As 7 regras para aumentar seu poder e ter sucesso na carreira, segundo professor de Stanford
Jeffrey Pfeffer lista comportamentos polêmicos que podem ajudar na ascensão profissional Por Stela Campos O poder é mais importante para o sucesso na carreira do que a performance. Isso foi dito por Jeffrey Pfeffer há 11 anos. Agora, o professor que ensina comportamento organizacional há 40 anos na escola de negócios de Stanford e é autor de 16 livros sobre gestão decidiu voltar a falar sobre poder e carreira em um novo livro. Como ter sucesso em uma carreira internacional, segundo o CEO da FerreroConhece a regra 3 por 1? Entenda como aplicá-la para ser um líder melhorSaúde mental: as consequências de trabalhar em um ambiente inseguro psicologicamente Em “The Seven Rules of Power” ( As sete regras do poder), ele reúne o que acredita serem dicas de ouro para quem quer ter sucesso na vida profissional. Pfeffer sempre gostou de polêmicas e sua cartilha reúne várias, como a que diz: “entenda que uma vez que você tenha ganhado poder, o que você fez para obtê-lo será perdoado, esquecido ou ambos.” Desde setembro, é possível ouvi-lo no podcast “Pfeffer on Power”, onde entrevista vários executivos e executivas citados no livro. Conheça as controversas regras do professor. As 7 regras de poder para ter sucesso na carreira Saia do seu próprio caminho: para o professor, é preciso perder o hábito de ser modesto ou de se desculpar no trabalho. “Perdoe-me por interromper”. “Perdoe-me por apresentar minhas ideias, não tenho certeza se elas valem alguma coisa”. Ele diz que deve-se evitar a autoinibição e defende a superação de quaisquer ressentimentos sobre autopromoção, tendendo a apoiar o excesso de confiança. Outro ponto é não se preocupar excessivamente em ser amado ou com o que os outros pensam sobre você. Pfeffer diz que o profissional que é contratado para liderar não precisa ser popular, mas fazer as coisas acontecerem. Ele observa ainda que os melhores resultados na carreira não aparecem porque a pessoa é agradável, e que pessoas desagradáveis podem ser igualmente bem-sucedidas em alcançar o poder. Quebre as regras: violar normas, regras e convenções sociais pode fazer você parecer mais poderoso e assim é possível criar mais poder. Esse tipo de atitude surpreende as pessoas e faz com que elas prestem mais atenção em você. Pfeffer ressalta que é muito mais fácil pedir desculpas do que permissão. Pareça poderoso (a): Pfeffer diz que é preciso se preocupar com a aparência, como se veste, fala e faz uso da linguagem corporal. Todas essas questões importam para a forma como você será percebido pelos outros. Cause impacto, seja confiante e demonstre raiva quando for preciso e não peça desculpas depois. Segundo ele, essas são ferramentas que ajudam a construir o poder. E na hora de se vestir, seja elegante. Quando você está com uma roupa moderna ou algo assim em uma empresa muito tradicional, ele diz que é possível ganhar pontos pelo novo e oposto e, em uma startup, seja diferente sendo tradicional. Crie uma marca poderosa: esteja associado a pessoas e organizações de prestígio. Faça podcasts, escreva livros e participe de eventos, faça autopromoção. Você precisa construir uma visão, uma imagem e as pessoas precisam saber quem você é e o que representa. Uma marca é um conjunto relativamente curto de frases que descrevem quem você é, o que integra sua vida com a sua carreira, o que faz a conexão entre seu histórico de trabalho (não um currículo) e suas habilidades e o que você está tentando fazer no momento. Ele recomenda a criação de uma narrativa consistente como a jornada do herói, para que as pessoas tenham mais probabilidade de se lembrar dela e, mais importante, abrace a sua mensagem inspiradora Faça networking incansavelmente: ele diz que um bom networking é o preditor mais robusto de uma carreira de sucesso. Pfeffer recomenda priorizar as pessoas na periferia da sua rede de contatos, aquelas com quem tem laços mais fracos e aleatórios, porque elas podem trazer mais informações úteis e não redundantes do que os seus contatos mais próximos. Ele diz que é preciso assumir o papel de conector entre organizações e pessoas trazendo ideias, oportunidades, recursos, criando valor para os outros. Você