‘Carta ao governo reflete indignação da sociedade’, alertam economistas
Sensação de desespero. De urgência. Vontade de ser propositivo. Os economistas que assinaram a carta cobrando medidas efetivas no combate à pandemia, ao lado de empresários e banqueiros, têm palavras diferentes para explicar o que os levou a escrevê-la e a divulgá-la no fim de semana. Ex-presidente do Banco Central e um dos idealizadores do Plano Real, Persio Arida recorre às crônicas de futebol de Nelson Rodrigues para falar do momento atual do País no enfrentamento da covid-19: “‘Não se improvisa uma derrota’… ainda mais uma derrota desse tamanho”, diz ele, completando a frase. No caso, afirma, o fracasso anunciado seria resultado da “postura negacionista e da falta de seriedade com que o governo federal tem enfrentado o problema”, há exatamente um ano. “É uma mistura de ideologia, com não entendimento e despreparo”, diz Arida. “O governo federal foi omisso, conivente e partícipe da situação de calamidade que vivemos hoje.” A repercussão alcançada pela carta, com mais de 500 assinaturas e que continua recebendo adesões, surpreendeu os próprios signatários. Afinal, eram assuntos que todos tinham tratado em artigos e palestras, ao longo do último ano. “A sociedade tem um nervo exposto que combina a aceleração rápida da pandemia e a inoperância do governo federal com o fato de que todas as medidas de baixo custo que poderiam ter sido tomadas ou não foram ou mereceram agressão e escárnio”, diz Claudio Frischtak, sócio da consultoria Inter.B e um dos cinco autores da carta. “Existe um sentimento de cansaço da sociedade, de que é insustentável ir pelo caminho da morte.” A carta também ganhou repercussão pelo critério técnico: como acadêmicos ou ajudando a pensar o destino de empresas e bancos nas últimas décadas, os economistas são categóricos ao afirmar que não há dúvida entre escolher preservar a vida ou os empregos. “A recuperação é mais rápida nos lugares em que o enfrentamento à doença é mais eficaz”, diz Ana Carla Abrão, sócia da consultoria Oliver Wyman. “O exemplo mais claro é o dos Estados Unidos: depois que o (presidente norte-americano Joe) Biden tornou a vacinação prioridade, o país está pronto para a recuperação.” O custo tanto na dimensão humanitária quanto econômica, afirma, fica “tremendamente evidente” quando se colocam as duas realidades lado a lado. Segundo os especialistas, uma de suas principais preocupações foi fazer um texto objetivo, baseado em fatos, ao mesmo tempo em que fosse contundente. “Desenho de política pública tem de ser baseado em evidência”, diz Frischtak. Também há ali uma mensagem recorrente: as medidas mais eficientes, baratas e positivas, como vacinas, máscaras, afastamento social e coordenação nacional, deixaram de ser tomadas, em troca de gastos de bilhões de reais para tentar consertar o estrago. “Por que o governo não se organizou para comprar vacinas como fizeram o Chile, a Turquia e a África do Sul?”, afirma Arida. “Porque não entendeu do que se tratava, porque foi ideológico, negacionista.” Em algumas projeções de mercado, o número de mortos no País poderia chegar a 0,5% de sua população, com a destruição de riquezas – e de vidas – sem precedente. Independentemente do número final, os economistas são unânimes em afirmar que o Brasil sairá da pandemia mais pobre, mais desigual e mais injusto. Indicadores econômicos já mostram que o País caminha para um semestre de recessão, mas o problema vai bem mais longe. Um dos agravantes é a falta de coordenação também do Ministério da Educação, que tem deixado crianças mais vulneráveis sem alternativa para o aprendizado. “O Brasil já é pária em relação ao meio ambiente, aos direitos humanos e pode correr risco de se tornar o País em que ninguém quer estar, por conta das novas variantes”, diz Arida. No mercado, a presença de controladores de empresas e bancos no grupo de signatários foi lida como a avaliação de que, por mais generosos que sejam, ao doar bilhões de reais sem qualquer contrapartida ao combate da doença não conseguirão eliminar o problema – que precisaria ser enfrentado pelo Estado. Com a carta entregue ontem aos comandantes do Legislativo e do Judiciário – e ao Executivo, por meio do ministro da Economia, Paulo Guedes –, a expectativa é de alguma mudança de rumos. “A racionalidade recomendaria o reconhecimento de culpa do governo e um meia volta”, diz Arida. “Mas esse governo não é racional. Não tenho nenhuma expectativa positiva sobre esse governo. Aliás, nunca tive.” O ESTADO DE S. PAULO
Bastidores: Governo resume carta de 500 economistas e banqueiros a ‘movimento’ contra Bolsonaro
