Bolsonaro e Lula têm propostas de impostos mais injustas, mostra estudo

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Por Adriana Fernandes BRASÍLIA – O movimento suprapartidário “Pra Ser Justo” fez um mapeamento dos programas de governo e das falas dos quatro presidenciáveis mais bem pontuados nas pesquisas sob a ótica de uma reforma tributária sobre o consumo e avaliou que Simone Tebet (MDB) é quem traz a proposta mais completa e justa para os mais pobres, seguida de Ciro Gomes (PDT) e, depois, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A de Jair Bolsonaro (PL) é considerada pelo estudo a mais injusta. O grupo reúne entidades, instituições, empresários, empreendedores, especialistas e acadêmicos. Inclui Endeavor, CDPP, CLP e Destrava Brasil, entidades da sociedade civil empenhadas na reformulação do sistema tributário brasileiro. Defende uma reforma dos impostos mais simples e com justiça social: ricos pagam mais, pobres pagam menos. O movimento analisou as propostas usando como referência sete princípios mínimos defendidos pelo movimento para uma boa reforma: unificação dos tributos federais, estaduais e municipais num Imposto sobre Valor Agregado (IVA) de base ampla, adoção de crédito financeiro, princípio de cobrança no destino (onde a mercadoria é consumida em vez de onde é fabricada), existência mínima de benefícios fiscais (como isenções e subsídios) e menos alíquotas, além da devolução dos tributos para pessoas de menor renda e manutenção da carga tributária global atual, ou seja, sem aumento de impostos. Desigualdades Líder e porta-voz do “Pra Ser Justo”, Renata Mendes diz que a prioridade do governo eleito deveria ser uma reforma tributária que reduza as desigualdades sociais e econômicas. Por isso, o foco na reforma dos tributos cobrados sobre o consumo (bens e serviços). Eles representam 44% de tudo que é arrecadado no País, e sua cobrança é considerada injusta e complexa. Para a população mais pobre, essa tributação onera 26% do orçamento familiar, enquanto, para os mais ricos, apenas 10%. Para as empresas, é considerada a mais burocrática e cara do mundo, entre 141 países. “Nosso papel não é partidário, é o de trazer uma discussão qualificada e bem mais acessível a todos”, diz Renata. O movimento apresentou as sugestões para cada um dos presidenciáveis. Continua após a publicidade Gerente do “Pra Ser Justo”, Marina Thiago destaca que Simone Tebet é a candidata até agora que mais traz o tema da reforma tributária com profundidade ao explicar os seus planos de governo, enquanto Bolsonaro está no lado oposto. A fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, também foi monitorada. Guedes tem feito mais menção à reforma de tributação da renda associada ao financiamento do Auxílio Brasil. Para o movimento, o programa e as falas de Lula e a sua equipe indicam a intenção de debater a reforma, mas os posicionamentos de Lula indicariam que esse ponto pode ter prioridade menor do que outros temas tributários, como o Imposto de Renda. Por outro lado, o movimento considera positivo que membros da campanha, como Wellington Dias e Aloizio Mercadante, mencionem a PEC 110, proposta de reforma ampla no Senado, como ponto de partida para as discussões em 2023. O que mapeou o ‘Pra ser Justo’ • Simone Tebet (MDB) O programa propõe uma ampla reforma tributária e afirma a intenção de reavaliar os benefícios fiscais, com metas anuais de redução. Menciona uma reforma no Imposto de Renda (IR), com a intenção de combater a desigualdade. Em seus posicionamentos, Simone Tebet e a coordenadora econômica do programa, Elena Landau, prometem implementar a reforma tributária nos primeiros seis meses de 2023. Além disso, o programa e os posicionamentos da candidata estão em linha com a sua trajetória, que é majoritariamente favorável à reforma. Foi uma das signatárias da PEC 110 e, como presidente da CCJ, cobrou compromisso do governo com a agenda. • Ciro Gomes (PDT) O programa propõe uma ampla reforma tributária sobre o consumo. Afirma a intenção de reavaliar os benefícios fiscais, com reduções no primeiro ano de governo, e menciona mudanças em outras bases, como a tributação de lucros e dividendos no IR e a implementação do imposto sobre grandes fortunas. Em seus posicionamentos, Ciro Gomes mencionou a reforma tributária sobre o consumo e o IVA. Apesar de destacar essa intenção, ele alega haver grandes resistências por parte dos entes federativos mais ricos, o que demandaria mais articulação durante o seu governo. Continua após a publicidade • Lula (PT) O programa propõe uma ampla reforma tributária e menciona a intenção de uma reforma do IR para corrigir as desigualdades. Em suas falas, Lula menciona a reforma tributária sobre o consumo, mas relembra os desafios políticos enfrentados no Congresso com as duas propostas que enviou, em 2003 e 2008. Também mencionou a intenção de propor novamente uma rodada de negociações. Apesar dos posicionamentos favoráveis, em reunião na Fiesp, o candidato mencionou a possibilidade de propor mudanças menores por meio de um fatiamento da reforma. O programa e as falas de Lula e sua equipe indicam a intenção de debater a reforma tributária. Porém, ainda é sucinto em relação à tributação do consumo, não havendo menção ao IVA. Os posicionamentos também indicam que esse ponto pode ter uma prioridade menor que outros temas tributários durante o governo, como o IR. • Jair Bolsonaro (PL) O programa menciona a intenção de realizar reformas estruturantes para garantir emprego e renda, simplificar a legislação e reduzir a carga tributária. Mas o programa e as falas de Bolsonaro e sua equipe ainda não incluem explicitamente a intenção de uma reforma tributária ampla sobre o consumo, que implemente um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), modelo adotado em 170 países e que é recomendado pela OCDE. A única proposta com maior detalhamento é a correção na tabela do IR para isentar quem recebe até cinco salários mínimos, em referência ao projeto de lei 2.337, de 2021, em tramitação – embora esse projeto proponha atualmente isentar as rendas a partir de R$ 2,5 mil mensais. Em discursos este ano, tanto Bolsonaro quanto Guedes têm mencionado a intenção de diminuir tributos da folha de pagamentos. https://www.estadao.com.br/economia/bolsonaro-lula-propostas-reforma-tributaria/

