Quase 65% das empresas que sobreviveram à Covid tinham reserva financeira em agosto
O Estado de S.Paulo – O choque provocado pela covid-19 afetou a saúde financeira dos agentes econômicos no Brasil e no mundo. Em um cenário de elevadas incertezas, empresas e consumidores deixaram de investir e consumir para poupar, quando possível, por precaução. Quase um ano e meio após o agravamento da pandemia no País, em agosto deste ano, 64,9% das empresas que sobreviveram à crise gerada pela pandemia possuíam alguma reserva financeira, apontam as sondagens empresariais do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Entre as que tinham intenção de gastar esses recursos nos próximos meses, a maioria planejava fazer investimentos, que permanecem represados pelo cenário de instabilidade. O levantamento da FGV partiu de quesitos especiais inseridos nas sondagens de maio, julho e agosto. “Em maio, 66,6% das empresas indicaram que tinham reservas financeiras, sendo que em agosto esse número foi de 64,9%. É uma diferença pequena, então a gente pode imaginar que existe até mesmo um pequeno ajuste, uma situação de estabilidade”, aponta a economista Cláudia Perdigão, responsável pela Sondagem da Indústria e uma das autoras do estudo do Ibre/FGV. Segundo Perdigão, a pandemia estimulou a constituição de reservas ao longo de 2020 e de 2021, uma vez que “o tempo de duração e a intensidade do choque eram imprevisíveis”. “Esse cenário de imprevisibilidade torna as empresas muito mais cautelosas tanto quanto à capacidade de manutenção de suas finanças como ao retorno de possíveis investimentos. Então, num contexto de alto desemprego e de uma retomada ainda duvidosa da pandemia, as empresas olham com muito mais cautela, considerando que esses investimentos possam não trazer o retorno esperado. Pode ser que achem que seja mais prudente guardar esses valores excessivos para que consigam lidar com esse cenário de altas incertezas”, justifica Perdigão. Num ambiente de instabilidade, a existência de reservas reduz a necessidade de recorrer a empréstimos e o risco de inadimplência, além de permitir compras de insumos e mercadorias sob melhores termos, aponta o estudo da FGV. O levantamento mostra ainda que 26,4% das empresas não possuíam reservas, mas não se encontravam em dificuldades financeiras em agosto, enquanto outras 8,8% não tinham poupança e estavam com dificuldades para manter os pagamentos em dia. SetoresO comércio era o setor com maior porcentual de empresas com reservas financeiras, 78,9%, ou seja, praticamente oito em cada dez delas tinham poupança. Na indústria, 63,3% das companhias tinham reservas, enquanto que nos serviços essa proporção descia a pouco mais da metade das empresas, 54,2%. Embora o comércio tenha o maior número de empresas com reservas, o setor tinha o nível mais baixo de poupança em relação à receita anual das empresas, 30,9%. Nos serviços, o nível de reservas financeiras correspondia a 35,6% do faturamento anual. Na indústria, as reservas alcançavam 45,9% do faturamento anual, com destaque para as empresas de petróleo e biocombustíveis, cuja poupança chegava a 71,6%. Nos serviços, mais da metade (51,3%) das empresas que possuíam poupança tinham intenção de gastar os recursos nos próximos 12 meses, seguido por uma fatia de 45,1% dos poupadores da indústria e de 42,1% do comércio. “Isso pode estar relacionado à maior dificuldade que as empresas desse setor (de serviços) tiveram durante a pandemia e a necessidade de investir nos negócios com o crescimento da demanda em consequência do avanço da vacinação e flexibilização das medidas de proteção”, avaliou a FGV. DestinaçãoEm geral, as empresas de todos os setores têm o investimento como principal destino para as reservas financeiras ao fim do período mais crítico da pandemia. Na indústria, 60,9% dos que pretendiam gastar recursos nos próximos meses mencionaram que fariam investimentos em máquinas e equipamentos, 41,8% gastariam com https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg, e 35,8% despenderiam em infraestrutura. Nos serviços, 40,6% gastariam com máquinas e equipamentos, 39,0% com https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg e 30,9% com infraestrutura. No comércio, 36,8% investiriam em máquinas e equipamentos, 31,4% em https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg e 44,9% em infraestrutura. “A continuidade da recuperação da demanda e da capacidade de compra e de consumo é fundamental para que haja uma sinalização para esses setores, e eles comecem a utilizar os investimentos necessários à ampliação da capacidade produtiva ou a renovação de máquinas e equipamentos que foram depreciados”, aponta Cláudia Perdigão.
