A Reforma Tributária em debate no Senado já acumulou mais de 1.300 emendas até o início de outubro, sendo o setor de serviços o principal responsável pelas sugestões de mudanças, com 170 propostas. O segmento, que inclui desde serviços comerciais até profissionais liberais e culturais, busca ajustes especialmente no cálculo do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que substituirá o ICMS e o ISS.
Ao todo, 100 emendas tratam diretamente do IBS. Outros segmentos também se destacam: o setor imobiliário apresentou 93 emendas contra a nova carga tributária, enquanto questões sobre créditos e resgates (87), alíquotas de produtos (84) e o setor de transportes (71) também receberam atenção significativa.
Segundo o economista Marcos Cintra, há um risco de um colapso econômico de longo prazo caso as medidas adotadas não sejam cuidadosamente planejadas. “Esta Reforma pode lançar o setor de serviços no pior quadro econômico que ele já viveu”, afirmou. Ele reforça a necessidade de medidas que não onerem excessivamente o setor, sob o risco de comprometer a geração de empregos e a saúde financeira das empresas.
Entre as principais reivindicações do setor de serviços terceirizáveis estão: a desoneração da folha de pagamentos para todos os setores; e a Emenda 158-U, proposta pelo senador Laércio Oliveira, que propõe a redução temporária de 30% nas alíquotas do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para empresas de serviços terceirizados.