Emprego cresce em ocupações que exigem menos escolaridade, mostra Dieese

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A ocupação e a geração de empregos têm aumentado principalmente em posições que requerem menos escolaridade e pagam menores salários. O dado foi identificado em um levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Para a instituição, isso revela um mercado de trabalho empobrecido e com poucas perspectivas de ascensão para os trabalhadores. Ainda segundo o estudo, quase 80% dos profissionais com formação de nível superior têm se submetido cada vez mais aos cargos que não exigem a qualificação obtida. Na pesquisa, que engloba dados do primeiro semestre deste ano com base em informações do IBGE, o Dieese aponta que houve aumento de 749 mil no índice de trabalhadores graduados no mercado. Contudo, 78,6% desse total, que corresponde a 589 mil pessoas, recorreram às chamadas “vagas atípicas” — em que há remuneração menor e sem exigência de formação superior. Entre os cargos que estão sendo ocupados por profissionais com esse perfil estão os de balconista e vendedor de loja. Distribuição nas profissões Somadas, as duas profissões tiveram crescimento de 23,8% no número de profissionais graduados em atuação. Em um panorama geral, considerando todos os níveis de escolaridade, houve um crescimento de 9,9% neste ano no número de ocupados, se comparado aos dados do segundo trimestre de 2021. No entanto, cargos de diretores e gestores e profissionais de ciências e intelectuais, que demandam o diploma de graduação, tiveram os menores crescimentos, assinalando 3% e 3,4%, respectivamente. Segundo o Dieese, a ocupação tem crescido, apesar da retomada lenta da atividade econômica pós-pandemia, mas a expansão ocorre em posições que exigem menos qualificação formal. O mercado de trabalho vai se precarizando não somente no estabelecimento de vínculos sem proteção trabalhista ou social, mas também por meio da geração de empregos pouco complexos e da perda de rendimentos. O estudo conclui que o aumento da escolarização da população, visto na última década, tem sido pouco aproveitado pelo mercado de trabalho nessa retomada da atividade econômica. Com relação ao rendimento médio, os ocupados com superior completo foram os que tiveram a maior perda (-5,6%), seguidos por aqueles com ensino médio incompleto ou equivalente (-1,8%). Os ocupados sem instrução e com menos de um ano de estudo tiveram aumento do rendimento médio do trabalho (3,2%), assim como aqueles com ensino fundamental completo ou equivalente (0,8%). Entre aqueles que tinham ensino superior completo, o rendimento médio aumentou somente em três grupos ocupacionais, enquanto em outros sete, houve redução. Destacam-se, entre as principais quedas, as ocorridas para membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares (-7,2%), profissionais das ciências e intelectuais (-6,9%) e diretores e gerentes (-4,9%). https://extra.globo.com/economia-e-financas/emprego/emprego-cresce-em-ocupacoes-que-exigem-menos-escolaridade-mostra-dieese-25572736.html

