Diante de sinalização da nova cúpula do Legislativo de que os parlamentares poderiam definir sozinhos saída para atender a população que ficou sem apoio do Estado desde o fim do auxílio emergencial, a equipe econômica resolveu buscar soluções com técnicos do Congresso durante o feriado de Carnaval.
A pressão por uma definição, que se intensificou ontem no Parlamento, ganhou o reforço do presidente Jair Bolsonaro. Ele sinalizou que o auxílio pode valer a partir de março e, sem informar o valor, disse que o benefício terá duração de três ou quatro meses.
Ontem, os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), subiram o tom na cobrança à equipe econômica. Mais duro, Lira afirmou que o ministro Paulo Guedes precisa achar uma solução “imediata” para um novo auxílio emergencial dentro dos parâmetros definidos pelo governo federal. A equipe econômica ainda é contra o novo auxílio, mas admite que o clima político é desfavorável a essa resistência. Agora, tenta evitar que a parcela mensal seja superior a R$ 200 e que os beneficiários do Bolsa Família recebam complemento até esse teto.
Segundo Guedes, há uma saída, que envolve a inclusão da PEC do Orçamento de Guerra dentro da PEC do Pacto Federativo. “A solução para ele [Lira] pode ser entregue hoje, pode ser entregue amanhã, pode ser entregue na próxima semana”, disse em “live”. “Se botar uma PEC de Guerra dentro da PEC do Pacto [Federativo], que é um novo marco fiscal de enfrentamento de crise, você aprova isso em 10, 15 dias.”
VALOR ECONÔMICO