Com 96% das vagas perdidas por mulheres, país destrói 480 mil postos formais em 2020
Valor Econômico – Após a revisão nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicar que houve fechamento, e não criação, de 191,5 mil posto de trabalho com carteira assinada em 2020, outra base mais ampla do governo federal, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), aponta que o Brasil perdeu 480,3 mil vínculos empregatícios formais no primeiro ano da pandemia. A Rais exige dados sobre todas as movimentações de emprego do ano e de todos os tipos de contrato, enquanto o Caged recolhe admissões e demissões apenas sob regime da CLT. Segundo a Rais, foram encerrados, no ano passado, 254,2 mil postos celetistas, 215,1 mil estatuários (servidores da administração pública direta ou indireta, não efetivos etc.) e 11 mil “outros”. Nessa última categoria, enquanto houve redução de quase 104 mil vagas para aprendiz, os temporários cresceram em 92,2 mil postos. Os dados da Rais mostram que, na última década, o ano de 2020 só não foi pior que 2015 e 2016, período de forte ajuste no mercado de trabalho formal brasileiro, com reduções de 1,5 milhão e 2 milhões de trabalhadores no estoque de empregos formais, respectivamente, observa Bruno Imaizumi, da LCA Consultores. Da perda dos 480,3 mil trabalhadores formais totais em 2020, as mulheres representaram 96,4%, destaca o economista. Com isso, a proporção de mulheres no estoque de empregos formais em 2020 (43,6%) foi a menor desde 2014 (43,2%), após ganho contínuo de espaço na última década. “É um dado impressionante, mas temos que lembrar do que aconteceu em 2020: esse número forte de 96% das vagas encerradas serem de mulheres está muito relacionado ao fechamento das escolas. Ainda vivemos em uma sociedade em que boa parte das tarefas da casa e do cuidado das crianças acaba recaindo sobre as mulheres”, diz Imaizumi. Este trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/12/07/com-96-das-vagas-perdidas-por-mulheres-pais-destroi-480-mil-postos-formais-em-2020.ghtml ou as ferramentas oferecidas na página.Textos, fotos, artes e vídeos do Valor estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do Valor (falecom@valor.com.br). Essas regras têm como objetivo proteger o investimento que o Valor faz na qualidade de seu jornalismo.“É um dado impressionante, mas temos que lembrar do que aconteceu em 2020: esse número forte de 96% das vagas encerradas serem de mulheres está muito relacionado ao fechamento das escolas. Ainda vivemos em uma sociedade em que boa parte das tarefas da casa e do cuidado das crianças acaba recaindo sobre as mulheres”, diz Imaizumi. Ele destaca também, entre os dados da Rais, o aumento da quantidade de estabelecimentos sem nenhum empregado no ano passado, a chamada “Rais Negativa”. Em 2019, eram 4,1 milhões de estabelecimentos nessa situação, passando para 4,4 milhões no ano passado. “Muitas empresas acabaram quebrando no ano de 2020 e muitas das que se mantiveram juridicamente abertas acabaram não funcionando, muito por causa das restrições de circulação de pessoas adotadas para conter a doença”, diz Imaizumi. Outra hipótese, segundo ele, é que a crise provocada pela pandemia acabou fazendo com que muitos trabalhadores abrissem CNPJs para trabalhar no mercado de trabalho sem carteira assinada, intensificando o movimento de “pejotização” do mercado de trabalho brasileiro como um todo. O número total de estabelecimento declarantes da Rais subiu de 7,97 milhões em 2019 para quase 8,2 milhões em 2020, mas, considerando apenas os negócios ativos (com pelo menos um empregado), houve, na verdade, fechamento de 53,3 mil estabelecimentos no ano passado, observa a LCA. Apenas o setor da construção registrou criação (3.795 novos estabelecimentos). Comércio e serviços foram os que tiveram a maior quantidade de negócios encerrados (26,6 mil e 20,3 mil estabelecimentos, respectivamente).