Modelo híbrido se consolida no Brasil, mostra estudo do Google. Entenda

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Levantamento feito em parceria com a IDC Brasil aponta que 73% dos profissionais brasileiros consideram o formato como sendo a melhor opção Por Fernanda Gonçalves, Para o Valor O modelo híbrido de trabalho é uma realidade para 56% dos profissionais, e 73% deles consideram esse formato como sendo o ideal. Tais achados fazem parte da segunda edição do estudo “O Futuro do Trabalho no Brasil”, realizado pelo Google Workspace em parceria com a consultoria IDC Brasil, e que ouviu 1.258 profissionais de diferentes áreas. Na pesquisa anterior, feita em 2021, o trabalho híbrido já se mostrava presente na vida de 44% dos trabalhadores e, neste ano, houve um aumento de 12 pontos percentuais. “Nós queríamos validar a constatação de que o modelo híbrido é a tendência natural. E o que percebemos é que há uma série de novas preocupações uma vez que o híbrido se consolidou”, afirma Marco Bravo, head do Google Cloud no Brasil. O estudo indica que o híbrido não é um modelo temporário, pois 82% das pessoas que já estão trabalhando nesse formato relatam que ele foi oficializado pelas empresas como sendo definitivo para o pós-pandemia. Além disso, 65% de quem está no presencial trocaria de emprego para trabalhar no modelo híbrido, e 54% de quem está no remoto faria o mesmo movimento, pois 36% dos profissionais entrevistados consideram que trabalhar em uma organização que ofereça essa opção é um fator muito importante, sendo o quarto mais relevante. “Se em 2021 as pessoas enxergavam o modelo híbrido como um ‘respiro’ para poder colocar o pé fora de casa e ter uma troca com os colegas, hoje ele é visto como sinônimo de equilíbrio e bem-estar profissional”, observa Alessandro Luz, gerente do Google Cloud no Brasil. Isso porque 84% das pessoas que trabalham no formato híbrido afirmam que conseguem separar bem as atividades pessoais das profissionais, e 75% relatam melhora na saúde mental ao adotarem esse modelo. O levantamento aponta também uma relação entre o trabalho híbrido e a possibilidade de colaboração por parte dos funcionários. “Houve um aumento grande de pessoas afirmando que se sentem produtivas e colaborativas no modelo híbrido, e isso acontece porque hoje elas estão mais adaptadas a essa nova realidade”, nota Luz. Nesse sentido, a percepção de colaboração alta ou muito alta dentro das empresas passou de 68%, em 2021, para 81% este ano. E, entre os trabalhadores que hoje estão no híbrido, 45% sentem que colaboram mais quando estão remotos, sendo que 76% tendem a trabalhar de casa de dois a três dias por semana. Bravo lembra que ainda existem muitas incertezas a respeito do futuro do trabalho e que as diretrizes para o modelo híbrido ainda não foram totalmente definidas. “A principal preocupação diz respeito à retenção de talentos e, por isso, ainda há perguntas a serem respondidas, como por exemplo: ‘a pessoa pode trabalhar para mais de um lugar?’, ‘como a empresa controla isso?’, ‘e a questão dos direitos intelectuais, como fica?’. Vai ser necessário haver uma legislação específica para reger essa nova realidade”, pontua. https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/09/13/modelo-hibrido-se-consolida-no-brasil-mostra-estudo-do-google-entenda.ghtml

