Reforma tributária tem de ser prioridade para futuro governo, dizem executivos
Redução do gasto público e atenção com a educação são as outras questões mais importantes a serem atacadas pela administração eleita, aponta pesquisa A economia brasileira não precisa de muitos ajustes, mas carece com certa urgência de uma reforma tributária, redução do gasto público e atenção com a educação. Esses três temas dominaram as respostas múltiplas de uma pesquisa inédita com 154 líderes empresariais de todo o país. Divulgado com exclusividade para o Valor, o levantamento, feito pelo grupo Empreenda, mostra que a reforma tributária, tema que há anos desponta como preocupação central de empresários e executivos, segue firme como tema mais relevante para os negócios. Na resposta sobre as três questões mais importantes a serem atacadas pelo governo que assume em janeiro, 76,1% dos respondentes apontaram a reforma tributária como principal – seguida pela redução do gasto público (49%) e por um pacto nacional pela educação (40%). O intenso debate sobre a situação das contas públicas no ano que vem também é um dos aspectos que mais chamam a tenção dos entrevistados. A aprovação de um nova política fiscal é considerada na pesquisa o segundo maior desafio do governo de Luís Inácio Lula da Silva, com 23,9% das respostas. O tema fica atrás somente do aperto na economia internacional e a consequente desaceleração da atividade global (33,5%), mas à frente da preocupação com juros elevados (20,6%) e inflação acima da meta (12,9%). A baixa produtividade da economia brasileira é preocupação revelada por apenas 9% dos entrevistados no levantamento. “A falta de um plano estratégico para o país, associado com as inúmeras incertezas no ambiente econômico-social, é o principal fator que está tirando o sono dos líderes empresariais brasileiros”, comenta César Souza, presidente do Grupo Empreenda. Questionados sobre o lhes “tira o sono como líder”, os respondentes apontaram aspectos como a governabilidade do país, inovação na empresa e desenvolvimento de líderes estão também entre as mais relevantes, todas com 33% a 38% das respostas. Mas os rumos do país aparecem na preocupação da maior parte: 54,8% responderam que falta um plano estruturado para o Brasil, ao passo que 47,7% apontaram as incertezas macroeconômicas como principal preocupação. Ainda assim, há um discreto otimismo em relação ao próximo ciclo econômico de 2023 a 2025. Os que consideram que será melhor ou muito melhor somam quase 40%. Para 22,6% tudo permanecerá igual, enquanto 38% apostam em um período pior ou muito pior. Segundo o grupo Empreenda, a pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 12 de dezembro em todas as regiões brasileiras, com CEOs, presidentes de conselhos e diretores de unidades de negócio de multinacionais e empresas brasileiras (incluindo familiares) de grande e médio porte, de capital aberto e fechado, bem como start-ups. O questionário também envolve questões internas, como a preocupação com governança, sustentabilidade, digitalização e futuro dos negócios. Participaram da consulta setores como indústria, varejo, agronegócio, https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg, saúde, educação, logística, serviços, finanças e construção. https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/12/21/reforma-tributaria-tem-de-ser-prioridade-para-futuro-governo-dizem-executivos.ghtml
Modelo de negócio é inviável com entregador CLT, diz diretor do iFood
Para João Sabino, diretor do iFood, a maior parte dos entregadores não deseja ter vínculo empregatício com a plataforma de delivery BIANCA ALVARENGA Melhorar as condições de trabalho de entregadores e motoristas de plataformas de delivery, como iFood, e de aplicativos de transporte, como Uber, é uma demanda que volta e meia está no noticiário. Sem poder contar com qualquer tipo de proteção social e com jornadas extensas, ele estão fora do mercado de trabalho tradicional. Mas não se pode matar o modelo com camisas-de-força que o inviabilizem. Para João Sabino, diretor de políticas públicas do iFood, é urgente e necessária a aprovação de uma regulamentação do trabalho de entregadores e motoristas no Brasil. O iFood é a maior plataforma de delivery de refeições e produtos do mercado local, com cerca de 250 mil entregadores ativos. Se considerarmos todos os que já fizeram cadastro e trabalharam em algum momento no aplicativo, são cerca de 1 milhão de brasileiros — que, sem essas empresas, teriam ficado desempregados e sem fonte de sustento. “Entendemos que precisamos discutir a inclusão previdenciária