A carta aberta que juntou banqueiros e economistas em defesa de medidas efetivas de combate à pandemia foi interpretada no governo como um “movimento político” contra o governo Jair Bolsonaro nessa fase mais dura da pandemia da covid-19. Num momento de queda da popularidade, o documento, que começou a ser construído em conversas de economistas em grupos WhatsApp, ganhou força no fim de semana com mais de 500 assinaturas, causou enorme desconforto, mas o presidente não mudou a estratégia de repetir o discurso contrário ao lockdown, que tem apoio nos setores empresariais que dão sustentação ao governo. Para auxiliares do presidente, aqueles que assinaram a carta são mais “dos mesmos críticos de sempre” para desgastar o governo e reforçar o discurso de uma saída de centro no quadro de polarização política entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula, com a pandemia da covid-19 por trás. Na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, que recebeu uma versão da carta, a ordem é ficar em silêncio. Auxiliares, do ministro, avaliam, porém, como “injustas” as críticas de que não houve ação com medidas de combate à pandemia. Citam, por exemplo, o auxílio emergencial. Eles lembram que o pedido na carta dos economistas pedindo vacinação em massa e cuidados é defendido por Guedes. A expectativa do governo é que outros setores também se posicionem contrários às medidas de restrição de mobilidade, apontadas por autoridades sanitárias como essenciais para que eviar que o colapso hospitalar seja disseminado por todo o País. Não há sinais de que Bolsonaro vai abandonar esse discurso porque ele está convencido de que as medidas de isolamento são uma “armadilha” de afundar ainda mais a economia sem chances de recuperação para garantir a sua reeleição. Bolsonaro já foi avisado do quadro extremamente ruim da economia, com impacto na arrecadação, das vendas e queda do PIB no primeiro semestre. O presidente vê nas medidas de restrições um entrave a mais. O governo prevê que a situação da pandemia no País vai piorar muito ainda nas próximas três semanas e até lá o presidente terá que administrar a “fervura” política que vai aumentar no setor produtivo e no Congresso. Em 30 dias, a expectativa no governo é de que o avanço da pandemia comece a ser travado e, em 60 dias, o quadro já seja outro com a aceleração da vacinação da população pelo aumento da produção no Brasil e da chegada das novas vacinas que estão sendo compradas, entre elas 138 milhões de da Pfizer e Janssen. O ESTADO DE S. PAULO
Carta de economistas e empresários por medidas contra a pandemia supera 1.500 assinaturas
A carta aberta assinada por economistas, banqueiros e empresários que pede medidas mais eficazes para o combate à pandemia do novo coronavírus alcançou 1.554 assinaturas nesta segunda-feira (22). Embora seja um documento sem conotação política, como dizem seus idealizadores, e que não cita o nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o documento provocou reações negativas também. Nesta segunda, seu link para adesão foi retirado do ar após problemas enfrentados com pessoas que estavam assinando o documento com nomes “fake” ou escrevendo obscenidades no lugar do nome. Com isso, a contabilização da adesão passou a ser feita de modo manual, após checagem. O documento já foi encaminhado aos representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Um dia após a divulgação da carta, Bolsonaro disse que o empresariado acredita em seu governo e reafirmou que é contra a adoção de regras rígidas de restrição de circulação, como querem “alguns setores importantes da sociedade, outros não tão importantes”, segundo o presidente. Entre os signatários estão os economistas Edmar Bacha, Laura Carvalho, Felipe Salto e Elena Landau. No setor financeiro, a carta tem a chancela de Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, co-presidentes do conselho de administração do Itaú Unibanco e Luis Stuhlberger (Verde Asset). Também há representantes diretamente ligados ao setor produtivo, entre eles Pedro Parente (BRF) e Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo e hoje presidente-executivo da Ibá (entidade que representa a cadeia produtiva de árvores, papel e celulose). Um dos signatários, o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega disse que a carta pretende chamar a atenção da sociedade para a grave crise sanitária causada pela pandemia. “Embora não mencione o nome do presidente, a ideia é ressaltar o que se espera do líder do país em uma crise como essa. Bolsonaro não usa máscaras, promove aglomerações e desdenhou da vacina”, disse ele. Para Fabio Barbosa, sócio-advisor Gávea Investmentos, outro que consta entre os que assinaram, a mobilização reflete a inquietacão da sociedade. “O objetivo é influenciar políticas públicas para que possamos rapidamente endereçar o problema da pandemia, dando apoio aos mais necessitados nesse ínterim, e tenhamos condições para que a economia volte a crescer e criar empregos.” Nesta segunda, durante o debate sobre o lançamento do documento, divulgado pela primeira vez no domingo, os cinco economistas responsáveis pela redação do documento afirmaram que as medidas de restrição à circulação para combate ao vírus são necessárias e terão menos efetividade sem a colaboração do governo federal e de mais governadores e prefeitos. A posição do governo