A defesa de Temer da reforma trabalhista: ‘Querem tirar direitos’

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Ex-presidente exaltou projeto aprovado em seu governo e admitiu revisões de texto colocado em discussão por campanha de Lula Por Felipe Erlich  Pai da reforma trabalhista, o ex-presidente Michel Temer (MDB) saiu em defesa de sua proposta, cuja revogação ou revisão é defendida por membros da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República. “Se quiserem tirar direitos do trabalhador, revoguem a reforma trabalhista. Ela foi feita via lei ordinária, por tanto pautada pela Constituição. Ela não tirou direitos, deu direitos, reconhecendo o trabalho flexível, por exemplo”, afirmou Temer em ume evento realizado em São Paulo nesta quarta-feira, 14, pela Associação Comercial do estado em parceria com a Faculdade do Comércio e o Fórum de Jovens Empreendedores. “Houve um recuo, primeiro se falava em revogação, agora em adaptação. Adaptações são bem vindas, como no caso de entregadores de aplicativo, que não estão previstos na reforma. A sociedade vai mudando e adaptações são necessárias. Leis não tem impacto tão imediato, mas muitos empregos com carteira assinada foram criados desde então, então viva a reforma trabalhista”, exaltou Temer. https://veja.abril.com.br/coluna/radar-economico/a-defesa-de-temer-da-reforma-trabalhista-querem-tirar-direitos/

Home office, presencial ou híbrido: qual o modelo de trabalho das 10 maiores empresas do País

