Serviços avança em setembro
A Pesquisa Mensal de Serviços (IBGE) avança e tem novo crescimento em agosto. O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,9% em setembro de 2.022, diante de um avanço de 0,7% em agosto de 2.022. No ano, a alta acumulada passou de 8,4% em agosto para 8,6% em setembro, mantendo a trajetória ascendente. O setor de serviços, em particular, registra boa recuperação em relação ao período da pandemia. Em setembro, atingiu o nível mais alto da série histórica, ultrapassando o recorde anterior de 2014, além de ficar 11,8% acima do patamar de fevereiro de 2020, no imediato pré-pandemia. O desempenho do mês de setembro segue reforçando a participação relevante do setor de serviços para a composição do PIB de 2022. Assim, apesar da desaceleração esperada para a atividade econômica no segundo semestre deste ano, diante do quadro de aperto monetário, o setor de serviços tem se mostrado resiliente. Entre os fatores que têm favorecido essa dinâmica encontram-se as medidas contracíclicas promovidas pelo governo federal, que seguem favorecendo o consumo das famílias. Contudo, vale ressaltar que para 2023, haja vista a combinação de incertezas domésticas e a desaceleração do crescimento global, há fatores que pesam sobre a perspectiva do crescimento da economia.
Diversidade racial nas empresas perdeu força, aponta índice
Levantamento feito pela Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial mostrou desempenho pior quase todas às políticas favoráveis à presença de mais funcionários negros Por Marcos de Moura e Souza — De São Paulo Políticas favoráveis à presença de mais funcionários negros em empresas que operam no Brasil parecem ter perdido um pouco de força neste ano. Um levantamento feito pela Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial mostrou um desempenho pior das empresas em relação ao ano passado em quase todos os quesitos avaliados. A Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial reúne 67 entidades e empresas e foi criada pela Faculdade Zumbi dos Palmares e a ONG Afrobrás, duas instituições tradicionais de São Paulo que atuam na defesa de direitos da população negra e na pauta antirracista. Neste ano, o Índice de Equidade Racial nas Empresas (IERE) reuniu informações de 48 empresas. Na edição de 2021, 42 empresas participaram. “Os resultados mostram que a gente está mais ou menos na mesma página há uns 30 anos”, diz Raphael Vicente, diretor-geral da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial. Ele se refere à presença de homens e mulheres negros em posições médias e em posições de comando nas empresas e em seus conselhos, a políticas de contratação e capacitação, entre outras medidas voltadas a ampliar a diversidade racial nas companhias privadas. Vicente aponta avanços, especialmente em empresas de maior porte. Mas lembra que um retrato comum ainda inclui companhias que muitas vezes aparecem entre as melhores para se trabalhar e onde não há, por exemplo, uma mulher negra sequer em cargo de destaque. “Há uma dificuldade em romper esse cenário.” Ele nota que as ações afirmativas nas universidades públicas e no serviço público começaram antes e mostram hoje resultados muito mais efetivos do que as políticas adotadas pelos empregadores privados. O IERE deste ano computou informações sobre a participação de funcionários em indústria, empresas de serviços financeiros, consultorias, varejo, entre outros setores. Das 48 empresas pesquisadas, 38 delas possuem mais de mil funcionários. Os organizadores destacam que existem limitações nas comparações entre as edições de 2022 e de 2021. É que alguns temas analisados neste ano passaram a ter mais peso e além disso houve mudança de perfil de algumas das empresas participantes. Para permitir, no entanto, um paralelo entre as duas edições do índice, os organizadores fizeram ponderações nas médias das notas dos seis temas analisados no ano passado levando em conta as mudanças da pesquisa deste ano. E a conclusão é que a média geral do índice caiu de 4,30 em 2021 para 4,02 em 2022. Todos os quesitos pioraram, exceto o que diz respeito ao recrutamento de novos funcionários negros. Os outros quesitos avaliados foram: recenseamento empresarial