Conflitos globais e crise climática: riscos geopolíticos influenciam cada vez mais na gestão das empresas
Conflitos globais, como a guerra na Ucrânia e as tensões entre Israel e o Hamas, além de outros riscos geopolíticos, têm um impacto direto na gestão de como as empresas produzem e gerenciam seus produtos e serviços. Por esse motivo, Julien Imbert, diretor do Boston Consulting Group (BCG), uma das maiores consultorias do mundo, destaca a necessidade de as empresas repensarem suas cadeias produtivas. De acordo com o diretor, o modelo tradicional, focado apenas na redução de custos e na busca por eficiência, enfrenta obstáculos ainda maiores devido a conflitos globais e eventos climáticos extremos, como guerras, secas e enchentes. O especialista ressalta que os choques recentes revelaram fragilidades estruturais em várias indústrias, do setor automotivo ao agronegócio, e defende que as empresas adotem ferramentas para monitorar riscos em tempo real. “A gestão proativa é essencial para evitar impactos severos, como interrupções de produção por falta de componentes críticos”, afirma. O especialista cita a Apple como exemplo, que está diversificando sua produção com fornecedores fora da China, como na Índia. “Essa movimentação visa reduzir vulnerabilidades em situações de risco político ou climático”, acrescenta. Clique aqui para ler mais
Pesquisa inédita mostra o custo da insegurança jurídica na área trabalhista
A insegurança jurídica no campo trabalhista, resultante de leis ambíguas e decisões judiciais de caráter subjetivo, figura como um dos maiores entraves aos investimentos e à geração de empregos de qualidade no Brasil. Esse ambiente instável impõe custos elevados não apenas às empresas, mas também ao setor público, impactando diretamente os preços de bens e serviços consumidos pelos trabalhadores. De acordo com um estudo inédito da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que analisou dez casos reais, os impactos financeiros dessa incerteza jurídica ultrapassam a marca de R$ 9 bilhões. A raiz do problema está na discrepância entre decisões judiciais, que frequentemente divergem ou até contradizem a legislação vigente. Esse cenário não só agrava os custos financeiros para as empresas como também revela uma relação desproporcional entre as despesas impostas e os benefícios sociais gerados. Como consequência, mesmo as empresas que seguem rigorosamente as leis enfrentam uma sobrecarga financeira decorrente da falta de segurança jurídica, dificultando sua competitividade e aumentando os desafios para o crescimento sustentável do setor produtivo no País. O estudo foi conduzido por José Pastore, presidente do Conselho de Emprego e Relações de Trabalho, em parceria com o Conselho Superior de Direito, presidido pelo jurista Ives Gandra Martins, ambos órgãos da Entidade. Com o apoio de ferramentas de jurimetria da Data Lawyer, o levantamento, realizado por um grupo de trabalho multidisciplinar, analisou o alcance e os custos de dez casos específicos, ilustrando como o “voluntarismo” judicial afeta o ambiente trabalhista no Brasil, gerando despesas significativas para as empresas, os trabalhadores e o Erário. Clique aqui para ler a matéria na íntegra