Os shoppings registraram o primeiro crescimento semanal desde o início da pandemia, impulsionado pela Black Friday. Na semana de 23 a 29 de novembro, as vendas dos centros comerciais subiram 52,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Também tiveram alta de 22,5% em relação à última semana de fevereiro (última semana de um mês antes da chegada da pandemia). Os dados foram apurados pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) em parceria com a Cielo e compõem o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).
Alerta. O aumento nos casos de coronavírus e a possível volta das limitações de fluxo nos shoppings (como ocorrido em São Paulo nesta semana), porém, acenderam a luz amarela no setor: a melhora nas vendas esteve proporcionalmente associada à quantidade de horas que os estabelecimentos puderam permanecer abertos.
Aos poucos. O crescimento nas vendas da Black Friday ainda não compensou as perdas acumuladas dos últimos meses. Entre 2 de março e 29 de novembro, elas ficaram em 46,2%. Mesmo assim, há uma recuperação gradual em andamento. Nas últimas semanas de agosto, setembro e outubro, as perdas acumuladas foram de 60,6%, 56,3% e 51,8%, respectivamente.
Otimismo. Apesar da incerteza com a segunda onda da pandemia, a expectativa de empresários é que a atividade nos shoppings mantenha a trajetória de retomada. “O pior momento já passou. Daqui pra frente vamos administrar a questão das restrições de horários de funcionamento criando alternativas”, afirma o presidente da Abrasce, Glauco Humai.
Otimismo 2. Para ele, o setor tem potencial de ganhar novo impulso com o Natal e a combinação entre oferta de crédito e demanda reprimida ao longo da pandemia.
O ESTADO DE S. PAULO