que considere o corte racial dos trabalhadores; conscientização sobre o valor da equidade racial; capacitação; ascensão de funcionários negros; e publicidade e engajamento à pauta da equidade racial. Na apresentação do índice, a Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial afirma que: “Quanto mais claro for para as empresas o que tem sido implementado pelo restante do mercado e o que são, de fato, boas práticas em termos de ações afirmativas, bem como quanto mais evidente for o ganho econômico-financeiro da diversidade, mais efetivo será o combate ao racismo estrutural”. A Iniciativa Empresarial ao lado do Movimento pela Equidade Racial (Mover) realizam a segunda edição do Fórum Internacional Empresarial pela Equidade Racial, em São Paulo. O evento termina hoje. https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/11/18/diversidade-racial-nas-empresas-perdeu-forca-aponta-indice.ghtml
O que é ‘mentalidade de crescimento’ e por que empregadores a valorizam cada vez mais
Os empregadores afirmam há muito tempo que os profissionais precisam ter mentalidade de crescimento. Mas, agora, este é um atributo mais importante do que nunca. Por BBC Com as mudanças drásticas que têm ocorrido no mercado de trabalho, nunca houve uma época melhor para que os funcionários cultivem técnicas que irão ajudá-los a enfrentar melhor os desafios do ambiente profissional. É por isso que vem ganhando cada vez mais importância a ideia da “mentalidade de crescimento” – a crença de que os profissionais são capazes de melhorar ativamente suas capacidades, em vez de se considerarem capazes ou incapazes, de forma inata, de realizar certas tarefas. Mas dominar essa mentalidade do “poder fazer” pode ser mais difícil do que parece. É preciso enfrentar dificuldades com serenidade , aprender com as críticas e persistir frente às dificuldades. Mesmo se acreditarmos que desenvolver essa tenacidade vale a pena, as dúvidas e os medos, na prática, podem nos dominar. “Temos a tendência natural de acreditar nas nossas emoções”, segundo a psicóloga Elaine Elliott-Moskwa, de Princeton, em Nova Jersey (Estados Unidos), autora do livro The Growth Mindset Workbook (“Livro de exercícios sobre a mentalidade de crescimento”, em tradução livre). Para ela, “quando alguém diz ‘acho que não sou bom o bastante’, esse sentimento é muito poderoso, embora seja [apenas] uma crença sobre as suas habilidades”. O princípio da mentalidade de crescimento é aprender a superar os sentimentos de incapacidade ou inadequação face aos obstáculos, reconhecendo neles uma oportunidade de aprender. E o cultivo desta abordagem pode trazer profundos benefícios. Funcionários com mentalidade de crescimento podem fazer uso de habilidades valiosas para gerenciar o estresse, formar relacionamentos de apoio com os colegas, lidar com os fracassos e desenvolver atributos que os ajudarão nas suas carreiras. O que é a mentalidade de crescimento? A mentalidade de crescimento surgiu pela primeira vez em 1988 como teoria relacionada à educação. “Ela se referia ao motivo dos fracassos das crianças inteligentes frente às dificuldades, apesar das suas capacidades reais”, afirma Elliott-Moskwa. A ideia era que a postura dos estudantes ao encarar um desafio era um fator determinante para o sucesso, não a sua capacidade inata. Em outras palavras, nossas ideias sobre a nossa capacidade de fazer alguma coisa podem ter impacto significativo sobre o resultado de uma tarefa. A psicóloga Carol Dweck, professora da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, resumiu o conceito em duas abordagens que podem determinar os resultados: a “mentalidade fixa” e a “mentalidade de crescimento”. “A mentalidade fixa é a ideia de que as suas capacidades são altas ou baixas e que não há muito que você possa fazer para mudar isso”, segundo Elliott-Moskwa, “enquanto a mentalidade de crescimento é a visão de que as suas capacidades são maleáveis ou podem ser alteradas”. Embora algumas pessoas possam inclinar-se mais para uma forma do que para a outra, elas não têm uma mentalidade fixa ou de crescimento definida para todos os problemas. Na verdade, abordar um desafio com mentalidade de crescimento e não fixa é uma escolha que qualquer