dessas pessoas, o estabelecimento de ganhos mínimos e a melhora da transparência entre aplicativo e entregadores, principalmente no quesito de precificação e remuneração. Há uma série de coisas que precisam avançar, mas da forma correta”, diz Sabino, em entrevista exclusiva ao Metrópoles. O executivo diz que a empresa discute desde 2019 como melhorar as condições de trabalho de seus entregadores e garantir a sustentabilidade da plataforma. O iFood e outras empresas que fazem parte da Amobitec (associação que representa também a Uber, 99 e ZéDelivery) defendem a inclusão dos seus “parceiros” em um modelo que não seja o do vínculo empregatício e nem o de empreendedor individual. A definição exata de como será a relação de trabalho dos entregadores deverá vir em negociações com o Congresso e, principalmente, com o novo governo. Durante a campanha, Luiz Inácio Lula da Silva falou, em mais de uma ocasião, em “legalizar” a profissão dos entregadores. “O povo quer e precisa de trabalho decente. Não quer fazer bico ou biscate, entregar comida sem ter direito a descanso semanal remunerado, férias e recesso no Natal e Ano Novo”, afirmou Lula, durante um comício em setembro, em São Paulo. Para Sabino, a formalização dos entregadores traria problemas de continuidade da prestação de serviços pelas plataformas. “O modelo de negócios do iFood não será viável se inserirmos esses trabalhadores no modelo de formalidade existente no Brasil. A dinâmica de trabalho dos entregadores é oposta ao que estabelece a CLT, principalmente no que diz respeito à flexibilidade de horários”, afirma o diretor de políticas públicas do iFood. Leia abaixo a entrevista completa: Como você vê as discussões para regulamentar a profissão dos entregadores de aplicativos? O iFood enxergou em 2019, antes da pandemia, que o modelo de trabalho de entregadores e motoristas traria um grande debate sobre a relação entre capital e trabalho. Começamos a nos planejar para isso, montamos uma área de políticas públicas dentro da empresa, com diversas verticais de atuação – desde o debate com parlamentares e formuladores de leis até grupos de trabalho para ouvir o que desejam nossos entregadores. E o que desejam esses trabalhadores? Pesquisas mostram que dois em cada três entregadores do iFood não querem ser inseridos na CLT. Mas, para nós, isso não é um ponto final na discussão, sim um ponto de partida. Somos uma empresa local, temos uma grande operação no mercado brasileiro e, acima de tudo, temos responsabilidade social com o país e com o ecossistema de entregadores. Entendemos que precisamos discutir a inclusão previdenciária dessas pessoas, o estabelecimento de ganhos mínimos e a melhora da transparência entre aplicativo e entregadores, principalmente no quesito de precificação e remuneração. Há uma série de coisas que precisam avançar, mas da forma correta. O que seria um avanço prudente, nesse caso? Temos 250 mil entregadores ativos, que fazem pelo menos uma entrega por mês. A forma com que esses parceiros distribuem o tempo de trabalho é diversa. Temos, por exemplo, entregadores que saíram da plataforma agora em dezembro, pois conseguiram trabalho no comércio, que abre muitas vagas no final do ano. Depois, boa parte deles voltará a atuar na plataforma. É comum que um trabalhador nosso seja entregador, motorista de aplicativo e que faça outros bicos, tudo ao mesmo tempo. São atuações concomitantes, 70% deles trabalham por até 3 horas por no dia no iFood e faz o restante das horas de trabalho em outras coisas. Eu estou dizendo tudo isso para mostrar que a flexibilidade é um ponto essencial para essas pessoas. Muitos dos nossos entregadores priorizam a plataforma porque não querem ter um horário e uma rotina fixa, não querem ter um patrão e querem programar a própria rotina. Muitos fazem isso também porque não conseguem se manter com apenas um emprego. Como equacionar a remuneração dos trabalhadores? Mesmo nossos entregadores que trabalham até 3 horas por dia na plataforma têm uma remuneração que representa uma vez e meia o valor-hora de um trabalhador que ganha um salário mínimo. Os que trabalham por mais tempo e todos os dias ganham ainda mais do que isso. Isso não significa, no entanto, que esses entregadores não devam contar com uma rede de seguridade social, como a possibilidade de se aposentar, de receber auxílio-doença e até de sair em licença maternidade, para o caso das trabalhadoras. Sabemos que, para isso, será necessária uma nova regulação. Qual seria o modelo ideal dessa nova regulação? Estamos discutindo e observando outros países que já tentaram regulamentar os trabalhos da nova economia. A conclusão é que, até aqui, nenhuma iniciativa se mostrou perfeita e não há nenhum modelo que possa ser replicado. Na Índia, por exemplo, houve a determinação de que os trabalhadores fossem incluídos no sistema previdenciário. Um ano depois, fomos ver o que aconteceu lá e chegamos à conclusão de que não funcionou, porque os governos locais não regulamentaram a lei aprovada pelo governo central. Aí olhamos para o modelo espanhol, que estabeleceu o vínculo empregatício entre entregadores