precisa ser estratégico em como gasta seu tempo. Ele cita a recomendação de Keith Ferrazzi , autor do livro “Never Eat Alone: And Other Secrets to Success, One Relationship at a Time”: faça uma lista com dez pessoas que você acha que podem ser extraordinariamente úteis para sua carreira e depois descubra como irá conhecê-las. Use seu poder: Pfeffer indica trazer aliados para posições-chave para aumentar o seu apoio e empurrar os adversários para posições onde eles sejam menos ameaçadores. Ao demonstrar o poder e a vontade de usá-lo, ao realizar coisas e estabelecer estruturas que institucionalizam o poder, ele se fortalece. Uma dica: nunca responda um e-mail imediatamente, isso ajuda a aumentar a percepção sobre o seu poder. Entenda que uma vez que você tenha ganhado poder, o que você fez para obtê-lo será perdoado, esquecido ou ambos: O professor afirma que o poder geralmente isola as pessoas de sofrerem demais pelas consequências de suas ações. Isso acontece, segundo ele, “em parte porque as pessoas querem estar perto do dinheiro e do poder e, portanto, estão dispostas a perdoar aqueles que os têm ou a desviar o olhar de seus erros”. https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/10/24/as-7-regras-para-aumentar-seu-poder-e-ter-sucesso-na-carreira-segundo-professor-de-stanford.ghtml
FecomercioSP assina CCT com os comerciários da capital: entenda os principais pontos
Negociação contempla reajuste de 8,83% a partir de 1º de setembro/22, com possibilidade de parcelamento para empresas não optantes pelo Repis, além de jornadas especiais, banco de horas e mais disposições A convenção, válida para o período 2022-2023, manteve o prazo de compensação do banco de horas para 12 meses e dispôs sobre procedimentos para teletrabalho, trabalho híbrido e demissão em massa (Arte: TUTU) A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) assinou, em 19 de outubro de 2022, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com os comerciários da capital paulista referente à data-base de 1º de setembro de 2022. O índice de reajuste foi de 8,83%, com aplicação limitada ao teto de R$ 9.795,00. A opção de parcelamento do reajuste salarial somente se aplica às empresas não optantes pelo Regime Especial de Pisos Salariais (Repis), com a primeira parcela correspondendo a 4,83% a partir de setembro/22, e a segunda com a complementação do índice a partir de 1º de janeiro de 2023. Dentre outros pontos, a convenção, válida para o período 2022-2023, manteve a equação de folgas para empregados que trabalharem aos feriados, de modo que a cada três feriados trabalhados, inclusive o 1º de maio, o empregado ganhe um dia a mais de descanso nas férias como contrapartida da desoneração do trabalho nos feriados. A convenção também manteve o Repis. A modalidade permite que Empresas de Pequeno Porte (EPPs), Microempresas (MEs) e Microempreendedores Individuais (MEIs) reduzam os impactos dos encargos trabalhistas sobre a folha de pagamento. Para aderir ao regime Repis, a empresa interessada precisa solicitar, dentro do prazo, o certificado de adesão à entidade patronal representativa de seu segmento de atuação. VEJA TAMBÉM Trabalhista: STF derruba norma que obrigava pagamento em dobro nos casos de atraso na remuneração das fériasLei flexibiliza a jornada de trabalho de mães e estimula a qualificação profissional de mulheresSaiba o que é possível negociar pelas normas coletivas de trabalho Jornadas de trabalho especiais/diferenciadas No que diz respeito à jornada de trabalho, a convenção manteve a possibilidade da adoção de jornadas especiais/diferenciadas, como a 12×36 (12 horas diárias de trabalho por 36 horas seguidas de descanso), a reduzida (que varia de 30 horas a 44 horas semanais) e dois modelos de jornada parcial: de até 30 horas semanais sem a possibilidade de horas extras ou de até 26 horas semanais com o acréscimo de, no máximo, 6 horas suplementares. Além disso, a semana espanhola (48 horas de trabalho em uma semana alternadas por 40 horas de trabalho na semana seguinte) e a dispensa do controle de ponto de empregados em cargos de confiança foram negociadas. O documento não restringe a contratação em regime intermitente (quando a prestação de serviço não é contínua, e o empregado