É preciso gerar trabalho de qualidade
Valor Econômico – Artigo de Luiz Schymura Muitos dados e estudos têm sido apresentados para descrever a deterioração das condições do mercado de trabalho brasileiro. De fato, a realidade não é nada animadora. Para piorar, com a chegada da pandemia, um quadro que já causava preocupação ficou ainda mais crítico. Agora é aguardada a volta à “normalidade” em um ambiente transformado pela revolução tecnológica na estruturação do trabalho remoto. De início, em relação ao período pré-pandemia, proponho a análise dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que classifica as ocupações do trabalho brasileiros em 127 categorias. De acordo com a Pnad entre o terceiro trimestre de 2012 e igual período de 2019, houve a criação de 4,4 milhões postos de trabalho. Salta aos olhos que em seis das 127 categorias profissionais, que empregam hoje cerca de apenas 18% do total da população ocupada (PO), foram geradas 5,25 milhões novas vagas. A Pnad classifica as seis ocupações da seguinte forma: “comerciantes e vendedores de lojas” (6,5 milhões de ocupados no terceiro semestre de 2021); “vendedores de rua e postos de mercado” (915 mil, na mesma data); “outros vendedores” (3,01 milhões); “condutores de automóveis, caminhonetes e motocicletas” (2,8 milhões); “cabeleireiros, especialistas em tratamento de beleza e afins” (2,1 milhões); e “cozinheiros” (1,3 milhão). É importante notar que as 121 categorias remanescentes agregadamente tiveram um desempenho pífio. Ao longo do período, destruíram liquidamente 850 mil postos de trabalho. É inquestionável a importância das seis atividades no dinamismo do mercado de trabalho brasileiro ao longo da década passada, o que torna fundamental entender em mais detalhes o que elas representam no contexto socioeconômico do país. Para começar, uma variável-chave para aferir a qualidade do trabalho gerado em qualquer atividade é a remuneração. Assim, apesar de ter sido – como se viu acima – responsável por mais de 100% da criação dos postos de trabalho no Brasil entre 2012 e 2019, os seis grupos sob análise tiveram redução do rendimento real médio de 5,6% no período, compararado à elevação de 4,4% para a PO como um todo. E isso ocorreu mesmo diante do crescimento da parcela com ensino superior completo nas seis ocupações, que, neste caso, saiu de 4,9% para 9,4% entre 2012 e 2019. Houve, portanto, um salto educacional no perfil do trabalhador das seis funções, que não se traduziu em aumento de renda. Na verdade, a melhora da parcela com ensino superior completo foi proporcionalmente parecida com a do universo das 127 categorias, que partiu de 14,3% para 20,3%. Com o ingresso da covid-19 em solo nacional, os resultados apontaram um agravamento relativo no mercado de trabalho para as seis ocupações em exame. Comparando-se o terceiro trimestre de 2019 com o mesmo período de 2020, o que dá uma noção do ocorrido no momento de maior impacto da pandemia, a população ocupada nos seis tipos de atividades recuou 17,9%, comparado a uma queda de 11,9% na PO como um todo. Além disso, na crise, o nível educacional médio dos que se mantiveram trabalhando cresceu, levando aqueles com pouco estudo a ficarem ainda mais sujeitos a perder o trabalho. No terceiro trimestre de 2019, os trabalhadores das seis categorias com o ensino médio completo, sem ter concluído o superior, e aqueles com o superior completo respondiam por, respectivamente, 51,9% e 9,4%, já no terceiro trimestre de 2020, os percentuais saltaram para 54,5% e 11,4%. Ao fim e ao cabo, com base nos dados mais recentes disponíveis da Pnad do terceiro trimestre de 2021, a média do rendimento habitual mensal daquelas seis funções é de R$ 1.803, frente à média de R$ 2.459 para o universo dos postos de trabalho, e a informalidade representa 51,8% dos postos de trabalho daquelas seis ocupações, comparado a 43% na PO total. Fica claro, portanto, que as seis ocupações, que foram o principal indutor de empregos no Brasil nos últimos anos pré-pandemia, se caracterizam, na comparação com a média dos postos de trabalho no país, por menos renda, menos instrução, mais informalidade e, na crise econômica trazida pela covid-19, maior queda de rendimentos e maior probabilidade de perda de emprego, em especial, para os menos educados. Em trabalho publicado recentemente no Blog do Ibre, Janaína Feijó, Laísa Rachter, Fernando de Holanda Barbosa Filho e Fernando Veloso fazem um mapeamento cuidadoso das ocupações (total, formais e informais) que mais cresceram e declinaram tanto no Brasil como um todo, quanto, de forma segmentada, nas cinco regiões durante o mesmo período. Além disso, procuram dar pistas das profissões que estão ganhando tração no primeiro mundo. Como apontado no texto, há uma demanda mundial crescente por analistas e cientistas de dados, especialistas em IA, engenheiros de robótica, desenvolvedores de software e aplicativos, especialistas em automação de processos e analistas de segurança da informação. Diante desse quadro, o que esperar para os próximos anos no Brasil? Apesar do ainda incerto futuro da pandemia, é provável que a economia volte logo à “normalidade”. Resta saber o que se pode esperar dos empregos que virão a ser gerados no país nos