Comércio paulista gera 78 mil novos postos de trabalho até outubro
Apesar da constância, segmento registra queda de 40% do saldo positivo, na comparação anual, aponta FecomercioSP O comércio no Estado de São Paulo foi responsável pela geração de 78 mil novos postos de trabalho em dez meses. Dentre as divisões do setor, o varejo lidera, com 35.962 vagas celetistas – 893.574 admissões contra 857.612 desligamentos, entre janeiro e outubro de 2022. Atualmente, são 2,807 milhões de vínculos empregatícios ativos no setor. Os dados são da Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP), índice da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A despeito da constância no ritmo de geração de vagas neste ano, na comparação entre janeiro e outubro de 2022 e 2021, notam-se quedas no crescimento do mercado de trabalho de comércio e serviços de 40% e 8%, respectivamente. SAIBA DE OUTROS ASSUNTOS IMPORTANTES PARA OS NEGÓCIOS PIB cresce 0,4% na quinta alta seguida, mas perde fôlego; ouça análiseStartup de entregas rápidas oferece valores acessíveis e serviços personalizados a empresas e pessoas físicasBoticário: o desafio de conectar e integrar mais de 4 mil lojas Para o último trimestre de 2022, por enquanto, a FecomercioSP espera que o varejo paulista novamente circunde a geração de 45 mil postos de trabalho com carteira assinada. O setor deve alcançar, portanto, um patamar próximo ao registrado no quarto trimestre de 2021, quando a divisão criou 47,5 mil empregos no Estado. Cenário Segundo a Entidade, o desempenho menos dinâmico em 2022 era esperado, principalmente no comércio, uma vez que há comparação com a base forte de 2021, marcada pela retomada econômica pós-pandemia. Além disso, a conjuntura de consumo das famílias foi desafiadora graças à inflação elevada, ao crédito mais caro e aos níveis mais preocupantes de endividamento e inadimplência. Outubro Em outubro, o comércio paulista viu o seu mercado crescer pelo sétimo mês consecutivo. Foram 14.192 empregos celetistas a mais, saldo entre 123.901 admissões e 109.709 desligamentos. O resultado positivo é 8,8% maior em relação ao resultado de setembro. Comparando-se a outubro de 2021, o saldo é 26,2% menor. Dentre as três divisões que formam o segmento, o varejo gerou 10.126 vagas, ao passo que o atacado foi responsável pela geração de 3.084 postos formais de emprego. Já a divisão de comércio e reparação de veículos automotores foi responsável por 982 empregos. Serviços Entre janeiro e outubro de 2022, o setor de serviços no Estado de São Paulo registrou a criação de 367.685 novos empregos, índice aquecido pelos grupos de serviços educacionais (55.876 empregos), serviços de alojamento e alimentação (49.430 vagas) e administrativos e complementares (47.919 postos). Dentre os segmentos de cada uma das divisões, chama a atenção o desempenho das educações infantil e fundamental, com saldo positivo de 35.372 empregos. Bares e restaurantes contabilizaram 32.789 novos postos laborais, enquanto nos serviços para edifício e atividades paisagísticas, foram 13.743 vagas. Assim como observado no comércio, o saldo de movimentação da mão de obra nos serviços paulista, no mês de outubro, foi maior do que o registrado em setembro, mas menor na comparação com o décimo mês de 2021. Capital Na capital paulista, o comércio gerou 4.332 empregos celetistas em outubro, resultado de 35.665 admissões e 31.333 desligamentos. É o nono avanço mensal consecutivo. Dentre as três divisões comerciais, o varejo liderou (2.988 vagas positivas), puxado pelos hipermercados e supermercados (911 empregos). No ano, são quase 27 mil novos empregos com carteira assinada geradas no comércio paulistano. Novamente, destaque para a divisão varejista, com 13.158 novas vagas – número impulsionado pelo segmento varejista de padarias, laticínios, doces, balas e semelhantes (2.291 vagas). Já o setor de serviços gerou quase 18 mil vagas em outubro, na cidade de São Paulo. Mais uma vez, serviços administrativos e complementares encabeçaram as contratações com carteira assinada (10.357 vagas). Em dez meses, o setor aumentou a empregabilidade em 139.193 postos de trabalho. Em 13 das 14 divisões do setor houve saldo positivo de vagas. https://www.fecomercio.com.br/noticia/comercio-paulista-gera-78-mil-novos-postos-de-trabalho-ate-outubro-1