é convocado ao trabalho em datas específicas), o que deixa as empresas livres para pactuar a contratação de funcionários na modalidade. Também foi mantido o prazo de 12 meses para compensação do banco de horas. A nova norma permite ainda que empresas e empregados tenham a possibilidade de negociar o intervalo para alimentação e descanso, que pode ser de, no mínimo, 30 minutos e, no máximo, 2 horas, desde que a jornada de trabalho seja superior a 6 horas diárias. Manteve-se, ainda, a possibilidade do parcelamento de férias em até três períodos de dez dias corridos, flexibilizando o que propõe a legislação e possibilitando uma melhor organização dos períodos de descanso e da reposição de mão de obra. Também consta na norma coletiva a possibilidade de o vale-transporte ser pago em dinheiro. Outras disposições A norma traz também como novidade a possibilidade de a empresa adotar o controle alternativo de jornada de trabalho, autorizando a adoção de sistemas que melhor atendam às necessidades. Ainda inclui uma cláusula com o disciplinamento da modalidade de teletrabalho, que deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, com a especificação das atividades que serão realizadas pelo empregado e a forma de remuneração, bem como os dias e o horário de expediente, que serão ajustados de comum acordo. A norma também contempla o disciplinamento do regime de trabalho híbrido, no qual parte da atividade laboral é desempenhada de forma remota e parte, de forma presencial, para as funções cujas atividades são exercidas fora das dependências da empresa. No caso dos acordos coletivos – negociação direta entre empresa e sindicato dos empregados –, fica estabelecido que só terão validade se forem pactuados com a assistência das respectivas entidades patronal e laboral. A norma dispõe, ainda, sobre o reconhecimento, pelas entidades profissional e patronal, da conciliação prévia, da mediação e da arbitragem como meios alternativos para a solução de conflitos oriundos das relações de trabalho. Inclui também cláusula disciplinando os casos de demissão em massa, em razão de conjuntura econômica adversa ou problemas de natureza econômica, financeira, estrutural ou tecnológica que ponham em risco o negócio ou afetem a atividade empresarial. Nesses casos, a empresa deverá negociar com o sindicato laboral, mediante a assistência da representação patronal, os critérios a serem observados. A convenção possibilita que o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas e o acordo extrajudicial sejam apresentados às partes como uma forma de garantia da quitação das verbas salariais. Além disso, mantém a cláusula que amplia a segurança para ambas as partes quanto à configuração do grupo econômico. A FecomercioSP ressalta que a negociação com os comerciários da capital paulista se mostrou bem-sucedida, tendo como focos a desburocratização, a desoneração e o fortalecimento da segurança jurídica, o que reafirma o importante papel das entidades sindicais para o equilíbrio e o aprimoramento das relações entre capital e trabalho. Clique aqui para baixar a CCT da capital! A Entidade sempre busca promover as melhores práticas trabalhistas com base na legislação atual, buscando formas de modernizar as questões laborais onde for necessário. Mantenha-se informado sobre as regras da Reforma Trabalhista nos conteúdos a seguir. Enquadramento sindical Teletrabalho Trabalho intermitente Férias Banco de horas e horas extras Terceirização Contratação de autônomos Rescisão contratual por mútuo acordo Jornada de trabalho Troca do dia de feriado Gestão do ambiente de trabalho Jornada de trabalho de mães/programa Emprega + Mulheres Equipamentos de proteção individual https://www.fecomercio.com.br/noticia/fecomerciosp-assina-cct-com-os-comerciarios-da-capital-entenda-os-principais-pontos
Mulheres em cargos de liderança estão se demitindo mais do que nunca