federal foi classificada como de sabotagem por alguns dos organizadores do documento. O economista Cláudio Frischtak afirmou que o país vive um cenário de crescimento exponencial do coronavírus, com expectativa de manutenção de um número elevado de mortes por um período de 30 a 60 dias, combinado com uma posição anticientífica e de sabotagem em relação às medidas tomadas por governadores e prefeitos. “Nenhum prefeito ou governador quer entrar em um ‘lockdown’. E quando você não tem a compreensão, a cooperação e a coordenação do governo federal, o efeito líquido é uma enorme perda de eficiência e eficácia. Gasta-se mais recursos e obtém-se menos resultados”, afirmou Frischtak. “Uma coisa é coordenar. Outra é sabotar. O objetivo da carta é pedir, por favor, não sabotem e tomem uma iniciativa de coordenar. Os brasileiros estão sujeitos a uma roleta-russa. Não sabemos quem vai adoecer. O sentimento é muito triste com a forma como estamos sendo governados.” Entre as quatro medidas citadas na carta como indispensáveis para o combate à pandemia, estão a aceleração do ritmo de vacinação, o incentivo ao uso de máscaras –tanto com distribuição gratuita quanto com orientação educativa–, a implementação de medidas de distanciamento social e a criação de um mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional, orientado por uma comissão de cientistas e especialistas. A economista e diretora do Cindes (Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento), Sandra Rios, que também faz parte do grupo de cinco economistas que redigiram o documento, afirmou que não há dilema entre saúde e crescimento econômico e que o país não vai voltar a crescer enquanto a pandemia não acabar. Ela afirmou que as vacinas são relativamente baratas, R$ 22 bilhões para imunizar toda a população, uma pequena fração dos R$ 327 bilhões desembolsados nos programas de auxílio emergencial e manutenção do emprego no ano de 2020, por exemplo. “A pandemia não vai embora sem vacinação em massa, e a economia não vai voltar a crescer enquanto a pandemia não for embora”, afirmou a economista. “O que nos resta agora é buscar negociar com países que, por acaso, tenham excedentes e pressionar para que países produtores liberem as exportações.” Sandra também afirmou que as medidas de distanciamento não vão surtir efeito sem coordenação com o governo federal e também entre prefeitos e governadores. “Medidas de distanciamento não vão resolver o problema da pandemia, mas são fundamentais para evitar que os recursos da saúde entrem em colapso. A gente está vendo a dificuldade dos prefeitos no Rio de Janeiro com o governo do estado. Sem coordenação nacional e regional é impossível. Pior ainda quando o governo federal sabota e adota uma narrativa contrária”, afirmou. O economista do Insper Paulo Ribeiro afirmou que a inação em relação ao combate à pandemia legará custos para a sociedade de difícil recuperação. Ele afirma que o atraso de dois trimestres em relação ao programa de vacinação significa uma queda real de 2% do PIB (cerca de R$ 130 bilhões). O economista Flávio Ataliba, que coordenou o debate entre os cinco responsáveis pelo documento, disse que, apesar dos pontos críticos ao governo federal, o documento não tem nenhum viés partidário e foi assinado por pessoas com diferentes visões econômicas, incluindo quatro ex-ministros da Fazenda, cinco ex-presidentes do Banco Central, donos de bancos, empresários e economistas de esquerda. O economista Marco Bonomo, do Insper, afirma que o grupo buscou elaborar o documento com base em números e informações técnicas, ressaltando que muitos dados ainda são incertos, como os números do
Volvo e Scania seguem Volks e suspendem a produção
Após a Volkswagen anunciar na semana passada a paralisação das operações no país a partir de amanhã por conta da piora da pandemia, as montadoras suecas Volvo e Scania anunciaram ontem medidas de redução da operação em função do mesmo motivo. A Scania vai parar a produção no ABC Paulista de sexta-feira até 5 de abril. Já a Volvo irá diminuir em 70% a produção de caminhões na unidade de Curitiba a partir de hoje até o fim do mês. “O motivo é o alto nível de instabilidade na cadeia – global e local – de abastecimento de peças, principalmente semicondutores, combinado com o agravamento da pandemia”, informou a Volvo. A medida tem impacto sobre cerca de 2 mil empregados da produção de caminhões. “No entanto, parte do efetivo da fábrica seguirá em atividade, incluindo a produção de ônibus, parte da produção de caminhões, o serviço de atendimento emergencial a veículos Volvo (VOAR), bem como a distribuição de peças para as concessionárias e distribuidores da marca. Segundo a montadora, os funcionários do administrativo, em torno de 1,5 mil pessoas, continuam trabalhando em regime de home office, por tempo indeterminado. Ao todo, a Volvo tem 3,7 mil empregados em Curitiba. Já a Scania seguiu a Volkswagen e vai parar a produção em São Bernardo do Campo. