Em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, o número de famílias em situação de extrema pobreza registrado no Cadastro Único de programas sociais chegou a 14,058 milhões em outubro de 2020, o maior contingente desde dezembro de 2014, segundo o Ministério da Cidadania.
O aumento ocorreu a despeito do auxílio emergencial, pago a pessoas afetadas pela covid19, e é um indício de que mais brasileiros precisam de ajuda sustentada do governo para sobreviver.
A pobreza extrema hoje é caracterizada pelo governo quando a renda familiar é de até R$ 89 por pessoa. Boa parte das famílias registradas no Cadúnico nessa faixa de renda recebe o Bolsa Família. Em janeiro de 2020, antes da pandemia, o cadastro de programas sociais tinha 13,574 milhões de famílias em de extrema pobreza.
Segundo os dados do Ministério da Cidadania, metade das famílias extremamente pobres estão na Região Nordeste (mais de 7 milhões).
Especialistas têm apontado para o risco de aumento na pobreza extrema com o fim do auxílio emergencial. Inicialmente pago em parcelas de R$ 600 mensais, o benefício foi reduzido em setembro a R$ 300 até ser extinto no último 31 de dezembro.
O ESTADO DE S. PAULO