Para cada mulher sendo promovida a cargos de direção nas empresas, há duas diretoras deixando seus postos, segundo um novo relatório da McKinsey & Co. e da LeanIn.org Por Bloomberg As mulheres vêm deixando os altos escalões das empresas em um ritmo mais acelerado do que nunca – ao mesmo tempo em que continuam, em primeiro lugar, tendo menos chances de ser promovidas. Sofro discriminação no trabalho por ter mais de 50 anos. O que faço para me dar melhor com a equipe?Saúde mental: as consequências de trabalhar em um ambiente inseguro psicologicamente3 mitos de negociação salarial que prejudicam as carreiras das mulheres Para cada mulher sendo promovida a cargos de direção nas empresas, há duas diretoras deixando seus postos, segundo um novo relatório da McKinsey & Co. e da LeanIn.org. As organizações, que analisaram dados de 12 milhões de funcionários em mais de 330 empresas, vem acompanhando a situação profissional das mulheres desde 2015, com as conclusões sendo publicadas em relatórios anuais. “As mulheres são tão ambiciosas quanto os homens, mas elas estão deixando suas empresas no ritmo mais acelerado que já vimos e em ritmo mais acelerados do que os homens na liderança”, disse a executiva-chefe da LeanIn, Rachel Thomas. “Realmente achamos que isso pode prenunciar desastres para as empresas.” As mulheres estão em desvantagem em termos profissionais há muito tempo, mas vários desses problemas foram exacerbados pela pandemia da covid-19. Nos últimos anos, a falta de creches acessíveis fez com que mais mulheres deixassem a força de trabalho do que os homens. A diferença de gênero nos salários, que vinha encolhendo, também deixou de diminuir durante a pandemia. Agora, as mulheres que estão nos altos escalões de suas empresas também estão reavaliando suas situações – em razão da falta de oportunidades de avanço e de flexibilidade, do tratamento desigual ou de uma combinação desses e de outros fatores. É o caso, por exemplo, de Susan Chapman-Hughes, que deixou seu cargo em uma firma de meios de pagamento, após 11 anos. Chapman-Hughes, que comandou os esforços de transformação digital de uma de suas unidades de negócios, disse que a oportunidade que lhe foi oferecida depois disso “não se encaixava na narrativa” que ela queria para si. “Nem toda organização pode te dar o que você quer para o resto de sua carreira”, disse. “Você precisa ser inteligente o suficiente para ir atrás desses desejos.” Atualmente, apenas um em cada quatro cargos no mais alto escalão executivo é ocupado por uma mulher, de acordo com o resumo do relatório. No caso de mulheres não brancas, a proporção é de 1 em cada 20. E para cada 100 homens promovidos dos cargos iniciais aos gerenciais, há 87 mulheres promovidas. Isso cai para 82 no caso das mulheres não brancas. Esses números se comparam a 86 e 85, respectivamente, para todas as mulheres e para as mulheres não brancas no relatório de 2021. Carmen Bryant recentemente deixou seu cargo de diretora de marketing em uma empresa de anúncios de empregos on-line depois que seu irmão morreu de câncer no pâncreas. “Tive essa epifania de que a vida é muito curta e não há razão para que eu precise estar em algum lugar que não esteja me ajudando”, disse Bryant, que queria um cargo mais abrangente. Essa mentalidade ajudou a instigar Bryant, que é negra, a passar para a WizeHire, uma plataforma de contratação on-line, onde ela é vice-presidente de marketing. “Muitas mulheres pensam que se trabalharem duro, as pessoas perceberão, e que isso será suficiente”, disse. “A verdade é que as mulheres têm que defender a si mesmas. E as mulheres negras precisam andar numa linha tênue, tomando cuidado com até que ponto você é vista como agressiva.” À medida que as empresas continuam ajustando suas políticas de teletrabalho após o crescimento explosivo do trabalho remoto provocado pela pandemia, a McKinsey e LeanIn concluíram que apenas uma em cada dez funcionárias querem trabalhar a maior parte do tempo no escritório. O resumo do relatório aponta que “muitas” mulheres consideram os horários de trabalho híbridos um fator fundamento fundamental para entrar ou permanecer em uma empresa. “As mulheres não estão rompendo com o trabalho, elas estão rompendo com as empresas que não estão oferecendo a cultura de trabalho, a oportunidade e a flexibilidade que são tão crucialmente importantes para elas”, disse Thomas. (Tradução Sabino Ahumada) https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/10/20/mulheres-em-cargos-de-lideranca-estao-se-demitindo-mais-do-que-nunca.ghtml
Salário mínimo: qual é a regra de hoje para os reajustes?