pessoa pode fazer. Mas, para muitos, os momentos de dificuldade frequentemente impulsionam a mentalidade fixa. Elliott-Moskwa afirma, por exemplo, que, quando as pessoas recebem críticas de um chefe ou têm dificuldades com uma nova tarefa, elas podem ter sensação de inadequação. Nestas situações, a reação de mentalidade fixa pode ser “não sou bom o suficiente” ou “não consigo fazer”, segundo ela. Por outro lado, a mentalidade de crescimento traz uma conduta diferente na mesma situação. Pessoas com esse tipo de mentalidade não interpretam esses momentos como fracassos pessoais, mas sim reconhecem a necessidade de melhorar. Fundamentalmente, as pessoas que trabalham com mentalidade de crescimento acreditam que são capazes de melhorar e de dividir as dificuldades em etapas menores que podem ser alcançadas. Isso significa sair da zona de conforto e aceitar um certo nível de risco, incerteza e a possibilidade de fracasso decorrente de tentar algo novo. “Parece um pouco desconfortável e também um pouco estimulante”, afirma Isabella Venour, coach de mentalidade de Londres, que ajuda os profissionais a compreender o papel desempenhado pelas suas crenças, valores e padrões de pensamento no ambiente de trabalho. Para Venour, “você corre algum risco de que as coisas possam dar errado, mas também tem o potencial de aprender algo e de crescer como indivíduo”. Por que a mentalidade de crescimento é importante atualmente? A conduta confiante é sempre bem-vinda no mercado de trabalho. Ela demonstra que os profissionais são adaptáveis e estão dispostos a evoluir nos seus empregos e nas empresas. Mas incentivar a mentalidade de crescimento é importante para ajudar os funcionários a enfrentar turbulências e aumentar sua resiliência, à medida que eles ficam mais confiantes e capazes de lidar com dificuldades. Isso é essencial em um momento em que muitos funcionários estão enfrentando questões de bem-estar causadas pela pandemia. O Relatório do Estado do Mercado de Trabalho em 2022, elaborado pelo instituto de pesquisas Gallup, demonstrou que o estresse entre os profissionais em todo o mundo vem crescendo de forma consistente desde o início da pandemia, em 2020. Uma pesquisa global similar do Projeto Bem-Estar, com sede em Londres, demonstrou que, em 2022, a resiliência dos profissionais é particularmente baixa e o risco de burnout persiste, especialmente entre os que não ocupam cargo de gerência. “As pessoas estão sendo ‘esticadas ao máximo’ à medida que as pressões do trabalho e da vida pessoal estão se sobrepondo”, afirma Venour. “Os líderes das empresas estão observando que seus funcionários estão tendo dificuldade para lidar com os desafios do dia a dia.” A mentalidade de crescimento fornece não apenas um ordenamento para lidar com as dificuldades, mas uma forma de dividir essas dificuldades em etapas gerenciáveis. “Muitas vezes, se sentirmos pressão quando não estamos em uma mentalidade de crescimento, nossa tendência é nos concentrarmos no que não conseguimos controlar”, afirma Venour. “É muito mais útil concentrar-nos no que podemos influenciar.” Isso começa com a identificação das capacidades pessoais que os profissionais podem empregar, para só depois elaborar um plano para melhorar as
Mendonça interrompe julgamento sobre contrato de trabalho intermitente
Ministro pediu destaque. Agora, o caso será levado ao plenário físico. O ministro André Mendonça, do STF, pediu destaque e interrompeu o julgamento virtual que discutia a constitucionalidade do contrato de trabalho intermitente introduzido pela reforma trabalhista de 2017. Agora, a discussão será levada ao plenário físico, em data a ser definida. Antes da suspensão do caso, haviam votado os ministros Edson Fachin (relator) e Rosa Weber. Fachin votou pela inconstitucionalidade do trabalho intermitente e foi acompanhado com ressalvas por Rosa, que não juntou voto escrito ao sistema. No entendimento do relator, os dispositivos da reforma trabalhista não observam as garantias fundamentais mínimas do trabalhador e promovem a instrumentalização da força de trabalho humano, além de ameaçar a saúde física e mental do empregado. [(Imagem: Carlos Moura/SCO/STF)] Mendonça interrompe julgamento sobre contrato de trabalho intermitente.