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da região, a decisão ocorreu após negociação com a entidade e a parada se deve ao agravamento da pandemia e o consequente colapso no sistema de saúde de todo o país. Em nota, a Scania informou que a decisão foi tomada em virtude de combinação de fatores, entre eles o apoio às autoridades para diminuir o número de pessoas circulando durante o período de antecipação dos feriados na região e as dificuldades na estabilidade da cadeia de suprimentos. “As concessionárias Scania e suas respectivas oficinas permanecem em funcionamento, com exceção daquelas localizadas em estados ou cidades em que há orientação de encerramento das atividades pelo poder público. As casas que continuam em atendimento permanecem adotando rígidos protocolos de higiene e segurança”, informou a Scania. A General Motors (GM) informou que não deve mudar a programação de produção na unidade em São Caetano do Sul (SP). Segundo a montadora, os protocolos de segurança têm se provado eficientes para prevenção do contágio e pesquisas internas mostram que os colaboradores se sentem mais seguros nas fábricas do que em suas próprias casas e comunidades. “Portanto, não há nenhum motivo que nos leve a alterar a programação de produção neste momento. Seguimos apoiando medidas de combate ao vírus e focados em garantir um ambiente seguro para nossos colaboradores”, informou a GM. A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) informou que a produção também seguirá normal em Resende (RJ). Em nota, a montadora informou que acompanha os desdobramentos da pandemia e vai seguir todas as diretrizes das autoridades locais. “A produção em Resende tem rígidos protocolos de segurança, e seus colaboradores participam de consecutivas campanhas de conscientização”, afirmou a empresa. A Mercedes-Benz do Brasil também informou que acompanha os desdobramentos da pandemia e das decisões governamentais para tomar uma decisão mas que, por enquanto, a produção segue no mesmo ritmo. A Stellantis, grupo que reúne as marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, informou que não há definição sobre alterações na produção. A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que acompanha a nova fase da pandemia e mantém reuniões permanentes com sindicatos, autoridades municipais, estaduais e federais. “No que se refere à possibilidade de paralisações espontâneas nas fábricas, a decisão está a cargo de cada montadora, sempre em avaliação da situação sanitária de cada região do país, e em diálogo com os respectivos sindicatos”, informou. VALOR ECONÔMICO
Varejistas falam em demissão sem reedição do programa que permite redução de salários
Com a maioria das lojas fechadas por causa das medidas de restrição para conter o avanço da pandemia, pesos pesados do varejo brasileiro veem risco iminente de demissões em massa dos trabalhadores, se o governo não reeditar o Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda, conhecido como BEM. Em reunião nesta segunda-feira, 22, associados do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) manifestaram preocupação com a lentidão da reedição da Medida Provisória 936, que criou o programa que expirou em dezembro de 2020. Com suspensão de contratos e redução de jornada de trabalho, com pagamento de parte dos salários pelo governo, o programa garantiu a manutenção de 11 milhões de empregos, segundo o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes. O governo planeja uma nova rodada do programa, que deve ter custo total entre R$ 5,8 bilhões e R$ 6,5 bilhões, e atingir até 3 milhões de trabalhadores. “Já estamos terminando março e o programa não foi reeditado, isso está trazendo uma inquietação muito grande entre os empresários do varejo, porque muitas lojas estão fechadas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, por exemplo”, diz o presidente do IDV, Marcelo Silva. Segundo ele, os empresários estão no limite, porque têm de cumprir o pagamento da folha de salário e dos impostos e, por outro lado, não têm o faturamento adequado para fazer frente a essas despesas. “É uma questão de caixa: se não vende, não tem como pagar as contas”, diz o executivo, ressaltando que essa questão tem de ser resolvida este mês. “Se o governo não sinalizar com a volta do programa, pode ocorrer demissão.” Na reunião da entidade desta segunda participaram executivos das lojas Riachuelo e Renner, das redes de farmácias Pague Menos, Raia/Drogasil, Panvel; e varejistas como Ri Happy, Magazine Luiza, Carrefour, GPA, por exemplo. Apesar de supermercados e farmácias estarem com o funcionamento autorizado, Silva explica que muitas lojas estão dentro de shoppings e, portanto, não podem abrir. O comércio eletrônico avançou na pandemia, mas representa cerca de 10% do faturamento, uma parcela pequena das vendas. As 73 empresas associadas ao IDV geram anualmente R$ 411 bilhões em venda e respondem por 777 mil empregos diretos em 34 mil lojas físicas e 246 centros de distribuição espalhados pelo País. O ESTADO DE S. PAULO