Rendimento de trabalho em home office sobe 53% desde o início da pandemia – e ganha do presencial
À medida que o home office ganhou maior adesão, a quantidade de trabalhadores na modalidade subiu para então se estabilizar no patamar de 6 milhões. Por Marta Cavallini, g1 O número de profissionais em home office no 3º trimestre deste ano estava em 6,53 milhões. Já o rendimento médio desses trabalhadores ficou em R$ 3.009,88. De acordo com levantamento do economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, feito com base na Pnad do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor médio do rendimento dos brasileiros ocupados em home office no 3º trimestre é o segundo maior desde 2018 – só perde para o 2º trimestre de 2021, quando registrou uma média de R$ 3.052,45. O levantamento do economista leva em conta dados desde o primeiro trimestre de 2018, quando o IBGE começou a divulgar números referentes ao home office no país. De acordo com o estudo de Imaizumi feito a partir dos microdados do IBGE, o maior valor do rendimento médio coincide com o período em que houve a maior proporção de profissionais em home office (leia mais abaixo). Desde o 2º trimestre de 2021, os rendimentos de quem está em home office vêm se mantendo acima dos demais trabalhadores. Veja outros dados do levantamento: Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, logo antes do início da pandemia, o rendimento dos trabalhadores em home office cresceu 53,6%Em relação ao 3º trimestre de 2018, o aumento no rendimento foi de 66%Em relação ao mesmo período de 2019, o avanço foi de 56,5%Já em relação ao 3º trimestre de 2020, a alta foi de 29,4%Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, o rendimento cresceu 4% Já a massa de rendimento real (soma dos rendimentos recebidos de todos os ocupados) dos trabalhadores remotos estava em R$ 19,64 bilhões no 3º trimestre deste ano, maior valor em 4 anos. A alta é de: 192% em relação ao mesmo trimestre de 2018 (R$ 6,72 bilhões),135% ante 2019 (R$ 8,36 bilhões),77% sobre 2020 (R$ 11,1 bilhões), e de4,3% em relação ao ano passado (R$ 18,8 bilhões).Na comparação com o 1º trimestre de 2020 (R$ 8,5 bilhões), o avanço é de 130,6%. “O pós-pandemia mudou o perfil das pessoas que trabalham remotamente. Está associado sobretudo a pessoas mais qualificadas e, consequentemente, melhor remuneradas, principalmente em atividades em que a presença física não é exigida, como em áreas de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg, atividades financeiras, informação e comunicação”, diz Imauzumi. Número de trabalhadores fica no patamar de 6 milhões De acordo com o estudo, houve aumento de 76,3% no número de trabalhadores em home office em comparação com o 3º trimestre de 2018. À medida que o home office ganhou maior adesão, a quantidade de trabalhadores na modalidade subiu, para então se estabilizar no patamar de 6 milhões. Em relação ao 3º trimestre de 2019, o número de profissionais trabalhando em casa subiu 50%. O avanço diminuiu para 36,6% em relação ao mesmo período de 2020 e para apenas 0,3% em comparação a 2021. Já em relação ao trimestre terminado em março de 2020, que foi quando começou a pandemia, o aumento foi de 50,1%. Em comparação com o 2º trimestre deste ano, o avanço foi de apenas 1,04%. O pico no número de profissionais em home office foi no último trimestre de 2021: 6,59 milhões. O terceiro trimestre deste ano teve o 2º maior número em quatro anos. Desde o 2º trimestre de 2021, está no patamar de 6 milhões de trabalhadores. Já a proporção de trabalhadores em home office dentro do total de ocupados é atualmente de 6,7%. O pico foi alcançado no 2º trimestre de 2021: 7,37%. Home office se concentra em profissionais qualificados Pesquisas anteriores mostraram que o home office se concentra em profissionais qualificados e com maiores níveis de instrução, o que corrobora a análise de Imaizumi. Um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre) mostrou que menos de 1 em cada 5 trabalhadores brasileiros tinham condições para trabalhar no regime de home office. De acordo com a pesquisa, o trabalho remoto efetivamente adotado atingiu um pico de 10,4% do emprego durante a pandemia, número relativamente baixo e que pode indicar que o potencial seja ainda mais baixo. O potencial de trabalho aumenta com a escolaridade: 52,9% para trabalhadores