(Imagem: Carlos Moura/SCO/STF) Ação A ação foi ajuizada pela Fenepospetro – Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo para questionar dispositivos da chamada reforma trabalhista que preveem o contrato de trabalho intermitente. De acordo com a entidade, o trabalho intermitente é um contrato em que a prestação de serviço, com subordinação, não é contínua, ocorrendo alternadamente períodos de trabalho e de inatividade, podendo ser determinado por hora, dias e meses, sem jornada fixa. Muito embora tenha sido introduzido no ordenamento jurídico sob o pretexto de ampliar a contratação de trabalhadores em um período de crise que assola o país, a Federação entende que, na realidade, o contrato intermitente propicia a precarização da relação de emprego. Vai e volta O caso começou a ser julgado em plenário físico em dezembro de 2020. Na ocasião, votou o relator Fachin, além dos ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Os dois últimos no sentido de validar esta modalidade de trabalho. Em seguida, Rosa Weber pediu vista. Agora em 2022, o processo foi retomado em plenário virtual e suspenso novamente por pedido de destaque de André Mendonça. Ainda não há uma nova data para o julgamento. Processo: ADIn 5.628 https://www.migalhas.com.br/quentes/377110/mendonca-interrompe-julgamento-sobre-contrato-de-trabalho-intermitente
Quase 3 em cada 10 desempregados ainda seguem em busca de trabalho há mais de 2 anos, mostra IBGE
País encerrou o terceiro trimestre com 9,46 milhões de desempregados, dos quais 2,57 milhões tentam se recolocar no mercado há mais de dois anos (pelo menos desde setembro de 2020). Cerca de 4,3 milhões desistiram da busca e estão desalentados. Por Marta Cavallini, g1 Embora a taxa de desemprego esteja caindo no país, a melhora no mercado de trabalho ainda foi capaz de reduzir a proporção de trabalhadores que espera há muito tempo por uma recolocação. Dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que quase 3 em cada 10 desempregados permanecem em busca por trabalho há mais de dois anos. Na pesquisa anterior, relativa ao 2º trimestre, a proporção era praticamente a mesma. De acordo com o levantamento, ao final do 3º trimestre, o número de trabalhadores desempregados há mais de 2 anos era de 2,575 milhões, cerca de 27,2% do total de desempregados no país (9,46 milhões. Ao final do 2º trimestre de 2022 o número de trabalhadores desempregados há mais de 2 anos era de 2,985 milhões, cerca de 29,6% do total de desempregados no país, estimado em 10,08 milhões. Já 16,6% dos desocupados buscavam por trabalho há menos de um mês, 44,5% buscavam de um mês a menos de um ano e 11,6% de um ano a menos de dois anos no terceiro trimestre. É considerado desempregado aquele trabalhador que não está ocupado no mercado de trabalho, tem disponibilidade para trabalhar e está, efetivamente, em busca de uma vaga. A análise trimestral dos dados sugere que, quanto mais tempo o trabalhador fica desempregado, maior a dificuldade de conseguir uma recolocação no mercado de trabalho. A grande maioria dos trabalhadores que buscava nova oportunidade de trabalho ao final do 3º trimestre deste ano estava na fila do desemprego há mais de um mês, mas há menos de um ano – 2 pontos percentuais maior que a observada no 2º trimestre. Segundo o IBGE, historicamente é na faixa entre mais de 1 mês e menos de 1 ano que se concentra a maior parcela dos desempregados no país. No segundo trimestre de 2020, auge da crise provocada pela pandemia, os desempregados nesta faixa representavam 58,3% do total, proporção recorde de toda a série histórica da pesquisa. Já a menor parcela estava na fila há mais de 1 ano, mas há menos de 2 anos, seguida pelos que buscavam nova vaga há menos de 1 mês. Enquanto houve uma pequena queda de um trimestre para outro entre os que procuravam emprego há dois anos ou mais e de um ano a menos de dois anos, aumentou o percentual entre quem esperava por uma recolocação há menos de um mês e de um mês a menos de um ano. Na comparação entre o 3º trimestre de 2021 e de 2022, a variação percentual foi a seguinte: Menos de um mês: 6,2%De 1 mês a menos de 1 ano: -23%De 1 ano a menos de 2 anos: -57,9%2 anos ou mais: -33,8% Em terceiros trimestres, a proporção de pessoas desocupadas que à procura de trabalho por dois anos ou mais vinha crescendo até 2018. Recuou em 2019 e 2020, voltou a crescer em 2021 e recuou neste ano. Os maiores patamares são do ano passado e deste ano. Veja abaixo: 4,3 milhões desistiram da busca O levantamento do IBGE mostrou, também, que o país encerrou o 3º trimestre deste ano com um contingente de 4,3 milhões de desalentados, ou seja, pessoas desistiram de buscar uma vaga no mercado de trabalho. Esse número é praticamente o mesmo do 2º trimestre. Desemprego atinge mais mulheres, negros e jovens Veja outros destaques da pesquisa: A taxa de desocupação por sexo foi de 6,9% para os homens e 11% para as mulheres, ou seja, a desocupação das mulheres é 59,4% maior que a dos homens – enquanto para os homens a taxa continua abaixo do índice nacional (8,7%), para mulheres segue bem acima;A taxa de desocupação por cor ou raça ficou bem abaixo da média nacional (8,7%) para os brancos (6,8%) e bem acima para os pretos (11,1%) e pardos (10,0%);O desemprego para quem tem ensino médio incompleto (15,3%) foi maior que para os demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 9,1%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%). Para os demais níveis de instrução, os índices foram: Sem instrução (7,9%), Fundamental incompleto (8,8%), Fundamental completo (10,1%) e Médio completo (9,7%);As taxas mais elevadas estavam entre os jovens de 18 a 24 anos (18%) e de 14 a 17 anos (31,7%). Para os grupos de 25 a 39 anos (7,8%), 40 a 59 anos (5,6%) e o de 60 anos ou mais (3,7%), o desemprego ficou abaixo da taxa nacional (8,7%);A taxa de informalidade foi de 39,4% da população ocupada no país. As maiores taxas foram no Pará (60,5%), Maranhão (59,1%) e Amazonas (57,1%). As menores foram em São Paulo (30,6%), Distrito Federal (29,8%) e Santa Catarina (25,9%);A taxa de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 20,1%. Piauí (40,6%), Sergipe (36,1%) e Bahia (33,7%) tiveram as maiores taxas, enquanto Santa Catarina (6,8%), Rondônia (9,1%) e Mato Grosso (10,5%) tiveram as menores;O rendimento médio mensal foi de R$ 2.737 – maior que o do segundo trimestre (R$ 2.640), com aumento em todas as regiões, e maior que o mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.670), com expansão no Sul e Centro-Oeste;O rendimento médio das mulheres (R$ 2.380) representou 79,3% do rendimento médio dos homens (R$ 3.001) e ficou 13% abaixo da média nacional (R$ 2.737);O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,3%. O Norte (57,7%) e o Nordeste (57,3%) tiveram os menores percentuais, enquanto o Sul (82,7%) apresentou o maior;O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,9%. Os maiores percentuais foram em Rondônia (37,4%), Amapá (34,7%) e Amazonas (32,4%) e os menores, no Distrito Federal (21,1%), Mato Grosso do Sul (22,0%) e Goiás (23,2%). https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/11/17/quase-3-em-cada-10-desempregados-ainda-seguem-em-busca-de-trabalho-ha-mais-de-2-anos-mostra-ibge.ghtml
Desemprego cai em seis estados no terceiro trimestre; veja lista
Taxa de desocupação ficou relativamente estável em 21 unidades da federação, diz IBGE Leonardo VieceliRIO DE JANEIRO A redução da taxa de desemprego no Brasil foi acompanhada por quedas em seis estados no terceiro trimestre deste ano, informou nesta quinta-feira (17) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação ao segundo trimestre, as baixas consideradas significativas em termos estatísticos ocorreram em Rondônia (de 5,8% para 3,9%), Ceará (de 10,4% para 8,6%), Acre (de 11,9% para 10,1%), Maranhão (de 10,8% para 9,7%), Minas Gerais (de 7,2% para 6,3%) e Paraná (de 6,1% para 5,3%). Nas outras 21 unidades da federação, a taxa de desemprego mostrou relativa estabilidade no terceiro trimestre, conforme os critérios da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O indicador foi de 8,6% em São Paulo. A Pnad analisa tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, abrange desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos. De julho a setembro, as maiores taxas de desocupação foram verificadas na Bahia (15,1%), em Pernambuco (13,9%) e no Rio de Janeiro (12,3%). As menores ficaram em Santa Catarina (3,8%), Mato Grosso (3,8%) e Rondônia (3,9%). No Brasil, o indicador recuou para 8,7% no mesmo período, conforme dados divulgados no final de outubro pelo IBGE. É o menor patamar desde o segundo trimestre de 2015 (8,4%). Já o número de desempregados caiu para 9,5 milhões no país. É o menor nível desde dezembro de 2015 (9,2 milhões). Pelas estatísticas oficiais, a população desocupada é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e seguem à procura de novas vagas. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades não entra nesse cálculo. Dos 9,5 milhões de desocupados, 27,2% (2,6 milhões) procuravam trabalho havia dois anos ou mais. É o que especialistas chamam de desemprego de longa duração. O percentual nessa situação até ficou menor se comparado a igual trimestre do ano passado (28,9%). Porém, ainda supera o patamar pré-pandemia –a parcela era de 24,9% no terceiro trimestre de 2019, antes da crise sanitária. No segundo trimestre de 2022, a taxa de desocupação havia caído 1,8 ponto percentual no país (de 11,1% para 9,3%), com recuo disseminado em 22 unidades da federação, lembrou Adriana Beringuy, coordenadora de trabalho e rendimento do IBGE. Já no terceiro trimestre, a redução foi menos intensa, de 0,6 ponto percentual (de 9,3% para 8,7%). Conforme a pesquisadora, a queda menor “repercutiu nos resultados locais, por estado”. RENDA É MAIOR NO DF E MENOR NO MA Após os estragos da pandemia, o mercado de trabalho foi beneficiado pela vacinação contra a Covid-19 no Brasil. O processo de imunização permitiu a reabertura dos negócios e a volta da circulação de pessoas. O retorno ao trabalho, contudo, foi marcado pela queda da renda média, que só começou a dar sinais de melhora nos últimos meses. No terceiro trimestre, o rendimento médio real do trabalho cresceu de maneira significativa em termos estatísticos em oito estados, indicou o IBGE. As altas foram registradas por Piauí (11,2%), Tocantins (8,8%), Rio Grande do Sul (7,3%), Mato Grosso (7,2%), Amapá (7%), Goiás (6,4%), Minas Gerais (5,6%) e Santa Catarina (5,4%). O indicador mostrou estabilidade nas demais unidades da federação. Mais uma vez, o Distrito Federal teve a maior renda média do trabalho no país: R$ 4.793. O valor é quase o triplo do verificado no Maranhão (R$ 1.697), o mais baixo da pesquisa. INFORMALIDADE SUPERA 60% NO PARÁ A taxa de informalidade registrada no Brasil foi de 39,4% no terceiro trimestre. O indicador mede a proporção de trabalhadores que atuam sem carteira assinada ou CNPJ em relação ao total de ocupados. O maior percentual de informais foi verificado no Pará: 60,5%. Maranhão (59,1%) e Amazonas (57,1%) vieram na sequência. Ou seja, nesses estados, a maioria da população ocupada está em postos sem registro formal. Santa Catarina (25,9%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (30,6%), por outro lado, tiveram as menores proporções de informais. Segundo o IBGE, somente quatro estados apontaram altas significativas no número de empregados com carteira no setor privado no terceiro trimestre, ante o período imediatamente anterior. Os avanços ocorreram na Paraíba (10,9%), em Pernambuco (7,2%), no Paraná (3,3%) e no Rio Grande do Sul (3,2%). O Rio de Janeiro, por outro lado, teve a única queda significativa no contingente de empregados com carteira (-3,7%). As outras 22 unidades da federação mostraram estabilidade. CENÁRIO DE DESACELERAÇÃO EM 2023 Economistas veem chance de a taxa de desemprego ficar mais próxima de 8% até dezembro no Brasil. A reta final do ano costuma ser marcada por contratações temporárias em setores como o comércio. O varejo brasileiro deve contratar 109,4 mil temporários para o Natal, conforme projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Se a estimativa for confirmada, será o maior número em nove anos –ou desde 2013. A retomada do mercado de trabalho, contudo, tende a perder ímpeto em 2023, sinalizam economistas. Pesa nessa avaliação o efeito dos juros elevados, que encarece os investimentos produtivos das empresas e o consumo das famílias. https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/11/desemprego-cai-em-seis-estados-no-terceiro-trimestre.shtml