços no mês de dezembro de 2020”, diz o relatório da Receita.
Apesar da queda em relação ao ano passado, a arrecadação em janeiro de 2021 ainda ficou acima do patamar R$ 180 bilhões, o que representa um volume superior a todos os outros anos da série histórica.
O desempenho vem na esteira do resultado ruim de 2020, quando o valor levantado com tributos foi fortemente impactado pela pandemia de Covid-19.
Com o surto do novo coronavírus, a arrecadação despencou 6,91% no ano passado, na comparação com 2019, já descontada a inflação. O governo arrecadou R$ 1,479 trilhão.
Essa queda foi reflexo do tombo na atividade econômica e das medidas de mitigação que o governo adotou para combater os impactos da pandemia da Covid-19 sobre a economia. Com menos atividade, há menos arrecadação.
O GLOBO