anos à frente. Naturalmente, à luz do passado recente, o futuro não é nada promissor. Além disso, a revolução tecnológica vem trazendo grandes e importantes mudanças no mercado de trabalho mundial, o que força o país a se adaptar rapidamente a essa nova realidade. Para que o caminho a ser trilhado seja menos tortuoso é fundamental que importantes aprimoramentos institucionais entrem em vigor, como os do sistema tributário, do sistema educacional e da gestão do Estado brasileiro. Com isso, será possível melhorar o ambiente de negócios e, desse modo, aumentar as chances de nos alinharmos com os países desenvolvidos e vermos crescer a demanda por atividades que tragam melhor condição de trabalho para a população e elevem a produtividade da economia. O atraso do Brasil já é grande. Não há tempo a perder! Luiz Schymura é pesquisador do FGV Ibre, ex-presidente da Anatel (2002-2004) e escreve mensalmente
Presidente de empresa nos EUA demite 900 funcionários por Zoom
Folha de S.Paulo – Cerca de 900 funcionários da empresa americana de hipotecas Better foram surpreendidos na última quarta-feira (1º) pelo anúncio de que estavam sendo demitidos, durante uma videochamada. A notícia foi dada pelo presidente-executivo da empresa, Vishal Garg, em uma curta reunião via Zoom, segundo a CNN. “Se você está nessa chamada, você é parte de um grupo azarado que está sendo demitido. Seu contrato aqui será imediatamente rescindido”, disse Garg. O vídeo da reunião foi obtido pela CNN Business. Os demitidos faziam parte de equipes como recrutamento, diversidade e inclusão e representavam 9% da força de trabalho da companhia. Ainda segundo a CNN, Garg teria dito na videochamada que as demissões foram motivadas pelo desempenho e produtividade dos funcionários e a busca por eficiência de mercado. “Não quero fazer isso. A última vez que fiz isso, chorei”, ele teria dito. Segundo a revista Fortune, o executivo teria postado uma série de mensagens numa rede social profissional, dias após a demissão em massa, em que alegava que os funcionários demitidos teriam baixa produtividade e estariam roubando de seus colegas e clientes ao trabalharem apenas duas horas por dia. O diretor financeiro da empresa, Kevin Ryan, lamentou as demissões realizadas próximo às festas de final de ano. “No entanto, um balanço patrimonial com poucas dívidas e uma força de trabalho reduzida e focada, juntos, nos permitiram entrar com tudo no mercado de propriedade residencial, que está evoluindo radicalmente”, disse Ryan à CNN Business. O presidente da companhia esteve no centro de diversas outras controvérsias nos últimos meses. Em um email enviado para os funcionários e divulgado pela revista Forbes em novembro, Garg teria chamado os profissionais de “lerdos” e dito que seriam “golfinhos burros” que “estavam envergonhando-o”. “Vocês são MUITO LENTOS. Vocês são um bando de GOLFINHOS BURROS … PAREM. PAREM. PAREM AGORA. VOCÊS ESTÃO ME ENVERGONHANDO”, Garg escreveu. Em agosto, o site Daily Beast também publicou que um funcionário afastado por cometer bullying teria recebido diversas regalias de Garg, como ações na Bolsa com benefícios superiores aos oferecidos aos outros funcionários. A Better foi fundada em 2016 e abriu capital em maio deste ano. A empresa recebeu US$ 750 milhões dos investidores Softback e Aurora Acquisiton Corp na última semana e seu balanço patrimonial deve alcançar US$ 1 bilhão, segundo a CNN.
Centrais sindicais repudiam estudos para mudança de leis trabalhistas
Folha de S.Paulo – As centrais sindicais divulgam nesta segunda-feira (6) uma carta de repúdio às propostas de reforma da legislação trabalhista apresentadas por um grupo de especialistas recrutados pelo governo Jair Bolsonaro, que propõem a liberação do trabalho aos domingos e outras mudanças. “A intenção do governo, ao que parece, é aumentar o exército industrial de reserva, que é aumentar o desemprego, que no Brasil sempre foi grande, para daí normatizar a exploração e a precarização”, afirma o documento. “É criar dificuldade para vender facilidade.” Entre as propostas apresentadas pelo grupo, estão também a criação de sindicatos por empresa, a legalização do locaute e a redução de poderes da Justiça do Trabalho para interferir nas relações entre capital e trabalho. Para as centrais, as sugestões do grupo contrariam avanços recentes em países mais desenvolvidos, como Estados Unidos, Alemanha e China, e desequilibra as relações entre patrões e empregados, chancelando a “lei do mais forte”. As propostas foram elaboradas por especialistas chamados a participar do Gaet (Grupo de Altos Estudos do Trabalho), formado pelo Ministério do Trabalho e da Previdência. Representantes de trabalhadores foram alijados da discussão, segundo as centrais sindicais. “Propor mudanças tão grandes na legislação trabalhista, sem nem ao menos ouvir e dialogar com os trabalhadores através de suas instituições demonstra mais uma vez que a mentalidade deste governo está na República Velha, quando a perversa lógica escravista, unilateral, ainda dava o tom das relações”, diz a carta. Assinam o documento CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CST (Central Sindical de Trabalhadores) e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).