Do UOL, em São Paulo O reajuste periódico do salário mínimo é um direito básico de todos os trabalhadores, urbanos e rurais, previsto na Constituição Federal. A lei determina que essa correção deve ao menos preservar o poder de compra dos assalariados, e cabe a cada governo separar um espaço no Orçamento para promover esses aumentos anualmente. No Brasil, o salário mínimo — hoje em R$ 1.212 — também serve de referência para aposentadorias, pensões e outros benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Como é feito o reajuste do salário mínimo atualmente? Existem propostas para mudá-lo? O que aconteceria com aposentadorias? Veja respostas a essas e outras dúvidas abaixo. Qual é a regra atual para reajuste do salário mínimo? Atualmente, o cálculo do governo para corrigir o salário mínimo leva em consideração a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Se o INPC de determinado ano ficou em 5%, por exemplo, o piso nacional do ano seguinte também será reajustado em 5%. Essa regra está em vigor desde 2019, primeiro ano de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência. Quanto o salário mínimo subiu em 2022? O aumento em 2022 dependeu da inflação no ano anterior. Em 2021, o INPC ficou em 10,16% —porcentagem bem próxima à do reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 1.100 para R$ 1.212 em 2022 (+10,18%). Na prática, essa política é suficiente apenas para repor a alta dos preços registrada de um ano para o outro, sem promover aumento real —ou seja, acima da inflação. Quanto o salário mínimo vai aumentar em 2023? A proposta de Orçamento enviada pelo governo Bolsonaro prevê salário mínimo de R$ 1.302 em 2023. Se o valor se confirmar, será o quarto ano seguido sem reajuste acima da inflação para o piso nacional. O governo ainda pode propor um novo valor até o final do ano. Como era a regra de aumento do salário mínimo antes? A regra anterior para reajuste do salário mínimo já vinha sendo adotada desde 2007, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e virou lei em 2011, primeiro ano de Dilma Rousseff (PT). A partir daí, ficou definido que o piso nacional seria corrigido com base no INPC do ano anterior mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Essa fórmula tinha o objetivo de garantir que o salário mínimo tivesse aumento real —ou seja, acima da inflação— todos os anos. No período, a exceção ficou com 2017 e 2018. Nestes dois anos, o reajuste considerou apenas o INPC, uma vez que o PIB de 2015 e 2016 registrou queda. Cálculos feitos pela economista Carla Beni, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), à colunista do UOL Mariana Londres mostram que, se não existe essa regra, o salário mínimo hoje seria de cerca de R$ 700, em vez de R$ 1.212. Regra para aumento do salário mínimo pode mudar? Uma reportagem da Folha de S.Paulo publicada na última quarta-feira (19) revelou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia mudar a política de reajuste do salário mínimo. A ideia é deixar de corrigir o piso nacional pelo INPC e passar a fazê-lo pela meta de inflação, que é definida com três anos de antecedência e pode ser maior ou menor do que o índice oficial. Por que mudaria? O objetivo, ainda de acordo com a Folha, é frear o crescimento de despesas que hoje pressionam o Orçamento, como o pagamento de aposentadorias, pensões e benefícios atrelados ao salário mínimo. Na quinta (20), porém, Guedes disse que o salário mínimo de 2023 será reajustado ao menos pelo INPC. Já no sábado (22), ao lado de Bolsonaro, o ministro prometeu aumento acima da inflação. “Trabalhador, aposentado, pensionista: confie no presidente Bolsonaro. Se durante a pandemia, durante a guerra [entre Rússia e Ucrânia], nós demos os aumentos de salários, aposentadorias e pensões, é claro que agora que vencemos a pandemia vamos poder dar aumentos acima da inflação”, disse Guedes em transmissão ao vivo nas redes sociais. https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/10/25/salario-minimo-qual-e-a-regra-de-hoje-para-os-reajustes.htm