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Por Renée Pereira, Felipe Siqueira e Ludimila Honorato Possibilidade de trabalhar de casa virou quase um pré-requisito para profissionais continuarem nas companhias ou aceitarem uma nova vaga Mais de dois anos depois do início da pandemia de coronavírus, algumas medidas adotadas de forma emergencial se consolidaram no dia a dia das grandes corporações. O home office, que no início tirou o sossego de empresas e trabalhadores, é uma delas. Levantamento feito pelo Estado com as 10 maiores companhias listadas na B3 mostra que, na volta à normalidade, a maioria optou pelo modelo híbrido (em que o funcionário trabalha alguns dias em casa e outros na empresa) e flexível (sem dias definidos para ir ao escritório) nas áreas administrativas. Restrito a poucas empresas até 2020, hoje o home office virou quase que um pré-requisito para os profissionais. Executivos e recrutadores afirmam que a pergunta mais recorrente nas entrevistas de emprego é sobre a possibilidade do trabalho remoto. Os candidatos chegam a desistir de uma vaga se não há essa possibilidade, diz o sócio da 99hunter, Luciano Montezzo. “No mercado de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg, é quase mandatório ter home office; desenvolvedor só quer trabalhar de casa.” Segundo ele, os líderes até gostariam de trazer os times de volta, pois sabem da importância das trocas presenciais. Mas os funcionários não estão muito afim de voltar. Ao ficarem quase dois anos em home office, os trabalhadores se adaptaram a uma nova rotina e viram que é possível serem produtivos mesmo num trabalho flexível. Agora não querem voltar ao que era antes da pandemia. Um levantamento feito pela empresa de recrutamento Robert Half, com 1.161 profissionais, mostra que 39% dos funcionários buscariam um novo emprego se a empresa onde trabalham decidisse não oferecer uma opção, ao menos, parcialmente remota. [Para Montezzo, trabalhadores chegam a recusar vagas se não houver a opção de home office]Para Montezzo, trabalhadores chegam a recusar vagas se não houver a opção de home office Foto: Daniel Teixeira/Estadão “A flexibilização traz o mais produtivo do remoto e o mais produtivo do escritório”, diz a diretora de Pessoas da B3, Renata Caffaro. No caso da Bolsa, os funcionários vão três dias ao escritório e trabalham dois dias de casa. Mas o modelo não é linear para todos. No setor de https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg, por exemplo, os líderes seguem essa mesma regra e suas equipes fazem apenas dois dias presenciais. Algumas funções específicas dentro de TI, como engenheiros de software, engenheiros de testes e engenheiros de dados, seguem a regra de uma vez por semana presencial. Na avaliação de Renata, o modelo presencial tem seus benefícios, como o maior aprendizado, sobretudo para os mais jovens de empresa. Mas o home office também traz vantagens. Além de poder ficar mais tempo com a família, há toda a questão da mobilidade urbana e não precisar pegar trânsito todos os dias para ir de casa para o trabalho – fato que pesa bastante para os trabalhadores das grandes cidades. Por esse motivo, algumas empresas deram aos funcionários e líderes o direito de escolher e definir junto com as equipes os dias de trabalho presencial e o home office. No Bradesco, enquanto as agências mantém o trabalho presencial por causa dos atendimentos, os trabalhadores do escritório têm diferentes possibilidades de trabalho híbrido (dias na semana, semanas alternadas). “Um ponto importante é que os profissionais sejam consultados e possam optar de acordo com as especificidades e possibilidades da área em que atua. É facultado aos funcionários aderir ao modelo oferecido ou permanecer presencialmente”, afirmou o banco. Para a instituição, enquanto a atividade remota do modelo híbrido permite contemplar necessidades individuais, a parte presencial é fundamental para o fortalecimento da cultura e do pertencimento por meio da convivência social e relações interpessoais no ambiente de trabalho. “Vale lembrar que para alguns profissionais o presencial é um impulso emocional necessário e inato ao ser humano, pois a interação fortalece o bem-estar.” Sei de grandes empresas que passaram semanas discutindo sobre o assunto e não conseguiram chegar a conclusão de qual era o melhor formato. Optaram pelo modelo híbrido, mas já avisaram que não sabem como será no futuro Luciano Montezzo, sócio da 99hunters Segundo Montezzo, as empresas estão tentando ver o que funciona melhor. Elas sabem que o contato e a presença nos escritórios é importante para aumentar o engajamento, que tem caído muito nos últimos tempos. Também entendem que a criatividade depende da interação. “Sei de grandes empresas que passaram semanas discutindo sobre o assunto e não conseguiram chegar a conclusão de qual era o melhor formato. Optaram pelo modelo híbrido, mas já avisaram que não sabem como será no futuro.” Nessa linha, o Itaú Unibanco fez um projeto-piloto para a retomada gradual do trabalho presencial nos escritórios, iniciado em setembro de 2021. Em fevereiro deste ano, definiu três modelos de trabalho para as áreas administrativas: presencial, para funcionários cujas funções demandam presença no banco todos os dias; híbrido, para times que precisam trabalhar nos escritórios com frequência ou em situações pré-definidas; e flexível, que prevê mais autonomia e liberdade no que diz respeito ao local de trabalho. [Para Renata Caffaro, diretora de Pessoas da B3, flexibilização traz o mais produtivo do remoto e o mais produtivo do escritório]Para Renata Caffaro, diretora de Pessoas da B3, flexibilização traz o mais produtivo do remoto e o mais produtivo do escritório Foto: Wanezza Soares Incentivo De acordo com o levantamento da Robert Half, quase 70% dos empregados aprovam o modelo híbrido com idas entre 2 e 4 vezes por semana ao escritório; 9% preferem ir apenas uma vez; e 24% querem ter flexibilidade para ir apenas quando necessário. Do lado das empresas, mesmo adotando modelos mais flexíveis, há o incentivo para os funcionários irem ao escritório alguns dias durante a semana. Essa é a estratégia da Suzano, que adorou o modelo híbrido. A escolha do dia e da frequência é definida com os gestores de cada equipe. A orientação, no entanto, é que reuniões mais importantes sejam feitas presencialmente. Além disso, a companhia estimula a ida ao escritório de duas ou três vezes por semana. Apesar