com ensino superior completo, ao passo que é de apenas 1,5% para trabalhadores sem instrução e com fundamental incompleto, e de 4,6% para quem tem fundamental completo e ensino médio incompleto. Já outro levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que o trabalho remoto predomina entre mulheres (58,3%), pessoas brancas (60%), com nível superior completo (62,6%) e na faixa etária entre 20 e 49 anos (71,8%). Segundo o Ipea, enquanto as ocupações com potencial de serem realizadas de forma remota representavam 24,1% da força de trabalho, elas eram responsáveis por 40,4% da massa de rendimentos total (soma dos rendimentos recebidos de todas as pessoas ocupadas). Além disso, pesquisas mais recentes mostram que a adesão ao trabalho remoto se estabilizou nos últimos meses, mas o setor de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg é o que mais tem aderido à modalidade. Isso porque a própria atividade possibilita que o profissional possa trabalhar de casa e também é uma forma de atrair profissionais em meio à dificuldade de contratação de mão de obra especializada. O setor financeiro vem em segundo lugar. Dentro dos anúncios das vagas de emprego, as que trazem home office na descrição não passam de 10%. https://g1.globo.com/trabalho-e-carreira/noticia/2022/12/20/rendimento-de-trabalho-em-home-office-sobe-53percent-desde-o-inicio-da-pandemia-e-ganha-do-presencial.ghtml
Saiba quais áreas tiveram maior aumento salarial em 2022
Levantamento conduzido pela consultoria Michael Page revela os cargos que tiveram melhor remuneração neste ano Por Fernanda Gonçalves, Para o Valor Uma pesquisa mostrou que, em 2022, sete em cada dez cargos apresentaram aumento salarial acima da inflação. O estudo foi realizado pela Michael Page, consultoria especializada em recrutamento de média e alta gerência, e obtido com exclusividade pelo Valor. Quanto ganham os fundadores de startups no BrasilCFOs estão mais preparados para serem CEOsA vida pós burnout: como fazer a transição de CEO a conselheira Ao todo, foram entrevistados 20 mil profissionais de todo o Brasil e 903 cargos tiveram suas remunerações analisadas. As posições que tiveram maior aumento salarial foram coordenador de project owner em fintechs (aumento de 55,2% em relação ao ano anterior), analista de sistemas junior (43%) e desenvolvedor na área de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg (39%). O levantamento também avaliou as variações salariais de 15 segmentos, sendo que 12 demonstraram aumento na média das remunerações. Fazem parte da lista os setores de seguros, jurídico, saúde, agro, bancário, RH, secretarial, logística, engenharia, TI, financeiro e marketing. Já os salários das áreas de vendas, varejo e imobiliário se mantiveram estáveis de um ano para o outro. De acordo com Lucas Toledo, diretor executivo do PageGroup (empresa da qual a Michael Page faz parte), os aumentos em determinados cargos aconteceram por uma questão de oferta e demanda, e ele acredita que o cenário continue assim nos próximos meses. “Em alguns mercados, determinadas demandas foram mais fortes. Isso revela uma tendência de posições aquecidas”. Em contrapartida, alguns cargos apresentaram quedas salariais significativas, como gerente de planejamento financeiro (-23%) e diretor de unidade de negócio do setor de mídia e publicidade (-25%). “Aquelas posições que têm um crescimento abaixo da inflação, normalmente são relacionadas a setores que estão tendo redução do número de empregados ou menor demanda de mercado. Hoje em dia são poucas porque temos uma recuperação pós-pandemia que acabou gerando um volume de vagas”, afirma Toledo. “Áreas que estão mais relacionadas a serviços de baixa questão tecnológica ou que exigem menos especialização, normalmente sofrem mais em momentos de retração econômica. E, quando os juros sobem, alguns segmentos relacionados ao consumo e à construção civil mais popular tendem a não aquecer tanto, porque dependem diretamente de investimentos”, destaca. Análise dos cargos por setor e o percentual de profissões contempladas pela remuneração em alta ou estável: Em alta Setor Percentual de cargos que tiveram aumentoSeguros 100%Jurídico 100%Saúde 100%Agro 100%Bancário 94%RH 86%Secretarial 84%Logística 80%Engenharia 78%TI 68%Financeiro 58%Marketing 48% Fonte: Estudo de Remuneração Michael Page 2023 Estável Setor Percentual de cargos que tiveram aumentoImobiliário 51%Varejo 39%Vendas 38% Fonte: Estudo de Remuneração Michael Page 2023 https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/12/16/saiba-quais-areas-tiveram-maior-aumento-salarial-em-2022.ghtml